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Gesto e Gesticulação

Ao gesticular, o orador deve sempre usar de naturalidade e elegância.
Deve sempre se lembrar de que o gesto é apenas a essência do que se quer
exprimir.

Deve, portanto, ter os seguintes cuidados:

O gesto deve sempre preceder, isto é, acontecer antes,
adiantar-se à palavra, ou então, pelo menos, acompanhá-la. Nunca suceder,
ou seja, acontecer depois.

Por que? Porque se acontecer antes, o gesto prepara o efeito da palavra:
se acompanhá-la reforça a palavra, porém, se acontecer depois, faz a
palavra perder a sua força
.

Então, temos:

  • Antes – dá força, maior efeito;
  • Acompanhando – dá-lhe reforço;
  • Depois – tira a força da palavra.

POSTURA, OLHAR E MANEIRISMOS

O orador deve sempre evitar a postura displicente, por exemplo, falar
sentado na cadeira ou encostado em alguma coisa, bem como, jamais sentar-se
sobre a mesa.

O olhar do expositor deve percorrer sempre a platéia inteira, não se
circunscrevendo, ou mantendo, a sua atenção para este ou aquele lado, em
especial
.

Deve, também, evitar os maneirismos, isto é, torcer os dedos, mexer na
roupa, estalar os dedos, esfregar as mãos, bater palmas ou tocar amiudamente
objetos sobre a mesa
.

O orador deve sempre agir com espontaneidade. Não deve prender as mãos
tornando-as imóveis, lançando-as para trás, imobilizando-as, nem adotar
gesticulação teatral exagerada. A melhor atitude com relação aos próprios
gestos, é esquecer as mãos, falando com naturalidade procedendo com elas,
da mesma forma como quando conversamos comumente.


GESTOS: COMPLEMENTO DA EXPRESSÃO VERBAL

Os gestos são o complemento da expressão verbal. Ao falar, todo o mundo
gesticula. Na oratória o orador que não sabe gesticular torna a sua peça fria
e inespressiva
.

O gesto se compreende como sendo um ato ou uma ação, por meio do qual se
procura dar força às palavras, no sentido de se influenciar pessoas. Pode
ser produzido pelo corpo todo – veja-se , por exemplo, a mímica tida como
arte de dar expressão ao pensamento por meio de gestos, ou seja, da
gesticulação.

Na oratória, eles, como já foi dito, também se reproduzem pelo corpo todo,
porém, mais pelo movimento da cabeça, dos braços e das mãos. Na dança ou
no balet, os movimentos se reproduzem acompanhando as notas musicais, mas também
através da mímica.

Então temos: os olhos, as mãos, a cabeça, os braços, o modo de andar,
enfim, movimentos gerais que também são uma forma de expressão
.

Agora, o que o orador não pode esquecer é que, ao discursar, os gestos
devem ser extremamente comedidos
, pois que, os gestos discursivos são algo
diferente dos gestos que fazemos ao falar no nosso dia-a-dia, onde as pessoas
não estão circunscritas às normas e regras da oratória. Isto quer dizer-nos que
se deve gesticular sem exageros porque em oratória os gestos devem ser, apenas,
o esboço dos gestos reais.

Resumo do significado do gesto em oratória:

O gesto é a ação por meio do qual se dá força às palavras;

Devem ser feitos sem exageros e sem excessos, isto é, com naturalidade e
elegância;

Lembrar sempre que eles são apenas a essência tão somente do que se quer
exprimir.


EXEMPLOS

Supondo que se queira dizer:

“E se foram para lugar distante…”

Estender o braço ligeiramente com o movimento da mão sendo jogada para
frente
.

“Foi lhe dado um sinal para que parasse…”

Mão aberta com a palma voltada para a frente.

“Foi lhe pedido para que não fizesse…”

Movimentar a cabeça para os lados ou movimentar a mão para os lados
tendo apenas o dedo indicador apontado para cima
.