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Lei do Trabalho

A regra justa da própria caridade é, neste caso, que  o mais jovem deve
trabalhar, para compensar a incapacidade do mais idoso.

Cabe, pois, à sociedade, como um todo, que se o velho não tenha família que o
ampare, a sociedade deve ,ampará-lo integralmente, já que no seu passado, esse
homem trabalhou para muitos.

CONSIDERAÇÕES

Não basta alertar o homem sobre a obrigação de trabalhar. Faz-se necessário,
acima de tudo, que aquele que tem do que se prover para a sua subsistência
através do trabalho, encontre sempre no que se ocupar, fato este que nem sempre
ocorre. Quando se generaliza a falta de emprego, estaremos sempre diante de um
flagelo social e graves conseqüências, por se inclinarem os homens para a
miséria.

A Ciência Econômica, diante desse fato doloroso, deve buscar a solução desse
desequilíbrio entre a produção e o consumo de bens, mas esse equilíbrio, se for
possível obtê-lo experimentará sempre intermitências durante os intervalos do
não-emprego e, naturalmente, nesses intervalos o trabalhador não deixa de ter
que viver e sobreviver.

Há, contudo, um elemento que nem sempre se costuma pesar na balança e sem o
qual a Ciência Econômica não passa de simples e complexa teoria.

Esse elemento é a educação.

Não nos referimos, por certo, somente à educação intelectual, que poderemos
absorver nos bancos escolares. Referimo-nos, isto sim, à educação moral.

Anote, contudo, que não nos referimos à educação moral obtida na leitura de
livros e, sim, à educação que forma o caráter, aquela que interioriza hábitos
saudáveis, ao conjunto de atitudes igualmente saudáveis.

Considerando-se, por outro lado, a massa de indivíduos que todos os dias se
injeta na torrente da população terrena, sem princípios saudáveis, sem os freios
morais e sujeitas, por isso, a seus próprios instintos rudimentares, por acaso
poderemos ficar perplexos, espantados, com as conseqüências desastrosas de que
isso resulta?

Quando a moral for conhecida, compreendida e praticada, o homem exercitará os
hábitos da ordem e da
previdência para consigo mesmo e para com os seus, respeitando a tudo o que é
respeitável, sem fazer-se mesquinho e sem fazer-se perdulário.

Seus novos e saudáveis hábitos, portanto, lhe permitirão atravessar menos
penosamente os inevitáveis maus dias.

Vejamos, pois, que a desordem e a imprevidência, são duas  chagas
dolorosas que somente uma boa educação moral poderá sanar.

A educação é o ponto de partida para alcançar o bem-estar mais continuo, para
consolidar a segurança de todos.

ECONOMIA DIRIGIDA

Para realizar a Lei do Trabalho, a economia deve de ser dirigida, no tocante
à técnica de produção e aos processos de consumo.

Nada, contudo, deverá prejudicar a lei das trocas, já que qualquer ingerência
nessa lei natural, resultará em graves conseqüências para toda a coletividade.

A vida, em si, depende de trocas continuas e toda e qualquer restrição que se
estabeleça, cria uma inversão de todos os valores da vida, dando margem à
violência e ao extermínio.

DAS LEIS MORAIS – Roque Jacinto