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A liderança de Chico Xavier

A liderança de Chico Xavier

 

Ao regressar à Vida Espiritual, Chico Xavier deixará um vazio impreenchível.
Liderança insubstituível. Mediunidade ímpar.

As obras doutrinárias oriundas de outros medianeiros, com o devido respeito
que todos eles nos merecem, não se comparam às de sua lavra.

O desinteresse de Chico é notório, a sua sinceridade, o seu amor à Causa…

Infelizmente, na atualidade, enxameiam interesses pessoais na Doutrina: o
Movimento tem se regionalizado e, de certa forma, encontra-se dividido em várias
facções – ambição pelo poder, vaidade, dinheiro…

Falta de unidade em Kardec, falta do espírito do Cristo nos corações.

Por incrível que pareça, fora do chamado meio espírita, Chico é maior
unanimidade do que dentro dele; explica-se: Chico contraria interesses – exemplo
de vida quase inatingível para os que querem contemporizar..

Uma simples aparição de Chico Xavier na IV comove o Brasil – aquele homem
simples, vestido humildemente, tendo as suas mãos beijadas pela multidão : –
“Estou no fim do corpo, mas vou me lembrar de todos vocês , disse, com lágrimas
nos olhos.

Inútil a pretensão de quem intente substituí-lo em seu apostolado;
precisaremos – todos nós unir-nos e somar-nos uns aos outros, para, pelo menos,
dar seqüência à tarefa iniciada por ele.

Se o Movimento Espírita olvidar o exemplo de vida de Chico Xavier, sem dúvida
se perderá – isto, infelizmente, está quase acontecendo; vez por outra, alguém o
diz ultrapassado: quer inovar e não se vê ridículo…

Os espíritas de bom senso permanecem calados.

O que muitos estão fazendo ,não é Espiritismo: é um arremedo! Necessitamos de
trabalhar nos centros espíritas – muitos estão vivendo apenas de simpósios e
congressos, no Brasil e no Exterior (divulgação válida, sem dúvida, mas
excessivamente elitista).

Antes mesmo de partir, Chico já está fazendo falta…

Mas, agora, sabemos por que a Espiritualidade o tem mantido no corpo
debilitado – é para frear os espíritas e preservar de seus equívocos a Doutrina;
é para arrefecer o ânimo dos ambiciosos; é para que o Movimento tente se ajeitar
sem ele – o que, convenhamos, será extremamente difícil.
Quantos intentam implicar Chico Xavier em depoimentos contraditórios e quantos,
levianamente, colocam palavras em seus lábios ! – palavras que, quem o conhece,
sabe que ele nunca as proferiu. O tempo tudo esclarecerá.

A obra de Chico Xavier é intocável e a sua vida irretocável!

Respeitemos e preservemos este que é o maior patrimônio vivo da Doutrina, o
seu representante máximo.

Assim, um passo atrás os que almejam ocupar-lhe a cadeira, que ainda não está
vaga – depois de partir, Chico, à semelhança de Kardec, continuará sendo a nossa
grande liderança e inspiração.

Recuem quantos se julgam espíritos missionários, mas que têm comprometido a
Doutrina com a sua conduta questionável e influenciado negativamente o Movimento
– a antítese de Chico Xavier!

A influência que certos companheiros têm exercido sobre o Movimento Espírita
carece de ser revista – é uma sutil distorção dos nossos princípios.

(Artigo publicado no jornal “A Flama Espírita”, de Uberaba – MG, em setembro
de 2000)