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A linda experiência de cantar!

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Orson Peter Carrara – [email protected]

Entrevistei a conhecida Elizabete Lacerda, de Brasília (DF). Pedagoga, psicopedagoga, professora, cantora e compositora. Espírita há mais de 30 anos, trazemos trechos parciais de sua entrevista que será publicada na íntegra pela revista eletrônica O CONSOLADOR. Selecionamos aqui os trechos mais expressivos ao leitor:

1 – De onde vem o gosto pela música? Como descobriu esse talento?
Meu pai, homem manso, humilde e simples, veio de uma família de músicos. Minha mãe, “eterna cantora” nos criou cantando. Somos 7 irmãos e apenas 3 não são cantores. Nasci entendendo que música era como ar, água, coisa imprescindível! Aos 9 anos de idade já era uma cantorinha bem afinadinha.

2 – E como foi para a inspiração e transmissão de ensinos do amor pela música?
Aconteceu com naturalidade, como se fizesse parte de mim. Desde criança o gosto pelas músicas sacras já me tomava as intenções e o coração. De berço católico, o vigário da Paróquia já me convidava para os cultos nas redondezas, nos locais mais necessitados. A menina cantora ia feliz com seu violãozinho e tinha como recompensa, um cartucho cheio de amendoins doces. As pessoas ficavam emocionadas vendo uma criança cantar, choravam e eu não entendia o porquê. Pensava: será que está tão ruim assim? E assim, dos 9 aos 14 anos, eu andava com os padres pelas roças no interior, levando o Evangelho de Jesus cantado.
Aos 18 anos me tornei Espírita em função da mediunidade ostensiva (iniciada aos 4 anos de idade) e passei a frequentar e cantar nos Centros Espíritas.
(…)

7 – Algo marcante que gostaria de destacar de sua experiência na arte musical?
Eu diria que a arte musical é como o ar que respiro. Não existe Elizabete Lacerda sem a música. Recebo diariamente, depoimentos dos mais diversos sobre o bem que “esta música” faz às pessoas. Da minha parte, consigo separar sem falsa modéstia, o que é meu e o que é dos Espíritos. Tenho consciência de que me coloco à disposição da Espiritualidade amiga e ela agem da forma que é preciso. Muitos relatos de cura de depressão, de doenças graves, de desistência de suicídios, de mudança radical de vida e outros; que me chegam como forma de estímulo e incentivo para que eu possa continuar cantando.
(…)
9 – Algo mais que gostaria de acrescentar?
Serviço com Jesus requer desprendimento, renúncia e doação. Quem me vê assim cantando, talvez não faça nenhuma relação àquela passagem de O Evangelho segundo o Espiritismo, citada no capítulo XXIII, itens: de 4 a 6, “Abandonar Pai, Mãe e Filhos”, não relacionando às consequências que advém desse ato. Muita vez, a família fica sem mim, para que eu possa servir. Isso já me custou dias difíceis, porém, a alegria, a parceria com o Cristo e as consolações resultantes desse serviço, são bálsamos de esperança para mim e para todos envolvidos neste contexto. É gratificante. E com Jesus, o fardo é sempre mais leve!
Que eu faça por merecer, cantar as coisas de Deus por longas vidas. É o que há de melhor em mim, na minha vida, nos meus dias: CANTAR!