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Suicídio

Suicídio

No livro “O Céu e o Inferno”, Allan Kardec diz o seguinte : “Ninguém tem o
direito de dispor de sua vida, porque ela lhe foi concedida visando aos deveres
que teria de cumprir na Terra. Por isso, não deve abreviá-la sob pretexto algum.
Visto possuir o livre-arbítrio, ninguém pode impedi-lo de fazê-lo, mas terá de
sofrer as conseqüências. O suicídio mais severamente punido é o cometido por
desespero, no propósito de fugir das misérias da vida. Sendo estas, ao mesmo
tempo, provações e expiações, furtar-se a elas, é recuar diante da tarefa que se
impôs…”

Todos nós possuímos um instinto de conservação, que nos preserva a vida , nos
faz temer a morte e nos ajuda a suportar sofrimentos e vencer quaisquer
obstáculos, para que sobrevivamos. Sendo assim, por que há o suicídio?

O suicídio é uma transgressão da lei divina de conservação.O homem, usando o
seu livre-arbítrio, transgride essa lei, sobrepõe-se ao instinto e destrói o seu
corpo carnal, efêmero, que , temporariamente, lhe abriga o Espírito.

Por que a pessoa busca tão desesperadamente, desertar da vida? O que a faz
entrar nesse estado de depressão, de profundo desânimo e desinteresse pela
existência, que não vislumbra outra saída senão a fuga aos compromissos
assumidos?

Na gênese de todos os problemas, está o nosso desconhecimento das leis
divinas que regem o Universo. A falta de crença num Ser Superior, e a idéia de
que tudo acaba com a morte, tornam o ser humano desesperançado, inseguro e
angustiado. Assim, quando surge um problema difícil, mais grave, que lhe desafia
a capacidade de resolução;quando se sente acuado pelas circunstâncias, e a
situação foge ao seu controle;se sente preterido, ele parte para a solução que
lhe parece mais fácil, e que, segundo seu modo de pensar, vai acabar de vez com
todos os seus problemas: o suicídio.

Na verdade, bastaria que atentássemos para a moral evangélica, aceitando o
sublime convite ao amor e fazendo aos outros o que gostaríamos que os outros nos
fizessem, para que deixássemos de nos considerar tão infelizes e rejeitados.

Não há morte. A vida prossegue sempre porque somos espíritos indestrutíveis,
imortais, eternos e porque somos partículas emanadas do Nosso Criador, Deus, o
Pai Altíssimo.

A Terra, dentro do Universo, é uma pequenina classe primária, onde Espíritos
infantis mal começam a soletrar o bê-a-bá da Espiritualidade. E muitos de nós
não aceitamos o material de ensino que a vida nos fornece; nos rebelamos, não
gostamos das lições que se nos afiguram difíceis demais, e fugimos da escola,
pelo suicídio. É quando, então, percebemos que apenas trocamos de sala : aquela
de lições suportáveis, por outra de lições aterrorizantes…tarde…muito
tarde…e aí só nos resta o choro e o ranger de dentes.

A vida não tem fim, é patrimônio eterno, concedido por Deus a seus filhos,
cuja finalidade é o nosso progresso crescente, até lograrmos a perfeição
espiritual.Quem se entrega ao suicídio, como única solução para os problemas
angustiantes da vida, comete um erro gravíssimo.

O suicida encontra, na Espiritualidade, situações desesperadoras, mais
intensas e dolorosas que as que conheceu aqui na Terra. Ninguém tem o direito de
pôr termo à própria vida. O corpo morre, desaparece; o espírito, porém
continuará vivo, respondendo pelas suas ações, em cumprimento à lei divina,
eterna, imutável.

A morte, como fenômeno natural, tem as suas leis que o Espiritismo revela
através de rigorosa investigação. O sofrimento do suicida decorre do rompimento
arbitrário dessas leis. De todos os desvios da vida humana, o suicídio é talvez
o maior deles, pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta à
lei de amor, e de suprema rebeldia á lei de Deus, cuja justiça nunca se fez
sentir junto dos homens, sem a luz da misericórdia.

Cinco lembretes anti-suicídio, extraído livro “Palavras Simples, Verdades
Profundas”:

  • A vida não acaba com a morte.
  • Os problemas não acabam com a morte.
  • O sofrimento não acaba com a morte.
  • A morte não apaga as nossas faltas.
  • A Doutrina Espírita propicia esperança e consolação, quando dá a certeza
    da continuidade infinita, que será tanto mais feliz, quanto melhor suportarmos
    as provas do presente.

Guardemos, pois, a existência como um dom muito precioso, porque nosso corpo
é sempre instrumento divino, para que nele aprendamos a crescer para a luz e a
viver para o amor, ante a glória de Deus. Afinal, o mundo em que vivemos não
está à deriva.Existe um Ser Superior que tudo vê, tudo pode e tudo sabe. Não
pensemos que Ele desconhece o que vai no fundo dos nossos corações. Somos todos
filhos de Deus, que é Pai Amantíssimo, e que nos dedica a todos o mais profundo
amor.

Jamais estamos sozinhos ou desamparados. Somos espíritos eternos, cuja meta é
a evolução.Através das etapas reencarnatórias, vamos progredindo e ganhando
novas experiências e conhecimentos. Nessas vivências, cometemos atos bons,
desenvolvendo afetos, ou nos comprometemos com atos negativos, prejudicando o
próximo e a nós mesmos.

Detentores do livre-arbítrio, isto é, da capacidade de tomarmos nossas
próprias decisões, nos tornamos responsáveis pelos atos que praticamos, passando
a sofrer as conseqüências do mal que semeamos.

Olhemos em volta e contemplemos as dores que se estendem a perder de vista, o
sofrimento de tanta gente, e compreenderemos que nossos problemas são tão
pequenos e insignificantes que não vale a pena sacrificar a vida por causa
deles. Pelo contrário, Deus nos concedeu tudo o que precisamos para viver bem.
Nós temos amigos e o amor de uma família.Temos saúde, inteligência clara e
raciocínio lúcido, condições de aprender para sermos cidadãos úteis e dignos, de
forma a representar peça valiosa no progresso da sociedade terrena. Não
desprezemos esses abençoados talentos que o Senhor nos concedeu.Mudemos a nossa
maneira de agir.Doemo-nos em benefício dos outros, sem esperar receber. Amemos,
sem exigir amor. Compreendamos, sem aguardar compreensão.Paremos de nos lamentar
sem motivo e ajudemos.Exercitemos o bem em todos os momentos, e compreenderemos
que Jesus, o Amigo Divino, está conosco, silencioso e compassivo,
fortalecendo-nos nas horas difíceis, amparando-nos nos momentos de dor e
sustentando-nos na caminhada rumo à evolução, sem nunca nos abandonar.

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