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Mais Respeito com a Doutrina que Abraçamos

Mais Respeito com a Doutrina que Abraçamos

“Escrever com simplicidade e clareza, concisão e objetividade, esforçando-se
pela revisão severa e incessante, quanto ao fundo e à forma, de originais que
devam ser entregues ao público.

O patrimônio inestimável dos postulados está empenhado em nossas mãos”.

Transc. Do livro “Conduta Espírita”-
cap. “Mensagem Na Imprensa” –
André Luiz (Espírito)/F. C. Xavier (Médium)

Vez por outra deparamo-nos com certos escritos na Imprensa Espírita
que nos deixam preocupados, sejam em artigos, revistas ou livros, os quais, em
vez de trazerem simplicidade e clareza quanto aos ideais que abraçamos,
confundem, dividem, e em certos casos, até lançam descrédito.

Compreendemos o ponto de vista daqueles, que no afã de urgenciar a divulgação
da Doutrina, utilizam um linguajar bem popular, e até em certas publicações, bem
chulo, chegando quase ao desrespeito moral, entretanto, não nos esqueçamos que
quando nos manifestamos através de qualquer tipo de expressão, ali não se faz,
somente, as articulações desse ou daquele articulista ou escritor, mas, a
representação dos conceitos idealísticos, aos quais o autor está ligado. Tanto
isso é verdade, que em qualquer erro cometido por um profitente do ideal
abraçado, quem leva a culpa maior é a mensagem voga. Lembro-me que certa vez,
quando ainda morava em outra cidade, determinada companheira do Movimento
Espírita local ao se sentir prejudicada, em um momento de invigilância, por
certo confrade dali, se afastou da Doutrina Espírita dizendo que se o que ela
sofrera era Espiritismo, preferia se afastar.

A sapiência de André Luiz no texto encimado, através do labor incansável de
F. C. Xavier, contido no livro já citado, o qual, aliás, deveria ser um dos
livros de cabeceira de todo espírita, bem mostra isso.

A Mensagem Espírita, não é mais um fenômeno religioso que aparece entre nós
(como se) para perpetuar conceitos puramente filosóficos em mais uma etapa
evolutiva do orbe, mas, a Consolação definitiva aos filhos da Terra,
restabelecendo o pensamento original de Jesus, tão modificado ao longo dos
tempos.

Entendemos a necessidade da Terceira Revelação se tornar cada vez mais
conhecida em todos os quadrantes da nossa casa, chamada Terra, entretanto, temos
que melhor cuidar do legado que Deus nos confiou.

 

“O patrimônio inestimável dos postulados espíritas está empenhado em nossas
mãos”, muito bem nos chama atenção o amigo Espiritual André Luiz, que se não
otimamente preservado correrá o risco de ser adulterado, como ocorrera com o
próprio Cristianismo, tornando o nosso plano de vida cada vez mais de Expiação e
de Provas, retardando a Regeneração que já se avizinha.

Já Jesus, em seu Evangelho, nos chamou a atenção quanto a nossa maneira
invigilante de ser, anunciando realizações funestas como realmente aconteceram,
em prejuízos de sua mensagem. Será que mais uma vez vamos persistir no mesmo
erro?

(Jornal Mundo Espírita de Setembro de 1999)