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Mediunidade

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Amilcar Del Chiaro

    Estamos vivendo uma época decisiva para a humanidade, em que os valores são testados, e não raro invertidos, e o submundo do crime se agita e coloca para fora toda a sua violência, a sua peçonha.  Por outro lado o mundo invisível, ou mundo dos espíritos se faz presente em nosso cotidiano, influenciando para o bem ou para o mal indivíduos e coletividades. A mediunidade se generaliza como o espírito se derramando sobre toda a carne, conforme a promessa Bíblica, e encontramos médiuns com tarefas definidas no campo do bem, como os que exploram a mediunidade, assim como os que aturdidos por ela, e por não compreendê-la, acabam tendo um eclipse mental, obrigando-se a tratamentos psiquiátricos.  Mas por que existe toda essa agitação? Por que o mundo suporta hoje uma população nunca atingida antes? Lembramo-nos de ter lido que uma psicóloga fez uma pesquisa com regressão da memória, e perguntou aos espíritos antes da atual reencarnação, por que escolheram essa época para reencarnar, ou por que escolheram aquele sexo, e as respostas de um grande número foi que o sexo era indiferente, mas a época, é porque querem participar das grandes mudanças, das transformações que estão se operando no mundo.

Perguntamos: O Espiritismo está destinado a influir nessas mudanças? Ser espírita nos coloca no meio dessas transformações? Não temos nenhuma dúvida, pois o Espiritismo é uma das doutrinas mais aptas a acompanhar as rápidas mudanças do mundo. Mas é lógico que não serão os espíritas acomodados, que pouco conhecem a sua doutrina, mas aqueles que tenham dinamismo, elam conhecimento. Não basta ser espírita, nem mesmo médium. É preciso conhecer as raízes históricas do Espiritismo e a sua destinação, assim como as suas várias fases. Se houve uma época em que os fenômenos físicos predominaram de forma intensa, talvez até como meio de despertar os sonolentos, e também requisitar a atenção de grandes cientistas, e sábios como Crooks, Lombroso, Akssakof, Wallace, Bozzano, depois veio o predomínio da mediunidade de efeitos intelectuais, e citaríamos Fernando de Lacerda, Ivone Pereira, Divaldo Franco e Chico Xavier, como expoentes desta fase.      Apesar de um retorno ao quase maravilhoso, com médiuns cirurgiões, onde alguns dos espíritos que atuam nessa área passaram à condição de mito, estamos numa fase francamente inteligente. É por isso que repetimos o que já dissemos em outro lugar: o Espiritismo vive uma fase de ouro, e só não está melhor porque existem dirigentes que conhecem pouco de Doutrina Espírita, e não se esforçam para colocar o Espiritismo no patamar que ele merece, transformando-o numa simples seita cristã, ou numa igreja de resultados. Dirigentes desta condição impedem que as pessoas que vem pedir curas, felicidade, empregos, percebam que o Espiritismo tem uma dádiva muito maior a dar, uma dádiva que não pode ser medida ou pesada, mas que mudará o mundo.Quando dissemos que o Espiritismo pode e deve estar no centro das agitações, das mudanças, é porque o Espiritismo não se baseia em crenças, mas em certezas. Não acreditamos que somos imortais, temos a certeza disso, assim como, para que somos imortais, ou seja, para sermos perfeitos, e alcançaremos a perfeição através das reencarnações.