Mensagem Polêmica
“PARA VIVER MELHOR: As seis palavras mais importantes: Admito que o erro foi
meu. As cinco palavras mais importantes: Você fez um bom trabalho. As quatro palavras
mais importantes: Qual a sua opinião? As três palavras mais importantes: Faça o
favor. As duas palavras mais importantes: Muito obrigado. A palavra menos importante:
EU”.
Um dos assuntos mais polêmicos dentro do movimento espírita é sem sombra de dúvidas
a figura do Espírito da Verdade. O anúncio do Espírito Verdade já consta nos anais
da Bíblia, onde João Evangelista, no versículo XIV: 15-17 e 26 – Jesus promete outro
Consolador: O Espírito da Verdade, que o mundo ainda não conhece, pois não está
suficiente maduro para compreendê-lo. E que o Pai o enviará para ensinar todas as
coisas e para fazer lembrar o que Cristo disse. Se, pois, o Espírito de Verdade,
deve vir mais tarde ensinar todas as coisas é porque Cristo não pode dizer tudo.
O próprio Doutor das Leis Nicodemos, não o compreendeu, quando Jesus afirmou.
“Para que possas, ascender o reino dos céus é preciso nascer de novo”. Nicodemos
na sua incredulidade replicou: mas mestre, um velho como eu, poderei retornar ao
útero de minha mãe? Jesus retrucou, se tu Nicodemos que és o Doutor das Leis não
compreendeu as minhas palavras, e outras que tinha para falar posteriormente, imagine
os menos favorecidos. Jesus nessa assertiva consolida a existência da reencarnação
e a pluralidade das existências.
Se ele vem fazer lembrar o que o Cristo disse, é que, o seu ensino foi mal compreendido
ou esquecido. Das duas uma. Se aceitarmos a figura do Espírito da Verdade como Jesus,
ele não é o Cristo ou vice-versa. Lembro-me aqui na minha ignorância, quando o Espírito
de Verdade tenta uma comunicação desesperada com Allan Kardec, através de batidas
por três horas consecutivas e não consegue. Já na casa do Senhor Baudin em 25 de
março de 1856, servindo de médium sua filha a senhorita Baudin, Kardec depois de
mencionar tudo ao senhor Baudin recebe como resposta; à de que o Espírito da Verdade
está ali presente. Queria o Espírito de Verdade comunicar alguns erros que Kardec
estava cometendo na Obra Básica do Espiritismo. Desculpem a ignorância: Como
podemos aceitar a aflição de Jesus, um Espírito Puro, ficar atormentado batendo
feito louco, por três horas seguidas, como citei antes, para manter um diálogo com
Kardec? Foi preciso a intervenção da família Baudin no caso. No capítulo XXXI-
Dissertações espíritas, existem duas mensagens supostamente assinada por Jesus,
e não por Jesus de Nazaré como muitos afirmam. E aí, o que dizer? Por que o Espírito
da Verdade não poderia ser uma plêiade de espíritos superiores, se o mesmo, já foi
reconhecido pelos exegetas como o filósofo Sócrates.
Deus nos deu o livre-arbítrio, não sou o dono da verdade, mas não consigo imaginar
Jesus de Nazaré como o Espírito da Verdade. Pelos relatos anteriores, não
haveria a mínima necessidade de ações espalhafatosas para chamar a atenção de um
espírito de escala inferior. Não quero jamais criar polêmica com qualquer que seja
e há quem afirmem que “O Consolador Prometido é imaginação de Kardec”. Ressalto
aqui: Não entro nesta seara.
Kardec nos ensina coisas maravilhosas através dos ditos dos espíritos, e não
seriam fatos isolados, que iriam denegrir sua imagem e desacreditar sua obra. Jamais.
Jesus lecionou a verdade em todas as situações da peregrinação messiânica, a todos
ofertou amor puro, bênçãos de luz e bens para a Eternidade, provou com os próprios
testemunhos a excelência de seus ensinos. Ministrou a caridade simples e natural,
sem melindrar ou ferir. Para quem gosta de observar o que está escrito nas grandes
obras, Kardec no mesmo capítulo faz a seguinte observação “Não há nada de mau, sem
dúvida nessas duas comunicações. Mas o Cristo teve algum dia essa linguagem: pretensiosa,
enfática e empolada? Comparem-se ambas com a que inserimos atrás, assinada com o
mesmo nome, e se verá o cunho da autenticidade”.
Todas essas comunicações foram obtidas no mesmo círculo. Observa-se no mesmo
estilo familiar, torneios de frases semelhantes, as mesmas expressões freqüentemente
repetidas, como por exemplo: “ide, ide; filhos”! De onde se conclui ser o
mesmo Espírito que ditou a todas elas sob nomes diferentes. E aí, posso concluir
que também Jesus tinha sua plêiade de Espíritos. “Venho, eu, vosso Salvador
e vosso juiz; venho, como outrora, aos filhos transviados de Israel; venho trazer
a verdade e dissipar as trevas”, fazem uma analogia, qual será a escrita que se
assemelha com as palavras do mestre? Quando o mesmo fala usa sempre a segunda pessoa
do plural. Se existem ainda dúvidas; continuo: Na mensagem que se encontra no Evangelho
Segundo O Espiritismo Cap 6, item 5, outra obra da codificação espírita, e vem assinado
pelo Espírito de Verdade. Ainda nesta obra (ESSE), cap I, item 4, Kardec comenta
sobre Jesus falando o mesmo não era apenas um legislador moralista, mas que viria
dar cumprimento às profecias e que sua “autoridade lhe vinha da natureza excepcional
do seu Espírito e da sua missão divina”.
A comunicação, obtida por um dos melhores médiuns da Sociedade Espírita de Paris
comenta Kardec: “Esta comunicação, obtida por um dos melhores médiuns da Sociedade
Espírita de Paris, foi assinada com um nome que o respeito nos não permite reproduzir,
senão sob todas as reservas, tão grande seria o insigne favor da sua autenticidade
e porque dele se há muitas vezes abusado demais, em comunicações evidentemente apócrifas”
Esse é o de Jesus de Nazaré.
De modo algum duvidamos de quem lê pode manifestar-se; mas, se os Espíritos verdadeiramente
superiores não o fazem , senão em circunstâncias excepcionais, a razão nos inibe
de acreditar que o Espírito por excelência puro responda ao chamado do primeiro
que apareça.
Kardec na sua singeleza ao final desta nota comenta ainda da superioridade incontestável
da linguagem e das idéias usadas por este espírito, mas deixa a cada um de nós o
julgamento. Mesmo como afirmar os estudiosos, mas isto é outra pesquisa , Kardec
é enfático quando afirma das comunicações de Espíritos Puros respondendo ao chamado
de espíritos imperfeitos. Se Jesus foi o único puro que pisou o orbe terrestre o
nosso queridíssimo Kardec fazia rol dos imperfeitos como nós.
Não me julguem como dono da verdade, ela só a Deus pertence. Estou apenas
colocando meu ponto de vista com espírita que sou, quero salientar que estamos no
ABC, precisamos aprender muito mais. Com perguntas um tanto exigente e dispostas
com lógica, facilmente teriam colocado esse espírito no seu lugar.
Queria afirmar que os seres humanos são dotados de inteligência, mas jamais poderemos
ser iguais uns aos outros, senão passaríamos de hominais, para máquinas, com chipes
computadorizados, que só sabem acumular informações. Lembremo-nos também que o Espiritismo
é um só, não o chamamos de cristão, para que alguém desavisado afirme que existe
o não cristão.
(ANTONIO PAIVA RODRIGUES – OFICIAL SUPERIOR DA POLÍCIA MILITAR-GESTOR DE
EMPRESAS-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FGF- BACHAREL EM SEGURANÇA PÚBLICA).