O Que é Mais Importante, a Quantidade ou a Qualidade dos Centros Espíritas?
De vez em quando ouço um espírita dizer: “o importante não é a quantidade de
Centros Espíritas, é a qualidade”.
Será que afirmar “o importante não é a quantidade de Centros Espíritas, é a
qualidade” não é imaginar que o Espiritismo não veio para o mundo, mas sim para
um grupo de privilegiados? Será que a Terceira Revelação é só para nós?
Será que não seria melhor dizer, pela importância (para o mundo) dos
princípios espíritas, que “o importante é a qualidade e a quantidade”?
Outros argumentam: “é preciso esperar melhorar qualitativamente os Centros
Espíritas, para só então divulgarmos intensamente nossa Doutrina”.
Será?
Penso que temos que trabalhar com o que temos. Uma coisa é pensar e
sonhar com o “ideal”, outra é fazer o “possível”.
Pensar que primeiro é preciso melhorar a qualidade dos Centros Espíritas,
para só depois melhor divulgar a Doutrina, é semelhante à atitude de um
governador de estado que resolvesse oferecer vagas às escolas públicas só depois
que todo o corpo docente melhorasse a qualidade! É semelhante ao fato de
começarmos a ensinar às pessoas que é preciso primeiro esperar conseguir amar ao
próximo como a si mesmo, para só depois começar a fazer a caridade!
Uma pergunta:
Sabendo que os discípulos de Jesus eram pessoas simples, comuns, sem destaque
social ou cultural, pescadores, Jesus esperou que eles melhorassem
qualitativamente para só depois convidá-los a seguí-Lo?
Esperar ficarmos prontos, para só então começar a trabalhar, é uma grande
ilusão.
Nós nunca estamos – nem estaremos – “prontos”.
Nós nunca seremos um produto acabado.
E o mesmo ocorre com os Centros Espíritas: sempre haverá alguma deficiência.
Mas é preciso trabalhar. É preciso divulgar nossa Doutrina.
E de forma ousada!