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O céu e o inferno

O céu e o inferno

Contrapondo-se às teorias da existência do Céu e do Inferno como lugares
circunscritos, para o estacionamento final das almas que aguardam a recompensa
ou o castigo, a Lei da Reencarnação tem o condão de refrear ou dominar os
ímpetos dos homens que enveredam pala senda do mal, com muito mais eficiência do
que o fez, no passado, a crença no domínio do utópico satanás.

Algumas escolas religiosas incutem na mente dos seus adeptos a crença de que
o caminho dos Céus lhes estará franqueado, desde que sejam bons legalistas da
religião oficial e tenham fé robusta. Outras apregoam que fora dos seus
regimentos não há salvação, e que o pecador, uma vez arrependido, em vida, terá
as portas do Céu desimpedidas tão logo tenham o beneplácito ou a absolvição da
Igreja.

Para muitos a ameaça do Inferno não representa um obstáculo e a problemática
promessa do Céu, por si só, não é tentadora a ponto de reprimir suas más
inclinações na senda das viciações terrenas, mormente em se considerando,
segundo os ensinos religiosos, que a fé e a crença representam fatores decisivos
na equação do problema do perdão dos faltas e na conseqüente ascensão aos Céus.

O Espiritismo nos apresenta um quadro bem diverso. O Céu e o Inferno não
representam lugares circunscritos para gozo ou aplicação de penalidades: os
Céus, pela concepção espírita, são os planos espirituais que servem de morada
aos Espíritos que, através das vidas sucessivas, conseguiram se despojar de suas
imperfeições pelo esforço próprio, ao passo que o Inferno são os planos
inferiores, para onde vão se abrigar, temporariamente, as almas que Deus colocou
no mundo pura o processo evolutivo, mas que se transviaram, quer seja levando
vida degradante ou contribuindo na nefasta tarefa de obstruir a marcha da grande
obra de libertação espiritual, iniciada por Jesus Cristo.

Os “demônios” não são seres a parte da criação. Dada a circunstância da Terra
ser ainda um planeta de provas e expiações, com relativo atraso moral e
espiritual, elevado contingente de “demônios” está aqui encarnado e submetido a
um aprendizado compulsório. Entretanto, com o decorrer dos tempos, esses
chamados “demônios”, verão a inutilidade dos seus esforços na senda do mal e
deixarão se arrastar pela marcha inquebrantável do progresso espiritual, que os
conduzirá para os caminhos do Bem.

Com o decurso dos milênios, os “demônios” de hoje serão as entidades puras
que habitarão os planos sublimados. Os Espíritos que, voluntariamente, se
conduzem nos caminhos do mal, serão, mais tarde, os mesmos que se conduzirão no
roteiro do Bem e da Luz.

Esse aspecto revela a essência da Justiça, do Amor e da Eqüidade do nosso
Criador.

Com o decurso dos milênios, os “demônios” de
hoje serão as entidades puras que habitarão os planos sublimados.

(Jornal Mundo Espírita de Julho de 1998)

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