Paulo da Silva Neto Sobrinho
O espiritismo é pura mentira?
“O dedo serve para apontar a lua; o sábio olha a lua, o ignorante olha o dedo”. Provérbio Zen
Parece-nos que o nosso crítico não gostou muito do que falamos, pois volta à carga, mais irado do que nunca, membros de outras religiões sentem-se contrários ao espiritismo e geram diversas discussões sobre a doutrina ser ou não verdadeira muitas vezes afirmando que o espiritismo é uma doutrina criada por um simples homem.
Mas cabe-nos fazer algumas considerações em seu novo texto, pois esperamos que não queira tirar de nós o sagrado direito de defesa.
A sabedoria popular nos diz que quem procura vender seus produtos dizendo que os dos outros não prestam, é porque os seus é que são, pois aquele que possui realmente um produto de boa qualidade procura realçar a qualidade de seu produto não se preocupando com a concorrência. É assim, que poderemos analisar todos aqueles que tentam desesperadamente denegrir a imagem do Espiritismo.
E para grande satisfação nossa, o vemos crescer cada dia mais, sem que fiquemos tentando convencer ou converter a quem quer que seja. Seu crescimento está intimamente ligado ao valor que as pessoas estão encontrando em seus princípios, deixando de lado essas religiões dogmáticas que se julgam exclusivas representantes do Cristo, quando na verdade são representes de sua própria vaidade e, em alguns casos, do próprio bolso.
O teólogo José Reis Chaves, de quem já falamos, em nosso texto anterior, faz a seguinte colocação:
“Mas uma coisa é certa, ela [sua obra] procura fundamentar-se numa hermenêutica e numa exegese descompromissadas com qualquer que seja a corrente teológica cristã tradicional e dogmática, numa tentativa de mostrar conclusões baseadas na lógica e no bom senso, sob a ótica da mentalidade do homem de hoje, e não da mentalidade do homem de ontem, que aceitava com naturalidade os horrores da Inquisição, a barbaridade das Cruzadas e o desrespeito total á cultura religiosa indígena, nas regiões colonizadas pelos ‘civilizados”. (A Face Oculta das Religiões, págs. 9-10.
Um pouco mais à frente, o nosso amigo, agora ex-católico, continua:
“Por que não libertar de vez o Cristianismo dos erros, tornando-o vitorioso de fato?”.
“O objetivo deste livro é mostrar algumas dessas idéias erradas que ainda perturbam a Igreja Católica e outras Igrejas Cristãs. Não importa que o modo de pensar do autor e algumas coisas pouco conhecidas, mostradas por ele, venham assustar muitos leitores cristãos ortodoxos, que estão atolados nos erros de uma mentalidade arcaica vigente até hoje, apesar desses erros serem insustentáveis, pois os hereges também assustaram os ortodoxos de ontem. E o maior herege de sua religião foi o próprio Jesus. Primeiramente, desafiando os sacerdotes e a ortodoxia judaicos, e depois transformando grande parte do judaísmo de seu tempo em cristianismo”. (A Face Oculta das Religiões, pág. 11/12).
Mas vamos ao texto-resposta do nosso crítico.
Texto-resposta do crítico.
—–Mensagem original—–
De: xxxxx [mailto:[email protected]]
Enviada em: segunda-feira, 3 de novembro de 2003 17:42
Para: Webmaster Portal do Espírito
Assunto: Re: É pura verdade…e é mesmo.Descupe mas, como aceitar uma doutrina inventada por um pobre alan cardec (sei que não se escreve assim).
Continua dando atestado de que realmente não conhece absolutamente nada de Espiritismo, pois caso contrário não diria uma inverdade dessa, Kardec não inventou o Espiritismo, apenas codificou, o que é bem diferente. Sempre atribuiu a autoria dos princípios espíritas aos Espíritos Superiores. E se os “santos” católicos podem trazer advertências e previsões para a humanidade, não vemos razão para também Deus não permitir que outros espíritos, já que os “santos”, quer goste ou não, são todos eles Espíritos, possam também ajudar no processo evolutivo da humanidade. Repetimos, as revelações divinas, para serem realmente divinas, devem possuir caráter universalista, caso contrário é apenas coisa de homens.
A saída que encontrou para sua gafe com relação ao nome de Kardec, só demonstra que conforme já nos advertia Rohden, Jesus precisa entrar em seu coração: “amar ao próximo como a ti mesmo”. A não ser que você nos prove que Ele tenha menosprezado alguém, motivo pelo qual você poderia estar fazendo isso. Por mais que uma pessoa não pense como nós, devemos respeitá-la como um ser humano, já que nós, por nossa vez, queremos merecer dos outros o respeito, isso é aplicar: “fazei aos outros tudo o que quereis que os outros vos façam” (Mt 7,12), sábia recomendação de Jesus.
Vamos colocar algo sobre a biografia de Kardec, tendo em vista que é muito comum tentarem colocá-lo em ridículo. No livro “O que é o Espiritismo” contém a biografia de Allan Kardec, feita por Henri Suasse, de onde retiramos:
“… fez em Lião os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. Aplicou-se, de todo o coração, à propaganda do sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma dos estudos na França e na Alemanha. Muitas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, um pouco de todos os lados, para fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizar Rivail o encargo de o substituir na direção da sua escola. … Era bacharel em letras e em ciências e doutor em medicina, tendo feito todos os estudos médicos e defendido brilhantemente sua tese. Lingüista insigne, conhecia a fundo e falavacorretamente o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol; conhecia também o holandês, e podia facilmente exprimir-se nesta língua.
“… Organizou também em sua casa, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de química, física, astronomia e anatomia comparada, de 1835 a 1840, e que eram muitos freqüentados”.
“Membro de várias sociedades sábias, notadamente da Academia real d’Arras, foi premiado, por concurso, em 1831, pela apresentação da sua notável memória: Qual o sistema de estudo mais em harmonia com as necessidades da época?”.
“Dentre as suas numerosas obras convém citar, por ordem cronológica: Plano apresentado para o melhoramento da instrução pública, em 1828; em 1829, segundo o método de Pestalozzi, ele publicou, para uso das mães de família e dos professores, o Curso prático e teórico de aritmética; em 1831 fez aparecer a Gramática francesa clássica; em 1846 o Manual dos exames para obtenção dos diplomas de capacidade, soluções racionais das questões e problemas de aritmética e geometria; em 1848 foi publicado o Catecismo gramatical da língua francesa; finalmente, em 1849, encontramos o Sr. Rivailprofessor no Liceu Polimático, regendo as cadeiras de Fisiologia, Astronomia, Química e Física. Em uma obra apreciada resume seus cursos, e depois publica: Ditados normais dos exames na Municipalidade e na Sorbona; Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas”.
“Tendo sido essas diversas obras adotadas pela Universidade de França,… Seu nome era conhecido e respeitado, seus trabalhos justamente apreciados, muito antes que ele imortalizasse o nome de Allan Kardec”. (grifo nosso).
Quando tomamos a tarefa de criticar o trabalho de alguém, devemos primeiro provar que temos credenciais para tal empreendimento. Assim, da mesma forma que já fizemos com um outro crítico, deixaremos um espaço neste texto para que o nosso atual crítico nos envie o seu currículo, afim de que os nossos leitores possam fazer a sua análise, objetivando confirmar se o autor, que combate Kardec, possui conhecimentos e experiência suficiente para isso. Ademais diz Kardec: “O verdadeiro crítico deve provar não somente erudição, mas um saber profundo no que concerne ao objeto que trate, um julgamento sadio, e de uma imparcialidade a toda prova; de outro modo, qualquer rabequista poderia se arrogar o direito de julgar Rossini, e um aprendiz de pintura o de censurar Rafael”.
ESTE ESPAÇO ESTÁ REVERVADO PARA COLOCARMOS O CURRÍCULO DO CRÍTICO, SE NOS FOR ENVIADO.
Não dá para crer num evangelho segundo alan cardec.
E não dá mesmo, porque ele não existe. O que existe, e você que “começou a estudar” deveria saber muito bem, é o Evangelho Segundo o Espiritismo, ou seja, a interpretação que o Espiritismo dá ao Evangelho de Jesus. Para isso Kardec optou por concentrar-se apenas no aspecto moral dos ensinamentos de Jesus, usou para isso de uma tradução da bíblia já existente, De Sacy, já que, sob esse aspecto, é que o que devemos colocar em prática em nosso dia-a-dia. É nele que os Espíritos deixam a máxima para os Espíritas: “Fora da caridade não há salvação”, muito diferente do “fora da igreja tal não há salvação”, máxima de quase todas as igrejas cristãs da atualidade. Demonstrando, claramente o desvirtuamento dos ensinos de Jesus, daí a necessidade dos ensinamentos dos Espíritos, que sob a coordenação do nosso Mestre maior, procura retomar a pureza inicial dos seus ensinamentos.
Vocês acham que eu seria tolo de rejeitar a doutrina de Deus para viver erroneamente numa doutrina que um simples homem inventou.
Não há nenhum sentido nessa sua fala, pois não estamos tentando lhe convencer ou converter de absolutamente nada. Muito ao contrário, você é que está “batendo em nossa porta” para fazer isso. “A convicção que tens, guarda-a só contigo e aos olhos de Deus” (Rm 14,22). Você está feliz em sua religião? Ótimo, continue feliz aí. Só que, a nosso ver, os princípios defendidos pela sua igreja está ainda muito longe da Doutrina de Deus, mas talvez é o que consegue suportar por agora.
Agora eu sei porque vocês gostam tanto do mentiroso espiritismo. Porque segundo as pesquisas que você citou, os espíritas são os mais estudiosos e com certeza ricos.
Sua capacidade de entendimento é até hilariante, se não fosse trágica. Talvez você tenha relacionado ser rico com ser estudioso, porque vivendo em meio da opulência de sua Igreja, ache que todos pensam como você, está redondamente enganado. Se você abrir os olhos verá que o Vaticano não é tão pobre assim, e enquanto os pobres tomam banho em chuveiro frio, isso quando têm chuveiro, bispos deitam em banheira de espumas, com aquecimento solar e tudo o mais. Nas Casas Espíritas, todas elas de construção simples, não discriminamos ninguém, tanto faz se é rico ou pobre, preto ou branco, com ou sem instrução, já que para nós todos os indivíduos são, essencialmente, filhos de Deus, e como tal devem ser tratados. Nunca estivemos aliados aos poderosos e aos ricos, como registra a história em relação à sua Igreja. Assim, não pense que nós seguimos o exemplo dela.
E a idéia que queríamos passar, com os dados estatísticos, foi bem outra do que você entendeu. Os colocamos para demonstrar que não há lógica alguma em achar que as pessoas de maior nível intelectual iriam procurar algo “mentiroso”, já que possuem, muito mais que a maioria da população, capacidade de discernimento, que não se encontra facilmente nos fiéis de outras igrejas, que mais parecem “cordeirinhos” conduzidos por lobos. Tem que ser muito insensato para pensar dessa forma.
Eu creio em Jesus porque ele escolheu pescadores, pessoas simples talvez analfabetas, isso prova que não precisamos dos estudos mundanos falquejados em bancos colegiais para sermos sábios. A verdadeira sabedoria vem de Deus através do Espírito Santo.
Vejamos o provérbio: “O princípio da sabedoria é adquirir a sabedoria. Adquira a inteligência usando tudo o que você possui. Conquiste a sabedoria, e ela o exaltará” (Pv 4, 7-8). Desse provérbio concluímos que a sabedoria tem que ser conquistada, ora, isso só poderá ocorrer através de muito estudo. A verdadeira sabedoria então vem do próprio esforço da pessoa, não cai do céu como pensam os dogmáticos, se compreendessem a lei da reencarnação veriam como isso ocorre sem que Deus se torne injusto. Quanto à escolha de Jesus, seria bom lembrar-lhe que foi por absoluta falta de uma alternativa melhor, pois quem possuía estudos naquela época, pouquíssimos, não é mesmo? Mas nem todos os seus discípulos eram sem instrução, podemos citar, por exemplo, o publicano Mateus que pela própria profissão de cobrador de impostos deveria ter alguma cultura. Em Atos 4, 13: “Vendo eles a coragem de Pedro e de João, e considerando que eram homens sem estudos e sem instrução, admiravam-se”, assim temos que realmente existiam outros que eram completamente sem instrução. Mas em relação a esses dois, surge-nos uma dúvida: se eram sem estudos e sem instrução como existem textos bíblicos atribuídos aos dois? Obra do “Espírito Santo”, poderá falar, ótimo temos aí alguma coisa com que acabar com o analfabetismo no Brasil.
Mas supondo-se que Jesus voltasse hoje, se os dogmáticos não o matasse, iria escolher para seus discípulos pessoas com cultura ou pessoas analfabetas?
Eu creio na Bíblia sim, ela é a palavra viva de Deus, e lá está a verdade que vocês espíritas não querem entender.
Querer entender até que queremos e nos esforçamos para isso, entretanto diante de tantos absurdos que nela contém, ficamos, para utilizar a inteligência que Deus nos deu, impossibilitados de aceitá-la como tal, pois não admitimos, de forma alguma, rebaixar o supremo Criador do Universo a tamanha pequenez, se formos considerar tudo que contém a Bíblia como de sua produção. Isso não quer dizer que estamos dizendo que não existe algo proveniente de Deus, estamos apenas afirmando que tudo não.
Vamos recorrer novamente ao teólogo José Reis Chaves:
“Voltando a nossa atenção para Moisés, sabemos também que ele era um legislador, ditando leis e normas para uma boa convivência entre as pessoas e também como elas deveriam comportar-se com relação a Iavé”.
“É claro que nem tudo precisava ser, necessariamente, ditado ou determinado por Iavé, mas Moisés fazia silêncio sobre isso, pois o povo, pensando que tudo partisse de Iavé, acatava melhor as instruções de Moisés”.
“Muitos rabinos, também às vezes querendo defender seus interesses particulares, abusavam da frase: ‘A Bíblia é a palavra de Deus’, justamente para que o povo acatasse tudo o que eles diziam. A Igreja Católica, que herdou essa frase do Judaísmo, dela também muito abusou no passado, inclusive justificava a Inquisição com ela, como também os abusos de indulgências e dízimos. Hoje, porém, apesar de ainda ter erro, a Igreja regenerou-se muito. […]” (A Face Oculta das Religiões, págs. 53/54).
Uma interessante colocação nos faz o teólogo Rohden:
“De resto, que espécie de Deus seria esse que se revelasse apenas a um povinho minúsculo, que, nesse tempo, não representava sequer 1% da humanidade, deixando na ignorância cerca de 99% do gênero humano? Como podiam essas centenas de milhões de homens, fora e longe de Israel – de cuja existência nem sabem até hoje -, como podiam eles chegar a conhecer Deus através da Bíblia?… E que fez Deus antes do início da Bíblia? – e depois do encerramento da mesma? A Bíblia, como livro escrito, começa uns 15 séculos antes de Cristo, e termina pelo ano 100 depois dele. Ora, poderíamos admitir que, no longuíssimo período anterior ao tempo de Abraão, Isaac e Jacó, Deus nada tenha tido a dizer à humanidade? E que, pelo ano 100 da era cristã, tenha ‘fechado o expediente’, à guisa de um funcionário público ou outro burocrata do século XX?… Quem admite semelhante Deus é ateu, porque um Deus tão imperfeito e limitado não é Deus nenhum” (Lampejos Evangélicos, págs. 188/189).
Resta-nos ainda mostrar porque dissemos essas coisas, para não nos colocarem como pessoa vã. Alguns exemplos;
- Em várias passagens está dito que Deus arrependeu de alguma coisa que fez, apesar de ter afirmado: Eu sou Javé, e não mudo (Ml 3,6).
- Como criou o Sol no quarto dia, somente a partir daí é que se pode falar em dia, entretanto narra-se Deus criando no primeiro dia a luz, a qual chamou Dia, como?
- Apesar de ter colocado a dor do parto nas mulheres, as fêmeas dos animais acabaram por sofrer desse castigo?
- Mesmo tendo castigado só ao homem no “tu és pó e ao pó hás de tornar”, os animais morrem, as plantas morrem, as mulheres morrem, o que não dá para se entender numa boa lógica.
- Diz que castiga a culpa dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração, entretanto depois diz que os pais não morrerão pela culpa dos filhos, nem os filhos pela culpa dos pais, que cada um morrerá pelo seu próprio pecado em evidente contradição.
- Faz um dilúvio acontecer sem que existisse água na terra para se cobrir o mais alto monte.
- A passagem do mar Vermelho, com o mar dividindo em duas muralhas, falta conhecimento de geografia, pois a rota traçada do êxodo não passa pelo mar Vermelho.
- Contradição entre as várias punições de matar com o “não matarás”.
- Proíbe lavrar-se a terra usando uma junta de boi e jumento, pode?
- Diz para não se admitir na assembléia do Senhor aquele a quem forem trilhados os testículos, ou cortado o membro viril.
Poderíamos alongar essa lista por muitas páginas, mas não é o nosso objetivo colocar tudo, apenas algumas delas para se ter uma idéia dos absurdos que estão na Bíblia.
Para pessoas comodistas é melhor viver assim, achando que vão reencarnar, assim podem fazer qualquer mal aos outras pois terão chance de recuperar-se em outra vida.
Comodismo, ter que se esforçar para ser cada vez melhor? E o perdão puro e simples é o que então? Comodismo maior é pensar que em vez de reencarnar para trabalhar pelo seu progresso espiritual achar que apenas o perdão de Deus resolverá tudo. Mas se a reencarnação é comodismo, preferimos o comodismo dela do que o trabalho para sair do inferno e sem conseguir, já que todos somos pecadores.
Do jeito que vocês pensam (opinião de vocês) estão chamando Jesus de mentiroso e duvidando do próprio Deus.
Falta-lhe capacidade de entender o que é realmente o Espiritismo. Nunca colocamos Jesus como mentiroso, mas aos que hoje dizem seguí-lo, esses o são, pois desvirtuam os seus ensinamentos, para atender interesses escusos. Lembra-se do que colocamos a respeito da reencarnação no texto anterior?
Vocês se acham os donos da verdade (mentira) que inventaram quase 1800 anos depois de Jesus.
Não inventamos nada, pois tudo o que dissemos de princípios Espíritas já existem desde que o mundo é mundo, pois tudo se encontra nas leis da natureza. O grande problema é os que querem de todos os meios fazer calar a verdade, como fizeram outrora com Galileu, os tempos são outros, não percebeu?
Se a doutrina espírita fosse verdadeira, Jesus teria dito no tempo que aqui viveu.
A pergunta que colocamos é: Jesus disse tudo? Soubesse também um pouquinho mais de Bíblia teria visto que Jesus disse: “Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não podeis compreender agora. Quando ele, o Espírito de Verdade, vier, vos conduzirá à verdade completa. Pois não há de falar por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas futuras” (Jo 16, 12-13). Apesar de que sobre algumas coisas tenha falado, como por exemplo, a questão da reencarnação. Mas como sabia que nem todos entenderiam, disse ao se referir a João Batista como a reencarnação de Elias: “ouça quem tem ouvido de ouvir”. Até hoje existe gente surda, é que constatamos.
Sejam humildes, não precisam aceitar doutrinas de homens (alan cardec) aceitem sim a doutrina do Santo Espírito de Deus.
Eu pertenço a Deus e só NELE eu encontrarei minha salvação. Tchau .
Falta humildade é a sua, que se julga o dono da verdade, verdade essa que quer impor a nós Espíritas. Não tem humildade suficiente para sair da letra que mata para entender o espírito da letra, única forma de conseguir entender quem está por trás como responsável por toda a organização da codificação Espírita. A passagem de João citada um pouco atrás poderá lhe dar uma dica: quer goste ou não, quer acredite ou não, para nós não faz a menor diferença, até mesmo porque só prestaremos contas de nossos atos a Deus, a Doutrina Espírita é o Consolador Prometido por Jesus, e ele próprio é o Espírito de Verdade, que reenvia ao mundo sua mensagem deturpada pelos fanáticos religiosos.
Conclusão
Nada vai derrubar os princípios Espíritas, pois todos eles estão firmados nas leis da natureza. O que vai ocorrer é justamente o contrário, ou seja, mais dia menos dia a ciência acabará por provar todas as teses Espíritas. Como não estamos mais na época da inquisição, onde as verdades eram caladas a troco da fogueira “santa”, elas acabarão por serem divulgadas para conhecimento de todos, já que a luz tem que ficar no velador.
E para finalizar, colocaremos mais um pensamento de Rohden:
“Quem defende uma Igreja ou determinada religião pode ser um bom teólogo, rabino ou sacerdote, mas não é religioso, pois ser religioso quer dizer descobrir Deus dentro de si, como Jesus, e viver em permanente conformidade com essa gloriosa descoberta, que é o amor incondicional e universal”. (Lampejos Evangélicos, pág. 89).
Nov/2003.