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O Jovem Espírita Se Sente Mais Responsável Diante das Transformações do Mundo?

O Jovem Espírita Se Sente Mais Responsável Diante das Transformações do Mundo?

Eis uma questão a ser pensada e respondida por cada um de nós à nós mesmos; a
juventude de hoje, é filha de uma juventude marcada por estilos, filosofias de vida,
e ideais políticos fortes; ideologias que atravessaram décadas inteiras e que dificilmente
serão esquecidas. E hoje?

– Hoje observamos uma diversidade conturbada de idéias e estilos de vida, o jovem
não possui memória política, o próprio andamento diante da evolução do nosso planeta
tem nos impulsionado a isso. As informações chegam cada vez em velocidade maior,
a escolha por uma profissão e um planejamento familiar se tornam cada vez mais difíceis,
e até raros.

No “Jogo da Vida”, o jovem aprende que o companheiro ao lado na escola, ao invés
de seu companheiro e “amigo”, é um concorrente que pode tomar sua vaga em um Vestibular;
o jovem aprende que se ele não for o melhor em sua profissão, outro irá ocupar seu
lugar por um salário menor; os meios de comunicação avançados fazem com que os contatos
pessoais se tornem cada vez mais “mecânicos”; a formação e definição de uma personalidade
no indivíduo se torna cada vez mais difícil, estamos vivendo uma época de opções
muito variadas; as músicas que hoje tocam nas rádios, daqui à algumas semanas nunca
mais irão tocar, e você nem se quer irá lembrar delas, com a moda acontece a mesma
coisa, e isso pode ser estendido ao que vem acontecendo em vários outros âmbitos,
como por exemplo a escolha de uma profissão onde o jovem tem que adequar suas vocações
às necessidades do Mercado de Trabalho. Só que a cada dia que passa essa necessidade
muda; o mundo gira constantemente; os valores se desfazem, a ciência avança parecendo
não ter limites. E nós “Jovens Espíritas” como estamos?

Claro que esta pergunta não se estende apenas aos jovens, mas sim a toda a família
que carece de bases sólidas para caminhar em harmonia.

Será que estamos buscando realmente viver em harmonia com o próximo?

É certo que nós como todos os outros humanos temos obrigação de acompanhar o
desenvolvimento do nosso planeta nessa fase de transição! Mas isso não significa
que tenhamos de ser iguais aos outros; se tivermos que competir para sobreviver,
que possamos competir com dignidade e justiça, se tivermos de fazer uma escolha
importante, que possamos escolher o que é melhor para nós, mas que pode ser melhor
para as pessoas à nossa volta também; se tivermos que nos embalar em ritmos novos,
que possamos escolher o que há de melhor e não o mais promiscuo.

Enfim, devemos buscar no aprendizado espírita, em suas bases, em Kardec, toda
a sabedoria dos Espíritos Superiores e aplicarmos seus ensinamentos em nossa vida
cotidiana, sempre procurando levar Jesus como exemplo de Vida e Moral.

E nunca esquecer que o mais coerente na vida é filtrar tudo o que nos chega,
e explorar o que há de melhor em nós mesmos, e nunca deixar tudo isso guardado em
uma gaveta, mas sim aplicar isso no nosso dia a dia, e em nossas vidas.

(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)