Os espíritos comunicam-se conosco por meio dos pneumáticos (profetas ou médiuns). E têm que ser examinados (1 João 4: 1), para sabermos se são bons ou maus. Mas parte dos cristãos, em um erro milenar, tem considerado maus, exceto o de Deus, todos os espíritos manifestantes aos quais eles chamam de “demônios” e não os tendo como espíritos humanos, quando pelos originais bíblicos em grego: “daimones” (“demônios”), eles são sim almas ou espíritos humanos.
E o Espírito de Deus mesmo nunca se manifesta, pois quem vir Deus não continua vivo (Êxodo 33: 20); e o próprio Jesus diz: “Ninguém jamais viu a Deus, a não ser aquele que lá de cima desceu.” (João 1: 18). Assim, os cristãos que dizem receber o Santo Espírito do próprio Deus estão totalmente errados. Aliás, se alguém receber o Espírito do próprio Deus, ele não só morre, mas desintegra-se!
Quando, pois, alguém diz palavras sem nexo ou fica num blabla bla ou gemidos, não se trata da manifestação do Santo Espírito de Deus, mas de um espírito, o que tem o nome de glossolalia. É como se falasse para o ar (1 Coríntios 14: 9).
Porém existe a xenoglossia (comunicação de um espírito humano falando uma língua estrangeira desconhecida através de um médium ou profeta: “Dou graças a Deus, porque falo em ouras línguas mais do que todos vós.” (1 Coríntios 14: 18). Como se vê, Paulo nos ensina que falar mesmo em outras línguas não é bla bla bla! Mas tem que haver intérprete que conheça a língua e possa interpretá-la para si e para os outros. E ele acentua que é melhor profetizar do que falar em outras línguas. (1 Coríntios 14: 39). Esse dom espiritual ou mediúnico de falar em línguas estrangeiras, inclusive algumas línguas já mortas como o sânscrito e o latim, e que o médium não conhece, é estudado hoje pela Parapsicologia ou Psicotrônica, principalmente nos meios espíritas científicos.
Quando em português se diz ‘o Espírito Santo’, é tradução errada da Bíblia, pois nela o correto em grego é ‘um espírito santo’ ou um dos espíritos humanos bons (Jesus, Nossa Senhora, são Paulo, são Judas Tadeu, são José, são Vicente de Paulo, são Francisco de Assis, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, santa Tereza de Calcutá, são João XXIII, são João Paulo II, Gandhi, Chico Xavier e bilhões de espíritos desconhecidos.
Em Pentecostes, estavam reunidos com os apóstolos, num mesmo lugar, estrangeiros de várias nações, os quais entenderam as suas respectivas línguas estrangeiras faladas por espíritos através dos apóstolos: De repente, com um vento forte e línguas como que de fogo, mas não fogo mesmo, os apóstolos receberam espíritos santos falando em várias línguas que foram entendidas pelos estrangeiros presentes (Atos 2: 1 a 13).
E outro Pentecostes aconteceu com os gentios, que não eram, pois, cristãos, com os quais houve também o fenômeno de línguas (Atos 10: 44 a 48), confirmando o que dizem Joel e Pedro: “Derramarei de meu espírito sobre toda a carne” (Atos 2: 17). Mas parte dos cristãos, erradamente, ainda diz que só Deus se manifesta, e que todos os outros espíritos manifestantes são maus. Então estaria Deus apoiando os espíritos maus, deixando que apenas eles se manifestem para fazer mal a nós, e emudecendo os espíritos bons que podem fazer-nos bem? Não e não, pois Deus é bom!
PS: Agora em DVD, o filme espírita “Nos Passos do Mestre”, da Mundo Maior Filmes, da Fundação Espírita André Luiz (FEAL) e dirigido por André Marouço. http://www.mundomaior.com.br/
- Autor: Jose Reis Chaves