Os Expoentes da Codificação Félicité Robert de Lamennais
O Papa Gregório XVI desautorizou as opiniões de Lamennais na Encíclica
Mirari vos, em agosto de 1831. A partir de então, Lamennais passa a atacar o
Papado e as monarquias européias, escrevendo o famoso poema “Palavras de um
crente”, condenado na Encíclica papal Singulari vos, em julho de
1834. O resultado foi a exclusão de Lamennais da Igreja.
Incansável, ele se devotou à causa do povo, colocando sua caneta a serviço do
republicanismo e do socialismo. Escreveu trabalhos como “O Livro do Povo “(1838)
, “Os afazeres de Roma” e “Esboço de uma Filosofia”. Chegou a ser
condenado à prisão mas, já em 1848 foi eleito para a Assembléia Nacional,
aposentando-se em 1851.
Por ocasião de sua morte, em Paris, em 27 de fevereiro de 1854, não desejando
se reconciliar com a Igreja, foi sepultado em uma cova de indigente.
No Mundo Espiritual, não permaneceu ocioso, eis que em O Livro dos Espíritos,
na pergunta de número 1009, se encontra uma mensagem de sua lavra, ilustrando a
resposta. Nela, revela os traços da sua fé, concitando as criaturas a
aproximar-se do bom pastor e do Pai Criador, combatendo com vigor a crença das
penas eternas.
Na mensagem que assina em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, item
15, ele se revela o ser compassivo, que conclama as criaturas a obedecer a voz
do coração, oferecendo, se for necessário, a própria pela vida de um malfeitor.