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Os Místicos e a Liderança

Os místicos e líderes religiosos são pessoas que mais influenciaram a
humanidade. Embora haja nomes de escol ligados à Ciência, não se comparam aos
produzidos pelas religiões e sistemas filosóficos. Enveredando nossos
pensamentos por esse caminho, alcançaremos uma compreensão mais global do
indivíduo e da sociedade.

O Tao e o Zen, por exemplo, não são religiões nem filosofias.
São atitudes do cotidiano que encaminham o ser para sua libertação espiritual.
Baseados em aforismos e epigramas, mostram o aspecto intuitivo da vida,
contrapondo-o, ao meramente racional. Por ser fluida e penetrar indistintamente
em todos os lugares, a água torna-se o símbolo fundamental de seus conteúdos. Em
sendo assim, o líder deve proceder como a água, ou seja, ocupar o lugar que lhe
sobra, estar bem com todos e não reclamar de nada.

Desde a Antiguidade até os nossos dias muitos líderes religiosos surgiram no
seio da sociedade. Entre tais líderes, citamos: Buda, Jesus, Santo Agostinho e
Krishnamurti. Todos imbuídos de percepção extra-sensorial, que lhes permitiu
entrar em contato com as faixas transcendentais do conhecimento. Uma vez
Absorvida a mensagem espiritual, passam-na aos seus adeptos que, posteriormente,
tornam-se os verdadeiros arautos da boa-nova.

O líder, na atualidade, deve estar cônscio do seu dever de guardião do bem
comum. Sua responsabilidade requer, entre outras coisas, a potencialização do
semelhante. A síntese religiosa de todos os tempos e lugares deve nortear a sua
conduta: “fazer aos outros o que gostaria que lhe fizessem”. Procedendo desta
maneira, granjeará muitos amigos. Anulando o seu “ego” para que o grupo
sobressaia, crescerá em prudência e sabedoria.

O Tao, o Zen e as diversas religiões do Oriente ensinam a esquecermo-nos de
nós mesmos, mantermo-nos em meditação constante e fazermos aquilo que estivermos
fazendo. Há um provérbio Zen que diz: “Antes da iluminação, cortar lenha e
carregar água. Depois da iluminação, cortar lenha e carregar água”. Significa,
que a iluminação deve ser um fator intrínseco de nossas ações.

O ser cósmico é aquele que não se filia a nenhum partido e a nenhuma seita.
Procura, sim, com todas as forças de sua alma, a perfeita compreensão de si
mesmo para melhor servir a humanidade.

Fonte de Consulta

  • CARVALHO, S. de S. Os Mestres da Terra – Os Místicos Religiosos da
    Humanidade
    . São Paulo: HEMUS. 1992.
  • SOUZA, W. de e VILLARES, M. R. S. Para onde Caminha o Líder – Uma Nova
    Visão de Liderança
    (Coleção Para Você ter um Click). São Paulo,
    CULTRIX/PENSAMENTO, 1993.