Em todos os tentames da vida somos impulsionados à prática da paciência.
Nas negociações diárias necessitamos de serenidade, compreensão e tolerância,
sem isso corremos sérios riscos de realizarmos péssimos negócios.
Na convivência com o próximo, muitas vezes somos convidados a calarmos para
que o nosso silêncio seja o caminho da harmonia.
Todo trabalho profissional exige de cada um de nós paciência, no estudo, no
estágio, no exercício legal da profissão, tudo na vida, naturalmente nos concita
à paciência, até parece que ela deve ser a nossa eterna companheira.
No entanto não devemos confundir paciência com aprovação ao desequilíbrio,
quando calamos diante do agressor esfaimado, não significa que somos mais fracos
do que ele e sim que não somos igual a ele, já acreditamos que podemos dar um
tempo para ele se refazer.
Quando perdoamos o delinquente, não queremos dizer que ele esteja certo, mas
acreditamos que ele merece uma nova oportunidade.
Quando decidimos continuar junto ao familiar incompreensível e irritado, não
queremos aprovar a sua personalidade equívoca, mas dizermos a ele com nossa vida
que somos capazes de perdoá-lo.
Ao sentirmos a necessidade do bem para todos, pautamos nossas atitudes numa
posição confiante e superamos com mais facilidade as adversidades da vida. Com
paciência ou sem ela teremos que viver, já que nos facilita o entendimento e a
compreensão do outro e de nós mesmos, é inteligível que a abracemos com sua
função educadora. Melhor suportar hoje e sermos livres amanhã, do que volvermos
à mesma experiência.
A paciência nos permite isso:
Diante da dor, paciência.
Diante da incompreensão, paciência.
Diante dos conflitos, paciência.
Diante do agressor, paciência.
Diante da vida, paciência.
Isso é possível, a paciência reflete toda a confiança que temos em Deus e nas
Leis Divinas.
(Jornal Verdade e Luz Nº 192 Janeiro de 2002)