Quem trabalha com a Evangelização Infantil, precisa estar consciente de que
muitas vezes, ao entrar em aula com o tema cuidadosamente preparado surge um
fato, acontece uma situação, uma pergunta onde o Evangelizador precisa mudar o
rumo daquilo que estava planejado.
O que fazer? Como fazer? Deixar o fato surgido de lado? Ignorar? Prosseguir
na aula preparada para não alterar a programação? Discutir o assunto,
inserindo-o de improviso na aula? E se não for possível esse encaixe?
Recorde-se que: todo planejamento/programação deve ser flexível; nenhum
questionamento deve ficar sem a atenção da reflexão na busca da resposta; que
toda programação deve conter, possuir espaço, permitindo que um assunto novo,
seja quando necessário, inserido.
Ainda, – a criança ao trazer o questionamento, a pergunta, o faz, por
sentir-se em meio amigo onde participam de ideais comuns na confiança que têm no
Evangelizador.
Logo, é o momento propício que se abre para que, o Evangelizador, ouça a
opinião dos outros, percebendo o que o grupo pensa. Coordenando idéias,
manifestando-se à luz da Doutrina Espírita, levá-los a perceber que sempre há
maneiras de se lidar com dificuldades ou problemas, que à primeira vista até nos
parece sem solução, mas que, ao cabo das reflexões abertas, fraternas e
honestas, tudo, pode ficar mais ameno.
Quando nos dispomos a ensinar algo, no caso, Evangelizar, não esquecer que o
maior beneficiado é o Evangelizador onde sempre que conseguir que o
evangelizando participe, falando de suas impressões, dúvidas, o estudo será mais
dinâmico, interessante, fluindo o tempo de maneira produtiva, gostosa.
Ao Evangelizador conhecer Espiritismo, sim, mas deve ser aberto à Vida, aos
conhecimentos de modo geral, aos fatos do dia-a-dia, ao momento que nos envolve,
para, no preparo contínuo melhor poder trabalhar ensinando com Jesus.
(Jornal Verdade e Luz Nº 179 de Dezembro de 2000)