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Passe: Todas as Pessoas Devem Tomá-lo

Passe: Todas as Pessoas Devem Tomá-lo

Algumas décadas atrás, um grupo de adeptos na Capital paulista, ligados a uma
federação estadual, resolveu tomar algumas medidas contra o misticismo que
campeava nos agrupamentos espíritas. Fizeram uma campanha procurando
desmistificar certas práticas estranhas ao bom senso, que estavam em uso naquele
tempo. Dentre as idéias que eles procuravam combater, uma delas relacionava-se
com o passe. Diziam, sem maiores explicações, que as pessoas nem sempre tinham
necessidade de tomar passes nas sessões públicas das casas espíritas.

Assim procediam porque havia muitos freqüentadores de centros que só iam à
reunião para tomar o passe, sem aprender os princípios doutrinários que poderiam
libertá-lo do estado de ignorância e conseqüentemente de sofrimento. Se você
está bem – diziam-, não precisa de passes.

Freqüentemente esta idéia é ventilada na imprensa espírita. À primeira vista,
parece que ela é correta, mas quando se examina algumas particularidades do
assunto, conclui-se o contrário. Que, preventivamente, todos devem semanalmente
tomar um passe no Centro Espírita. Vejamos porque.

Em diversas passagens das obras kardequianas o Codificador afirma que o
organismo físico pode ficar doente por causa de desgastes fluídicos do
perispírito e de contaminações com baixo magnetismo, provenientes de obsessões.

É Allan Kardec ainda quem nos ensina, que alguns casos de doenças físicas
graves têm origem no corpo espiritual, daí sua dificuldade de cura pela ciência
oficial.

Sabe-se que os processos obsessivos se apresentam com características
diferenciadas, e que sua ação perniciosa demora longos períodos para se
desenvolver no psiquismo do obsedado.

O que é o passe? Trata-se de uma transmissão de fluidos salutares de médiuns
e Espíritos para alguém que deles estiver precisando. O passe atua na estrutura
fluídica do encarnado, fortalecendo-a e, por conseqüência, melhorando a
organização física.

Quando alguém está nervoso, perturbado por Espíritos inferiores ou pelas
tribulações da vida, vibra negativamente. Nem sempre, através de uma prece,
consegue equilibrar-se. Se toma um passe na Casa Espírita, sente uma alívio
imediato dessas pressões.

Se uma enfermidade perispiritual ou física está começando a desenvolver-se,
numa fase ainda imperceptível pelo paciente ou pela instrumentação humana, a
ação fluídica ajudará o restabelecimento da saúde. Isso, se não se tratar
daqueles casos em que a doença for necessária ao melhoramento do indivíduo.

Através do passe pode-se substituir as moléculas enfermiças por outras
sadias, curando ou melhorando os efeitos degenerativos da enfermidade.

O desenvolvimento de uma obsessão pode ser paralisado ou seus efeitos
minimizados pela ação do passe. Kardec demonstra que as obsessões, além de seus
motivos morais, caracterizam-se por uma contaminação fluídica do perispírito do
obsediado, pelo do obsessor. O passe limpa esse magnetismo ruim.

Nesta vida de disputas, é muito comum um indivíduo sofrer alterações em seu
equilíbrio psicológico, por causa da irradiação de energias negativas
provenientes de pessoas que não gostam dele, ou que por ele têm inveja, ciúmes
etc.

Ora, como não há sinais físicos ou informações mediúnicas 100% seguras que
demonstrem o início de qualquer dessas patologias, é evidente que o passe
semanal será um importante preventivo para a saúde física e espiritual.

Mas, não nos esqueçamos de esclarecer o público regularmente, de que o passe
é um complemento das atividades doutrinárias e que o aprendizado e a melhoria
moral, sim, criam a paz definitiva para a criatura humana.

BANCO DE DADOS Jornal “A Voz do Espírito” São José do Rio Preto – SP
Texto produzido em Abril de 1995 Publicado: A Voz do Espírito, edição 72