Lidar com a perda dos entes queridos é sempre muito difícil. Vivenciar a separação dos entes queridos infelizmente é algo inevitável na vida, que cedo ou tarde todos experimentarão.
Embora cada pessoa reaja de uma forma diferente diante do luto, a morte de um ente querido, é sem dúvida, uma das dores mais profundas que podemos sentir e quem já passou por essa experiência pode compreender com maior propriedade.
Sabemos que a dor faz parte de um processo natural da condição humana, mas aprender a superá-la não é fácil e requer tempo de adaptação e aceitação. Para o psiquiatra e fundador da psicologia analítica, Carl Gustav Jung, não há despertar da consciência sem dor. “As pessoas farão de tudo, chegando ao limite do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Mas, ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim ao se conscientizar da escuridão”.
Quando perdemos um ente querido nos deparamos com a finitude da vida física e com o sentimento de impotência diante da partida de quem amamos e desejamos ter sempre por perto. Um misto emoções se misturam dentro de nós. Sentimentos identificados e descritos pela pela psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross como as fases comuns do período de luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
Mas se não podemos evitar esses acontecimentos em nossas vidas, nem mesmo o sofrimento, encontrar o consolo na fé e esclarecimento no conhecimento espiritual diante e um território desconhecido e amedrontador como a morte, significa grande oportunidade de descobrir que a vida continua após a morte do corpo e que a separação dos entes queridos é apenas temporária.
Imaginem quantas angústias poderiam ser amenizadas, se mais pessoas pudessem ter em seus corações a certeza de que apesar de estar em planos diferentes, por algum tempo, para o amor não existe tempo nem espaço, os laços permanecem além do túmulo.
Esclarece também a luz do Espiritismo que as dores inconsoláveis dos que ficam na Terra afetam os Espíritos que partiram. Então o melhor que podemos fazer por quem amamos é desejar com todo coração que os que partiram possam ser felizes em sua nova etapa da vida, ao mesmo tempo em que devemos buscar o equilíbrio das nossas emoções, confiantes que em breve aqueles que se amam verdadeiramente se reencontrarão novamente.
A Doutrina Espírita também nos oferece o conhecimento para o entendimento das dores e perdas na vida, assim como ressignifica a morte ao mostrar que ela não é o fim, mas apenas uma transição.
Relata Deusa Samu, psicóloga especializada em situações de luto, como o conhecimento espiritual a ajuda no trabalho com seus pacientes de forma integral: “Para viver em equilíbrio você precisa de respostas. E a Doutrina dos Espíritos dizendo para nós que você é um espírito imortal, que você está aqui e vai para algum lugar, você não acaba, isso muda tudo”.
Reflete Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier ante os que partiram: “Pensa neles com a saudade convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida. Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias”.