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Por Que Chorou Jesus?

Por Que Chorou Jesus?

Jesus andava pela Peréia que dista da Judéia dois dias de viagem a pé. Ali
estava a pregar. Eram os dias derradeiros da mensagem da Boa Nova se derramar
pela Terra na voz do Divino Pastor.

Em Betânia, Lázaro adoeceu. Porque as condições de saúde declinassem de
forma assustadora, suas irmãs depressa despacharam um mensageiro a buscar o
amigo Jesus.

Após receber o recado, Jesus ficou na Peréia ainda por dois dias, só então
retornando para a Judéia e ao seio dos amigos.

Na chácara de Betânia, o luto se instalara. Lágrimas dolorosas eram
vertidas pelas irmãs Marta e Maria, pela morte do irmão. Luarizadas com a
informação da Imortalidade, tendo partilhado mais de uma vez das tertúlias
que Jesus propiciava quando se hospedava em seu lar, ainda assim, a sua era a
dor de quem não podia conceber a partida do irmão para a pátria espiritual.

Quando chegam as notícias de que Jesus se aproxima, Marta lhe vai ao
encontro e as palavras que lhe dirige falam da inconformação que lhe inunda a
alma e da confiança no Celeste Amigo: “Senhor, se estiveras aqui não
teria morrido meu irmão.”
(Jo, XI, 21)

Jesus era o dispenseiro das bênçãos celestes que atendia aos corações,
que colocava bálsamo nas feridas mais profundas. Ah, se Ele estivesse estado
presente!

Narra o evangelista João que Jesus, vendo as irmãs Marta e Maria chorarem,
também chorou, levando os que observavam a cena comentarem: “Vejam como
ele o amava.”
(Jo, XI,36)

Interpretaram que Ele derramava lágrimas pela morte do amigo. Contudo, como
poderia estar Jesus a lamentar a morte , Ele que era a mensagem viva da
Imortalidade, Ele que viera para que tivéssemos a vida em abundância?

Naturalmente, não chorou por isso, mesmo porque em seguida se ergue,
dirige-se ao local onde fora encerrado o corpo de Lázaro e concita-o a vir para
fora. Ele sabia que o amigo não estava morto, senão somente em estado letárgico,
à época confundido com a morte.

Chorou, Jesus, sim porque aqueles corações com quem privara tantas vezes,
em casa dos quais deslindara as mais sublimes lições do Seu amor ainda não O
haviam compreendido. Chorava por sentir a dor daqueles corações, ainda não
tocados pela Sua Mensagem. Se amigos tão próximos, corações tão queridos, não
O entendiam, que aguardar dos demais?

Chorou sim, Jesus, pela ignorância de que os homens ainda eram portadores e
conseqüentemente, pelas dores que os avassalariam por largo tempo empós.

Nos dias atuais, examinando nossa própria conduta, é de nos questionarmos:
chorará Jesus por nós?

Afinal, não somos daqueles que vivemos no mundo como vivem os homens do
mundo, dando ênfase aos valores mundanos?

Não somos daqueles que afirmamos crer na reencarnação e na Lei de causa e
efeito, mas recalcitramos contra os aguilhões, a cada passo?

Não somos dos que mostramos inconformismo pelas adversidades que nos
atingem, perseguindo a paz do mundo?

Reconhecendo a nossa condição dos que ainda não introjetamos o ensino do
Mestre Jesus, à semelhança de Marta e Maria, confiando-se ao Amigo Celeste,
recordamos dos versos musicalizados por João Cabete e, com unção, os
repetimos para refrigério das nossas almas:

“Vem Jesus, divino amigo,
Vem trazer a tua paz!
Só tu és o nosso abrigo
Que venturas, mil nos traz.

Vem ó meigo Nazareno
Este mundo consolar
Vem com teu olhar sereno
Toda terra iluminar.


Vem Senhor!
Vem reflorir os caminhos.
Vem Senhor!
Vem perfumar corações
Exterminar a dor
E fazer calar os canhões.

Vem Senhor!
Com o teu amor tão profundo
Iluminar consciências
E fazer feliz o mundo…

(Jornal Mundo Espírita de Dezembro de 2000)

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