Atravessar uma pessoa debilitada fisicamente de um lado de uma rua para o outro, quando estamos apressados;
emprestar os ouvidos a alguém que surge no caminho em busca de orientação ou de uma simples informação, quando estamos apressados;
parar e corresponder a um sorriso ou a uma risada de uma criança que passa, quando estamos apressados;
dar atenção a um idoso que repete os mesmos assuntos todos os dias, quando estamos apressados;
deparar com o trânsito engarrafado, com filas de dois a três quilômetros de veículos, quando estamos apressados;
dentre outros exemplos…
Por que essas coisas acontecem, na maioria das vezes, quando estamos apressados?
E por que estamos, muitas das vezes, apressados?
Eh!… Lamento ter de dizer que os problemas não estão nas coisas que acontecem conosco.
Também, não estão nas pessoas e demais seres que nos envolvem no dia a dia, ou quase sempre, ou de vez em quando.
O certo é que atravessar uma pessoa debilitada fisicamente de um lado de uma rua para o outro;
de emprestar os ouvidos a alguém que surge no caminho em busca de orientação ou de uma simples informação;
de parar e corresponder a um sorriso ou a uma risada de uma criança que passa;
de dar atenção a um idoso que repete os mesmos assuntos todos os dias;
ter a devida paciência no trânsito engarrafado, com filas de dois ou três quilômetros de veículos…
São boas ações; pequenos atos que nos levam a desenvolver virtudes; sublimes gestos caritativos, se suportados com paciência, sem murmuração.
Mas… E as questões da pressa???
Também são boas ações? Desenvolvem virtudes? São gestos caritativos?
Por que andamos quase sempre apressados?
Por que corremos tanto de um lado para o outro, e estamos sempre no mesmo lugar?
A resposta pode estar em cada um de nós, nos respectivos mundinhos particulares instalados em nós mesmos.
Que possamos refletir nestas palavras de Santo Agostinho, na questão nº 919-a, de O Livro dos Espíritos:
Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma…
Então, amigo leitor, é necessário que cadenciemos os nossos passos, a fim de nos sentirmos em nós mesmos, para que nos descubramos e nos conheçamos na intimidade de cada um de nós em particular.
E, a partir daí, estaremos prontos a nos questionar: Por que estamos apressados???!!!
Autor: Yé Gonçalves
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