Muitas pessoas possuem curiosidade sobre as suas vidas passadas e os mistérios que envolvem as encarnações anteriores. Nesta busca por respostas e a compreensão dos sofrimentos e traumas que podem estar escondidos no pretérito, a Terapia de Vidas Passadas ou Terapia de Regressão, tem como objetivo encontrar respostas para traumas, fobias e outros tipos de sofrimento, que muitas vezes não tem explicação.
Os precursores desse movimento foram o espanhol Fernando Colavida, em 1887, e o pesquisador francês Albert de Rochas, catalogou os primeiros 19 casos de regressão em 1892, já Freud (conhecido como o pai da psicanálise), utilizou procedimentos hipnóticos para investigar possíveis traumas de infância.
A Terapia de Vidas Passadas não está associada à religião ou rótulos, por não ter como proposta formar opiniões ou crenças, mas é um instrumento para tratar e resolver algum sofrimento pessoal.
No Livro dos Espíritos, pergunta 392, vemos porque o espírito encarnado perde a lembrança de suas vidas passadas: “Não pode o homem, nem deve, saber tudo de Deus, assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, com quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado, ele é senhor de si”.
“Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Há mundos, entre os de que falas, cujos habitantes guardam lembranças claras e exatas de suas existências passadas. Esses, compreendes, podem e sabem apreciar a felicidade de que Deus lhe permite fruir.”
Em entrevista concedida a Feal, Valéria Centeville, médium e terapeuta de vidas passadas desde 2001, revela o fato de não nos lembrarmos de nossas vidas anteriores: “Não nos lembramos de nossas vidas passadas para podermos viver a vida atual mais plenamente, ou seja, para podermos nos concentrar mais na vida atual. Também temos muitos traumas que trazemos de vidas anteriores, e seria muito pesado se nos lembrássemos desses traumas conscientemente.”
“ O que mais me chama atenção é o fato de que a maioria dos seres humanos repetem os mesmos erros em muitas vidas até conseguir aprender. Muitos espíritos estão presos na roda de encarnações há muitos anos, e ás vezes, há 2 mil anos ou mais por repetirem os mesmos erros”, comenta Valéria.
Há também os casos de impressão ou recordação do passado, possuindo inúmeros relatos, muitos vindos de crianças, mas segundo O Livro dos Espíritos, na pergunta 396 , “Algumas vezes, é uma impressão real, mas também, frequentemente, não passa de mera ilusão”.
Muitos casos são estudados pelas universidades, como por exemplo, a Universidade de Virgínia, que possui em seu arquivo, mais de 2500 casos desse gênero. Entre eles o da menina Indiana Mishra, de família rica, vivia em Pradesh, e durante uma viagem a Katni, com então três anos, começou a relatar supostos detalhes sobre sua vida nessa cidade, como por exemplo, seu nome Biya Pathak, detalhes da sua casa e seus dois filhos.
Seu pai então anotou o ocorrido, e sete anos depois, um pesquisador Indiano visitou a garota e comparou as informações do relato, e tudo o que era falado sobre a família tinha relação, inclusive a morte de Biya em 1939.
Semanas depois as duas famílias se encontraram, e passaram a realizar diversas visitas, além de reconhecer o caso como reencarnação, chegando a levar essa situação para o líder Indiano Mahtma Gandhi, criando uma comissão para investigar o caso e tempos depois reconheceram que a menina se lembrava dos acontecimentos de sua vida passada.
Algo que devemos pensar, é que o passado nos trouxe até aqui, ou seja, até os dias atuais. Nossos erros e acertos sempre irão existir, seja nessa vida ou em outras que virão, devemos aprender a nos amar, e nos aceitar como somos, seja agora e em descobertas de situações passadas.