Valdir Júnior
Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens”.
(Lucas, 2:14)
Todos nós sonhamos viver num mundo pacificado, onde não haja lugar para a violência de qualquer forma. Almejamos uma sociedade de concórdia e fraternidade, na qual todos se entendam e todas as nossas carências materiais e morais estejam superadas. Sonhamos enfim, nós que conhecemos o Evangelho do Cristo, com o reino prometido por Ele, um mundo regenerado; mas esta por ora não é a nossa realidade.
Vivemos tempos conturbados e difíceis, em que ainda convivemos com o ódio, a violência, a discórdia, a doença, o medo, a pobreza, a sede de poder. Apesar de nossos imensos avanços científicos, essas são quase as mesmas dificuldades que possuíamos há dois milênios, quando o Mestre aqui esteve para nos indicar o melhor caminho para a nossa libertação. Muitos se propuseram a trilhar esse caminho e a eles, sinalizadores vivos do Evangelho, devemos os relativos avanços morais que alcançamos.
Mas, e nós? O que temos feito para contribuir para a efetivação deste nosso ideal de paz e concórdia?
Às vezes, achamos ser mais fácil olhar para fora de nossas janelas e culparmos as outras pessoas, a sociedade, o governo, por todos os momentos de intranquilidade por que passamos. Esquecemo-nos de que as pessoas, a sociedade e o governo são reflexos, conseqüências de nós mesmos, de nossos atos, palavras e posturas. Estamos constantemente interagindo uns com os outros e todos os nossos atos têm influência maior ou menor naqueles que nos cercam. O mundo de paz que tanto queremos começa em nós mesmos, no modo como convivemos com a nossa família, com o nosso vizinho, com o nosso colega de trabalho, com as pessoas que estão conosco no ônibus ou no carro, ao lado no trânsito. Se nós nos esforçarmos para colocar uma pitada de fraternidade, compreensão, educação e amor principalmente nas nossas realizações, nós estaremos contribuindo efetivamente para a implantação do reino que Jesus prometeu.
Nos miremos Nele, no Cristo, como sendo a nossa bússola, nosso norte, nosso exemplo, para conseguirmos a vitória sobre nós mesmos, sobre as tendências do homem velho. Ele confia em nós, sabe que temos o potencial para tanto, bastando que usemos a nossa boa vontade, como anunciaram as vozes celestiais aos pastores, quando o Salvador chegou para estar conosco.