Amilcar Del Chiaro Filho
Prezados amigos. Queremos presenteá-los com um trecho da carta que um chefe indígena norte-americano, enviou ao presidente daquele país em 1854. Vejamos: “Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado de qualquer outra, pois é um forasteiro que vem a noite extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para traz os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rouba da terra aquilo que será de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e o direito de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto”.
Vamos transferir essa maravilhosa lição de ecologia, para um outro ambiente, para um outro solo sagrado, o do nosso coração, que não pode ser comprado ou vendido, muito menos saqueado. É ali que mora os nossos sentimentos e o nosso amor pela paz.
Quando o semeador da parábola contada por Jesus de Nazaré lançou as suas sementes em solo árido, a produção foi pequenina, porque não havia raízes de amor. Mas no terreno arroteado pela dor, umedecido pelas lágrimas, a produção é abundante, porque o amor é abundante.
Se temos o dever de preservar o meio ambiente, não permitir que as fontes de água sejam poluídas, temos o dever moral de recuperar aquilo que destruímos, como predadores insaciáveis. Precisamos, também, preservar o nosso ambiente espiritual, impedindo que pensamentos venenosos, poluentes destruam nosso coração.
Não podemos esquecer que a terra será no futuro imediato, das crianças do mundo, e por isso não podemos deixar como herança um mundo podre, mal cheiroso ou árido como um deserto.
Que o nosso amor pela paz seja uma paixão intensa, a ponto de sacrificarmos a própria vida por ela. Que a sabedoria e o amor nos ajude a construir um mundo melhor.