Suicidar-se, nunca!
Meu caro leitor, se você é daquelas pessoas que está enfrentando difícil fase
de sua existência, com escassez de recursos financeiros, enfermidades ou
complexos desafios pessoais (na vida familiar ou não) e está se sentindo muito
abatido, gostaria de convidá-lo a uma grave reflexão.
Todos temos visto a ocorrência triste e dramática daqueles que se lançam ao
suicídio, das mais variadas formas. A idéia infeliz surge, é alimentada pelo
agravamento dos problemas do cotidiano e concretiza-se no ato infeliz do
auto-extermínio.
Diante de possíveis angústias e estados depressivos, não há outro remédio
senão a calma, a paciência e a confiança na vida, que sempre nos reserva o
melhor ou o que temos necessidade de enfrentar para aprender. Ações
precipitadas, suicídios e atos insanos são praticados devido ao desespero que
atinge muitas pessoas que não conseguem enxergar os benefícios que as cercam de
todos os lados.
Mas é interessante ressaltar que estes estados de alma, de desalento, de
angústias, de atribulações de toda ordem, não são casos isolados. Eles integram
a vida humana. Milhões de pessoas, em todo mundo, lutam com esses enigmas como
alunos que quebram a cabeça tentando resolver exercícios de física ou
matemática. Mas até uma criança sabe que o problema que parece insolúvel não se
resolverá rasgando o caderno e fugindo da sala de aula.
Sim, a comparação é notável. Destruir o próprio corpo, a própria vida, como
aparente solução é uma decisão absurda. Vejamos os problemas como autênticos
desafios de aprendizado, nunca como castigos ou questões insuperáveis. Tudo tem
uma solução, ainda que difícil ou demorada.
O fato, porém, é que precisamos sempre resistir aos embates do cotidiano com
muita coragem e determinação. Viver é algo extraordinário. Tudo, mas tudo mesmo,
passa. Para que entregar-se ao desespero? Há razões de sobra para sorrir, rir e
viver…!
O suicídio é um dos maiores equívocos humanos, para não dizer o maior. A
pessoa sente-se pressionada por uma quantidade variável de desafios, que julga
serem problemas sem solução, e precipita-se na ilusão da morte. Sim, ilusão,
porque ninguém consegue auto-exterminar-se. E o suicídio agrava as dificuldades
porque aí a pessoa sente o corpo inanimado, cuja decomposição experimenta com os
horrores próprios, pressionada agora pelo arrependimento, pelo remorso, sem
possibilidade de retorno imediato para refazer a própria vida. Em meio a dores
morais intensas, com as sensações físicas próprias, sentindo ainda a angústia
dos seres queridos que com ele conviviam, o suicida torna-se um indigente do
além.
Como? Sim, apenas conseqüências do ato extremo, nunca castigo. Isto tudo por
uma razão muito simples: não somos o corpo, estamos no corpo. Somos espíritos
reencarnados, imortais. E a vida nunca cessa, ela continua objetivando o
aprimoramento moral e intelectual de todos os filhos de Deus. Suicidar-se é
ilusão. Os desafios existenciais surgem exatamente para promover o progresso,
convidando à conquista de virtudes e o desenvolvimento da inteligência. A
oportunidade de viver e aprender é muito rica para ser desprezada. E quando
alguém a descarta, surgem conseqüências naturais: o sofrimento físico, pela
auto-agressão e o sofrimento moral do arrependimento e da perda de
oportunidades. Muitos talvez, poderão perguntar-se: Mas de onde vem essas
informações?
A Revelação Espírita trouxe essas informações. São os próprios espíritos que
trouxeram as descrições do estado que se encontram depois da morte. Entre eles,
também os suicidas descrevem os sofrimentos físicos e morais que experimentam.
Sim porque sendo patrimônio concedido por Deus, a vida interrompida por vontade
própria é transgressão à sua Lei de Amor. Como uma criança pequena que teima em
não ouvir os pais e coloca os dedos na tomada elétrica.
Para os suicídios há atenuantes e agravantes, mas sempre com conseqüências
dolorosas e que vão requerer longo tempo de recuperação. Deus, que é Pai bondoso
e misericordioso, jamais abandona seus filhos e concede-lhes sempre novas
oportunidades. Aí surge a reencarnação como caminho reparador, em existências
difíceis que apresentam os sintomas e aparências do ato extremo do suicídio. Há
que se pensar nos familiares, cônjuges, pais e filhos, na dor que experimentam
diante do suicídio do ser querido. Há que se pensar no arrependimento inevitável
que virá. Há que se ponderar no desprezo endereçado à vida. Há, mais ainda, que
se buscar na confiança em Deus, na coragem, na prece sincera, nos amigos
(especialmente o maior deles, Jesus), a força que se precisa para vencer
quaisquer idéias que sugiram o auto-extermínio.
Meu amigo, minha amiga, pense no tesouro que é tua vida, de tua família!
Jamais te deixes enganar pela ilusão do suicídio. Viva! Viva intensamente! Com
alegria! Que não te perturbe nem a dificuldade, nem a enfermidade, nem a
carência material. Confie, meu caro, e prossiga!