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Suicídio

“Todo aquele suicida presume que a morte é o fim do amargor, sem saber que o
desespero é a porta para outra dor.” – Casimiro Cunha

Um dos atos mais nefastos que o homem pratica é sem dúvida o suicídio, esse
execrável assassinato de si mesmo. Aliás, somente quem não é religioso comete
crime dessa natureza. Muitos suicidas dizem-se religiosos, mas na verdade não
são, porque todas as religiões condenam essa loucura abominável.

Os livros espíritas relatam casos horrorosos de suicídios. São inenarráveis
os padecimentos daqueles que julgavam livrarem-se dos sofrimentos que viviam e
centuplicaram os mesmos com o suicídio.

Alertam que os dos encarnados são sofrimentos passageiros e os dos suicidas
prolongam-se por tempo indeterminado e quando reencarnam tais criaturas têm que
recapitular as expiações programadas e não cumpridas na existência anterior, com
os acréscimos que a Lei Divina determina, segundo as atenuantes ou agravantes.

Os livros de Allan Kardec, André Luiz, Yvonne A. Pereira, Zilda Gama e tantos
outros, somando uns trinta títulos, descrevem casos que realmente causam
piedade, cujos sofrimentos ultrapassam tudo que possamos imaginar.

Quem ler, por exemplo os relatos constantes do livro “O Céu e o Inferno”, de
Allan Kardec, nos quais os suicidas mencionam os seus pungentes sofrimentos,
eliminará de sua mente a idéia de suicídio, mesma que esteja passando por
situação dolorosa, pois esta passa, enquanto que as dos suicidas ultrapassam
tudo o que possamos imaginar.

Vejamos um deles:

Faz quase seis anos que esse homem morreu, e sempre se vê caindo da torre e
indo despedaçar-se nas pedras. Apavora-o vazio que tem diante de si, sente as
apreensões da queda…E isto, há seis anos! Quanto tempo durará? Não o sabe, e
esta incerteza aumenta a sua agonia.” François-Simon Louvet suicidou-se em
03/07/1857, em Havre na França.

(Cap. V – Segunda Parte – Suicidas).

Vejamos outro caso:

Leviana que fui, quando me vi só, e aparentemente desamparada, entreguei meus
pobres filhos a parentes caridosos e sorvi, louca, o veneno que me desintegraria
o corpo menosprezado. Supunha reencontrar o esposo querido ou chafurdar-me no
abismo da inexistência; todavia, nem uma realização nem outra me surpreenderam o
coração. Despertei sob denso nevoeiro de lama e cinza e debalde clamei socorro,
à face dos padecimentos que me asfixiavam. Coberta de chagas, qual se tóxico
letal me atingisse os mais finos tecidos da alma, gritei sem destino certo!” –
Libertação – André Luiz – Edição FEB – Págs. 218 e 219.

Ninguém burla a Lei. O que plantarmos, colheremos; portanto, não adianta
queremos fugir dos compromissos assumidos.

Quem não se esforça por vencer as dificuldades, não suporta as agressões do
companheiro(a), nem supera os desgostos das deficiências de seu corpo,
abandonando a vestimenta carnal pelo suicídio, arrepender-se-á amargamente,
porque os padecimentos que advirão serão muitíssimos mais dolorosos e difíceis
de vencer.

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