A Teologia da Prosperidade
Sabemos da existência de falanges de espíritos malévolos e da sua efetiva ação
junto a humanidade encarnada, porém não podemos atribuir a eles a causa de todo
e qualquer mal que ocorra ao homem (alguns espíritas “fanáticos” também pensam assim);
e nem eles estão fora do controle da lei divina, eles são somente instrumentos da
lei que permite as suas ações com um determinado fim.
Os sacrifícios se apóiam principalmente nos textos do antigo testamento. A prática
de sacrifícios remonta o tempo das sociedades agrárias, onde eram realizados com
o objetivo de pacificar os deuses e solicitar boas colheitas. Apoiada nessa idéia,
a “reciprocidade” de Deus não dá para ser levada a sério.
Uma leitura mesmo superficial dos evangelhos, mostra a total despreocupação de
Jesus pelos bens materiais. Mesmo o seu reino, não era desse mundo. A Quem quisesse
segui-lo aconselhava a vender seus bens e dá-los aos pobres. Disse que a riqueza
dificultava a entrada no reino de Deus. Aos pobres, famintos e sofredores recomendou
paciência. É evidente que essa doutrina é diametralmente oposta à teologia da prosperidade.
Isso não significa que a riqueza, a saúde e o bem estar devam ser repudiados pelo
cristão pois que são necessárias, mas não pode fazer disso a razão principal da
sua vida. Buscai, em primeiro lugar, construir o reino de Deus dentro de vós!
Bibliografia
- Revista Brasileira de História – vol.22 no.43 SP –
Os pentecostais: entre a fé e a política - MARIANO, Ricardo. “Os pentecostais e a teologia da prosperidade”.
In Novos Estudos. SP CEBRAP - GOMES, Wilson. “Nem anjos nem demônios”. interpretações do
pentecostalismo. Petrópolis: Vozes. - HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD, Rio, 1996.
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