Deus é onisciente, sabendo tudo do passado, do presente e do futuro. É que Ele transcende o tempo, pois, já existia antes dele, além de não evoluir, já que é possuidor de uma infinita perfeição permanente.
Diz a Bíblia que o homem é semelhante a Deus, sendo mesmo imagem Dele. E o espírito humano é imortal, mas é criatura, pois foi criado, enquanto que Deus é um Espírito incriado, não sendo, portanto, criatura, e que sempre existiu, pelo que é chamado de Causa Primeira de todas as causas e Causa não Causada.
Quando o homem morre, o seu espírito imortal que é vai para a dimensão astral chamada também de Céu, Inferno, Purgatório, Devacan dos orientais, estado de erraticidade do espírito no espiritismo etc. Não se trata de locais geográficos, mas de estados d’alma em que vivem os espíritos desencarnados, o que lembra a frase de Jesus: “O Reino de Deus está dentro de vós mesmos.” O espírito o tem com ele onde estiver, embora esse reino possa ser ainda atrasado. E depois de um certo tempo, os espíritos voltam a reencarnar em novos corpos para continuarem a sua evolução espiritual, até que, um dia, purificados no decorrer de várias eternidades, não reencarnam mais em mundos habitáveis, tornando-se, enfim, espíritos angélicos. Por oportuno, esclarecemos que a Bíblia fala em várias eternidades: “Antes de formares os montes e de começares a criar a Terra e o Universo, Tu és Deus, de eternidade a eternidade, no passado, no presente e no futuro.” (Salmo 90: 2).
Segundo Jesus Deus é Pai Dele e de todos nós. Ora, o amor desse Pai para conosco seus filhos, por ser infinito, pois os atributos de Deus são infinitos, então, pode-se juntar o amor de todos os pais da história da Humanidade para com seus filhos, tal amor imensurável ainda perde para o amor infinito de Deus para com todos nós, sem exceção de um só sequer, pois, como se sabe pela Bíblia, Deus não faz acepção de pessoas. Perguntamos, então, como Deus poderia colocar no Inferno de Dante Alighiere seus filhos amados por Ele com amor infinito? Até ousamos dizer que atribuir a Deus tal aberração seria uma blasfêmia!
Alguém poderia dizer que nós somos culpados, pois pecamos usando mal o nosso livre-arbítrio. Sim, é verdade. Mas as tais de penas infernais seriam injustas, pois são muito maiores do que as faltas que cometemos, e a justiça divina, então, seria imperfeita! Ademais, Deus com sua onisciência e com seu amor infinito para com todos seus filhos, sem exceção de um só sequer, jamais erraria no modo como criou um espírito humano, por exemplo, com livre-arbítrio que, mal usado, seria a causa de uns irem para o tal de Inferno dantesco do Século 13.
PS: Com este colunista “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas em TVs com ele (You Tube). Seus livros estão na Amazon, inclusive, os em Inglês. E a tradução da Bíblia, NT. Contato Cássia e Cléia contato@editorachicoxavier.com.br
Por José Reis Chaves