As inverdades vão sendo corrigidas pelas verdades que vão surgindo, no decorrer dos tempos, de acordo com a inevitável evolução material e espiritual, a qual, queiramos ou não, não se interrompe jamais. E, com o nosso esforço, podemos acelerá-la e, com isso, ganharmos méritos, inclusive o de nossa própria evolução se tornar ainda mais rápida. E ela, principalmente a de fundo religioso, é a que mais acontece, libertando-nos de erros doutrinários e supersticiosos. Por exemplo, Deus, por ser um Ser infinito em sua grandeza e perfeição e, pois, de difícil compreensão e definição por nossa inteligência humana finita, no entanto, defini-Lo foi o que mais fizeram os teólogos cristãos de todos os tempos. E, apesar da sua boa-fé e seu grande desejo de acertar, cremos que alguns teólogos, com o devido e merecido respeito a todos eles, cometeram graves erros nas suas ideias teológicas sobre Deus, e até enveredando para o politeísmo, como o dogma da divinização de Jesus no Concílio de Niceia em 325, o que se tornou fundamento para a instituição de outras doutrinas também polêmicas, obrigando a Igreja a transformá-las, igualmente, em dogmas, para que elas não provocassem tantas e acaloradas discussões sem fim. E como os teólogos que criaram tais doutrinas polêmicas dogmáticas tinham seu ego inferior aflorado, como qualquer um de nós o tem, não é estranho que alguns dogmas sejam frutos, também, pelo menos em parte, do seu ego inferior…
Pois bem, vamos ver agora exemplos de discordâncias entre os autores hagiógrafos ou bíblicos. Não vamos dar as referências da Bíblia, pois, são muito conhecidas pelos seus leitores. São Paulo diz que a salvação é de graça, bastando somente crer em Jesus Cristo, enquanto São Tiago diz que a fé sem obras é morta… E é o próprio Jesus que nos ensina que a cada um será dado segundo suas obras…
Ademais, se entre os próprios autores bíblicos há divergências doutrinárias, entre mim e alguns deles, elas não podem ser em nada surpreendentes, e menos ainda posso ser condenado por elas…
Já se foi a época em que a Igreja dizia que fora dela não havia salvação. Ela própria reconhece, hoje, que errou em afirmar isso. E esse erro é justificado pela sua pouca evolução na época de tal ensino, mas é também fruto do ego inferior aflorado dos teólogos…
E crer em doutrinas de outras religiões, às vezes, pode até reforçar a crença católica e de outras religiões. Por exemplo, o contato com os espíritos e a reencarnação, hoje, sobejamente comprovados pelos segmentos científicos espiritualistas reforça a crença católica e de outras religiões na existência e na imortalidade da alma…