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Trabalhando os potenciais

A grande maioria dos homens tem latente em si uma gama variada de potenciais,
à medida que o tempo vai passando, esses potenciais vão se calcificando pela falta
de prática do uso. Ao chegar numa determinada idade, olhamos para trás e lamentamos
a falta de ousadia, onde poderíamos, ou não, ter realizado mais coisas.

Essa reflexão funciona mais como autopunição, transformando-nos em seres melancólicos,
tristes e infelizes.

Importante lembrar que sempre é tempo para realizarmos muitas coisas, mas, se
deixarmos o tempo passar, poderemos realizar algumas coisas, e se o tempo passar
muito, pouca coisa há o que fazer. Essa afirmativa pode parecer catastrófica, mas
é uma realidade. Basta visitar algumas casas de abrigar idosos e fazermos uma rápida
pesquisa, onde constataremos a veracidade dessa informação.

O tempo transcorre para a grande maioria de nós, muito rápido, sobrando pouco
espaço para a realização de projetos pessoais. Afinal, temos que manter nosso emprego,
garantir os estudos dos filhos, os caprichos nossos e dos que nos cercam, enfim
garantir uma série de necessidades racionais e imediatas.

Onde fica o emocional?

Na maioria das vezes nosso emocional fica soterrado sob os escombros das necessidades
imediatas, até morrer sufocado, pela falta de oxigênio.

Evidente que nossas necessidades e dos que nos cercam precisam ser atendidas,
o que não está correto é dedicarmos 100% de nossa vida para essa finalidade. É necessário
encontrarmos tempo para que possamos explorar os nossos potenciais, até porque será
de grande valia no processo de atender as necessidades básicas, e principalmente,
no surgimento de novas oportunidades.

Quantos de nós já não desejamos fazer algo ou alguma coisa diferente do que faz
hoje, mas encontra obstáculos como: falta de tempo, críticas, vergonha, ou achar
que não vale a pena!

Nessa crítica exacerbada, acabamos sufocando nossos sonhos, que deveriam ser
os primeiros, ou pelo menos concomitantemente, atendidos.

Precisamos nos dar uma chance!

Como fazê-lo?

Não é uma coisa assim tão simples, é necessário ter coragem para assumir determinadas
situações que poderão nos constranger perante outros, ou até mesmo romper com determinados
paradigmas que estão enraizados há muito tempo em nosso inconsciente. Mas é preciso
fazer e ponto.

Cada ser humano tem potenciais próprios, é uma característica sua que ninguém
tira, lhe é inerente, independente de padrão social, raça, religião ou qualquer
outro fator de diferenciação. Mas, o mundo através das suas necessidades de produção
acaba sufocando esses potenciais, transformando o homem em seres autômatos, como
se fossemos feitos para produção em série.

Isso não é verdade, somos indivíduos com nossas próprias necessidades, nossos
sonhos, desejos e anseios. Jamais deveríamos deixá-los para segundo plano, até porque
é possível viver nossos sonhos sem deixar de atender as necessidades básicas da
sociedade. É uma questão de planejamento.

Primeiro passo é determinar algo ou alguma coisa que gostaríamos de ter feito,
mas não fizemos. Após a conclusão, partir para o projeto da realização, como: material
necessário, tempo de execução, prazo para finalização, ferramentas, etc.

Definido tudo isso, mãos a obra.

Importante tentar envolver os familiares nos projetos, se encontrar resistência
procure ser convincente, sempre haverá alguém disposto a apostar em você. Se não
encontrar ninguém para ajudá-lo, faça você mesmo, mas faça!

Esse momento não deve ser suplantado pelo racional, deixe a emoção tomar conta
de você, faça, vá até o final, não recue no primeiro obstáculos, até porque haverão
de ser muitos e você precisará vencê-los um a um. Vai chegar um determinado momento
que as outras pessoas se verão envolvidas pelo seu entusiasmo e determinação, passarão
a ajudá-lo na execução do projeto.

Quando você se der conta, o projeto não é mais só seu, mas sim de muita gente,
e isso lhe trará muita felicidade. Afinal, você se superou, matou o dragão do medo
e da insegurança que habitava na caverna do seu interior.

Talvez você ainda esteja em dúvida quanto aos seus potenciais, então pare um
pouco, faça um exercício de regressão de memória, lembre da sua infância, daquilo
que você sonhava ser quando crescer. Mentalize bem forte esse período e veja se
seu sonho de infância não poderia ser realizado, e se não foi, quais fatores lhe
impediram de realizar. Vá fundo nessa viagem.

Quem sabe não é a hora de realizá-lo?

Busque saber o que é necessário para retomar esse projeto, que tipos de ferramentas,
quais as informações necessárias para executá-lo.

Veja como você já está envolvido, só pelo fato de pensar na viabilidade lhe causa
um certo formigamento, as mãos coçam e o cérebro se prepara para receber as ordens
necessárias.

Não pare vá em frente!