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Uma luz de eterno brilho

Uma luz de eterno brilho

“E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré à Judéia – cidade de
David que se chama Belém, porque era da casa e família de David, para se
recensear juntamente com Maria, sua esposa que estava grávida”. (Lucas –
2:1)

Razão assiste aos Eminentes Filósofos quando proclamam que a “História é a
Mestra da Vida”. O Novo Testamento guarda a História Viva daquele Astro de
Primeira Grandeza que brilhou, em nosso plano, e que, em nossos dias, lá das
Alturas, continua enviando, para nós, seus irmãos menores, centelhas do seu Amor
e da sua Misericórdia. Falamos, evidentemente, do nosso Mestre Jesus.

Meus amigos, voltemos, então, às páginas da História, nossa Mestra:

Era época do novo recenseamento decretado pelo Imperador Romano César
Augusto. Intermináveis filas de homens, mulheres e crianças serpenteavam-se
pelos caminhos. Em meio dessa multidão, um casal dirigia-se da cidade de Nazaré
para Belém. Ela se chamava Maria e seu estado de gravidez aumentava-lhe sua
expressão de sublimidade. Ele se chamava José e era um Carpinteiro muito
trabalhador. Quando chegaram à Belém, as hospedarias já se encontravam lotadas.
Em vão, procuraram instalações. O dono de uma estalagem, condoído, pelas
condições de Maria, ofereceu-Lhes uma estrebaria para que ali passassem a noite.
Assim, meus amigos, nascia Jesus numa manjedoura. Eis aí uma primeira lição de
humildade para os homens. O Mestre veio ao mundo entre pedras, musgos, palhas e
animais. Ali O cercavam os três reinos da natureza, simbolizando a evolução
material e espiritual deste nosso Planeta.

O nascimento do Mestre não fugiu à Lei Biológica. Ele foi gerado no ventre de
Maria, filho de José igualmente aos seus demais irmãos. Não poderia o Mestre
controverter os princípios do próprio nascimento, não poderia derrogar os
princípios da Lei Natural da reprodução. Toda sua missão cairia por terra, se
viesse para o nosso plano, com um corpo “fluídico” ou seja um corpo
“espiritual”. Razão assiste aos nossos Valorosos Kardec, Schutel e tantos outros
Mestres, quando, por unanimidade, sustentam que o Nosso Mestre Jesus reencarnou
com um “corpo físico”, igual ao nosso.

A Virgem Maria foi assim chamada porque era um Espírito de grande pureza
obtida através de sucessivas encarnações na Terra. Ela já se havia elevado além
das máculas da matéria. Portanto, sua virgindade está em função da sua Pureza.
Espíritos de natureza elevada, como O de Maria, encarnam, na Terra, a fim de
desempenhar importantes missões para o bem estar da humanidade. Biologicamente,
meus amigos, Maria foi uma Mulher igual às suas demais irmãs reencarnadas.

Meus amigos, Jesus não veio ao nosso mundo, como uma sombra, como um
espectro, mas como Homem, cheio de humildade, para nos ensinar. Jamais
poderia contrariar os princípios da Lei Biológica. Deixamos bem claro, que Jesus
foi um Homem, de carne e osso, igual aos seus semelhantes, susceptível a todos
os fenômenos da natureza. Não foi portador de corpo “fluídico”, (espiritual),
porque, nestas condições, teria se afastado completamente da sua tão nobre
missão.

Tendo a “Estrela” diante dos olhos, os Reis Magos, (Melchior, Gaspar e
Baltazar), dirigiram-se pela estrada de Hebron com destino a Belém. Suas
faculdades psíquicas mantinham-nos ligados com o Astral que Os orientava rumo à
manjedoura. Chegando ao local, contemplaram fascinados uma pequena estrebaria.
Sabiam que o Mestre estava ali, pois a estrebaria estava envolvida por luz
astral que se projetavam pelo espaço em maravilhosos matizes. Ao entrarem,
depararam um casal e uma Criança recém-nascida nos braços da mãe.

A Criança olhou para os Visitantes e sorriu. E, no silêncio daquele sorriso,
foram-Lhes transmitidas elevadas emanações de Amor e da mais fulgurante Paz.

Há dois mil anos, Jesus nasceu para nos mostrar o Verdadeiro Caminho, o único
que nos poderá conduzir aos altiplanos da Suprema Felicidade…

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)