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Valorização da Vida Humana 3 – Aborto

Valorização da Vida Humana 3 – Aborto

Em nosso último escrito (II) falamos acerca da “Cultura da morte“, e deixamos evidenciado a existência no planeta, de uma conspiração contra a vida. Tais evidências ficam patentes no que tange ao nascituro, bem como ao doente terminal. Os meios de comunicação, com o fim de atender interesses mesquinhos, sub-repticiamente, criam uma espécie de consciência coletiva em que os crimes, tendem a perder o caráter de crimes para assumir o caráter de direitos. Pretendem e propõem um verdadeiro reconhecimento legal destes “direitos” via Estado, e em certos casos (aborto, eutanásia, controle da natalidade) a conseqüente execução gratuita, destes direitos, via profissionais da saúde. Nesse estudo iremos enfocar uma das conspirações contra a vida: o aborto.

As grandes corporações do planeta movidas por interesses egoísticos, orgulhosos, econômicos e financeiros, investiram e continuam a investir importâncias fabulosas tendo em vista facilitar a difusão do aborto, e também, a elaboração de medicamentos, de substâncias químicas, que possibilitem a morte do feto no útero materno, independentemente da ajuda do médico. As corporações científicas, nesse mister, encontram-se preocupadas quase que exclusivamente nas pesquisas de se obter produtos cada vez mais simples e eficazes, capazes de subtrair o aborto a qualquer forma de controle e responsabilidade social.

É nesse sentido que afirma-se, sub-repticiamente, que a contracepção, uma vez tornada segura e acessível a todos, seria o remédio mais eficaz contra o aborto. Tal afirmação é ardilosa, enganadora.

Muitos recorrerão aos contraceptivos com a intenção também de evitar, no futuro, a tentação do aborto.

Tais valores enganosos demonstram a irresponsabilidade da paternidade e maternidade com base no respeito, na verdade do ato conjugal. A mentalidade contraceptiva bem como o aborto demonstram que: uma contradiz a integralidade do sexo, quando expressão do amor conjugal, e o outro destrói a vida de um ser humano. A contracepção traz em seu bojo uma prática hedonística, ou seja, o ser humano considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral. A contracepção traduz uma prática de irresponsabilidade da sexualidade, e deixa transparecer um conceito egoísta de liberdade, uma vez que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade. Dessa forma no encontro sexual, a vida por surgir tornou-se inimiga que se deverá evitar, sendo o aborto portanto, a única solução diante de uma contracepção falha. Outro fato é o chamado aborto eugênico, com base em diagnósticos pré-natais que detectam determinadas anomalias no feto e que tornam-se, com grande freqüência, ocasião de propor e solicitar o aborto. Este tipo de aborto nasce de uma mentalidade materialista, que acolhe a vida apenas sob certas condições, e que recusa a limitação, a deficiência, a enfermidade. No caminho do mesmo raciocínio chega-se a negar cuidados elementares a crianças recém-nascidas com deficiências graves e/ou enfermidades graves.

O cenário apresenta-se desorientador com determinadas propostas para no mesmo raciocínio do direito ao aborto, se legitimar até o infanticídio fazendo com que o homem retorne ao estado de selvageria, de barbárie. O Espiritismo nos demonstra que: “sempre haverá crime quando se transgride a Lei de Deus“. “Uma mãe, ou quem quer que seja cometerá crime sempre que tirar a vida de uma criança antes do seu nascimento…“(1); “a reprodução dos seres vivos, é uma Lei da Natureza“(2); e no que tange à contracepção nos ensina que, “as leis e os costumes humanos, que tem por fim ou efeito criar obstáculos à reprodução, são contrários às Leis da Natureza“(3), bem como, “a obstrução à reprodução, à concepção, para satisfazer a sensualidade, além de contrária às Leis da Natureza, provam a predominância do corpo sobre a alma, demonstrando os instintos materialistas do homem“(4).

Para verificarmos o trabalho dos órgãos de comunicação na incidência do aborto, transcrevemos, sucintamente, a matéria extraída de “O Reformador”, janeiro de 1995, pág. 27, referente ao documentário de autoria do Dr. N. Nathanson.

Médico ginecologista ficou conhecido como diretor da maior clínica abortiva do mundo. Dos 60.000 abortos realizados sob suas ordens, no Centro de Educação Sexual, em Nova Iorque, 5.000 foram praticados por ele próprio. Enquanto isso, os órgãos de comunicação faziam eco dos resultados obtidosnas pesquisas fraudulentas, influenciando os movimentos feministas e a juventude universitária, que ardiam em suas manifestações. Levada por essa onda, a opinião pública exercia pressão junto ao governo, a magistratura e, principalmente, o legislativo, objetivando a legalização do aborto. Em 1968, quando começou, apenas 1% da população apoiava a prática do abortamento; restando, porém, como convencer 198 milhões de pessoas, num país de 200 milhões, para que aceitassem o aborto. Mais resultados porém não tardaram, como este outro: nos Estados Unidos se praticavam 1.000.000 (um milhão) de abortos clandestinos, QUANDO SABÍAMOS QUE ESTES NÃO EXCEDIAM de 1.000 (um mil); então multiplicávamos por mil, para chamar a atenção dos desprevenidos. Mas, os dados não paravam por ai: 24% da população (?) eram partidários do aborto. Três meses mais tarde, dizíamos que o percentual havia aumentado para 50, e assim sucessivamente. O desejo de estar na moda, como a maioria, de ser pra frente, contagiava os seus compatriotas“.

Em setembro de 1972, o Dr. N. Nathanson, pediu demissão da clínica novaiorquina, para assumir o cargo de Diretor do Hospital São Luiz, em Nova Iorque, dando inicio em sua nova clinica de Vida, no Departamento de Fetologia. Dr. N. Nathanson confessa humildemente: Para mim aquela foi uma experiência sem precedentes que, no entanto, pesa em meu coração, como uma funesta lápide mortuária“. Continuando, diz: “Estudando o feto no interior do útero materno, pude comprovar que é um ser humano com todas as suas características e que lhe devem ser outorgados todos os privilégios e vantagens de que desfrutamos como cidadãos na sociedade. Hoje, com a técnicas modernas, muitas enfermidades podem ser tratadas, no interior do útero. Este é agora o meu argumento: se o ser concebido é um paciente que se pode tratar até cirurgicamente, então é uma pessoa; e se é uma pessoa, tem direito à vida e a que nós, médicos e pais, procuremos conserva-la“.(5)

Bibliografia:

  • (1) Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Perg. 358
  • (2) Idem – Perg. 686
  • (3) Idem – Perg. 693
  • (4) Idem – Perg. 694
  • (5) O Reformador – Órgão da F.E.B. – Janeiro 1995, pág. 27.

Correspondência:

Rubensmeira@nutecnet.com.br

Rubens Policastro Meira

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