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Vida em Marte e Água na Lua

Vida em Marte e Água na Lua

Diante de um século de imenso avanço científico, nos extasiamos com tantas
descobertas e com a velocidade na qual a visão cósmica da humanidade pode mudar
e progredir. Vivemos o paradoxo de ao mesmo tempo que investimos bilhões na
fascinante busca de conhecer o Universo à nossa volta, investimos pouco,
afetivamente e financeiramente, na resolução da miséria e da ignorância de nosso
próximo. Paralelamente, a própria busca do conhecimento sofre o entrave do
preconceito materialista, típico de mundos inferiores como o nosso.

Bem aventurados os que conseguem estudar com desprendimento e atenção a
revelação espírita, e compreender a insignificância de todo o conhecimento da
humanidade terrena frente à imensidão das muitas moradas da casa do Pai.

Sabemos que Jesus afirmou: “Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim
não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. – S.
JOÃO, cap. XIV, v. 2”. E Kardec esclareceu: “A casa do Pai é o Universo. As
diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos
Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos
Espíritos.” Mas, todos os mundos? Sim, a resposta está na questão 55 do Livro
dos Espíritos: São habitados todos os globos que se movem no espaço? “Sim e o
homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em
bondade e em perfeição…” Uma tarefa difícil para os espíritos esclarecidos é
nos mostrar como a pluralidade dos mundos habitados é grandiosa. Vamos nos
colocar no lugar deles. Basta nos imaginar tentando explicar o que é um
computador e a Internet para um contemporâneo de Kardec ou um simples rádio para
um irmão da corte de Napoleão, ou ainda mais difícil, a um Espartano. Assim é a
dificuldade de um Espírito elevado nos descrever um mundo superior.

Após as recentes expedições e descobertas revelando água na Lua, e registro
de vida bacteriana no passado longínquo de nosso vizinho Marte, nos
questionamos: – E a Doutrina Espírita, o que revela e esclarece sobre essa
questão ?

Sobre o dito estado inferior da vida em Marte, mencionado no Boletim n.303
são necessários alguns esclarecimentos. Ao dizer que Kardec afirma que Marte tem
vida menos evoluída que a Terra, o autor certamente refere-se à nota da questão
188 do Livro dos Espíritos, na qual Kardec comenta, no rodapé, que: “Segundo os
Espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é
dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda
abaixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos…” .

Kardec, no seu bom senso, foi prudente em utilizar a forma verbal imperfeita
do condicional “lhe estaria”, e em usar a referência “Segundo os Espíritos”, não
atribuindo, assim, certeza a tal revelação. Portanto, não era um postulado
definitivo dele e nem daqueles que constituem a falange do Espírito de Verdade,
os autores das respostas existentes no corpo do Livro dos Espíritos.

A Literatura espírita, em diversas fontes, afirma e descreve o Planeta Marte
como um irmão mais velho e mais evoluído e com vida bem mais adiantada que a
nossa. Cito algumas destas referências: a.. Humberto de Campos – Francisco
Cândido Xavier, no livro Novas Mensagens, capítulo intitulado Marte, da FEB,
1939.

b.. Emmanuel – Francisco Cândido Xavier, no livro Emmanuel, parte
introdutória A Tarefa dos Guias Espirituais, da FEB, 1938. c.. Francisco Cândido
Xavier, o livro ditado por sua mãe, Cartas de uma Morta, Ed. LAKE.

d.. Ramatis – Hercílio Maes, em Vida no Planeta Marte, da Livraria Freitas
Bastos, 1955, o mais detalhado de todos, descreve minuciosamente a sociedade, a
ciência, a educação, o governo, a vida animal e vegetal, o corpo físico, a
medicina, a cultura, a alimentação, o desenvolvimento tecnológico e até as naves
interplanetárias marcianas, entre outros.

Se realmente existe vida superior em Marte, por que não foi feito contato
oficial deles para conosco? Por que os astrólogos sempre se referem a Marte como
um planeta de influência bélica? Por que só vemos um deserto frio nas expedições
feitas recentemente? Eis as respostas dadas pela literatura espírita: os
marcianos, como portadores de um estado moral mais evoluído, e vivendo em uma
sociedade espiritualizada, estão conscientes de que ainda não devem estabelecer
um contato oficial com a Terra, pelo fato dela ainda estar envolvida em um
ambiente belicoso. A tecnologia deles poderia ser usada como arma de dominação e
guerra se estivesse em nossas mãos. Mas, eles anseiam por nos ajudar mais
diretamente. Atualmente, a ajuda tem sido mais magnética e/ou missionária,
através do reencarne de alguns deles entre nós.

Os astrólogos descrevem há séculos a influência provinda de Marte como
belicosa. Ramatis explica que quando os dois planetas estão mais próximos, os
marcianos precisam se proteger da influencia magnética desagradável que a Terra
proporciona. Sendo assim, utilizam uma espécie de escudo magnético que acaba
refletindo de volta a irradiação belicosa terráquea. Esta proteção é necessária
porque muitos dos aparelhos e da tecnologia básica utilizada naquele orbe é de
manipulação magnética, que sofreria interferência prejudicial com a aproximação
das irradiações terráqueas.

Os projetos Pathfinder e Surveyor da NASA e as antigas fotos de outras sondas
descrevem até agora um planeta Marte árido, frio e morto. A única evidência de
vida são fósseis de bactérias que viveram há pelo menos 6 bilhões de anos.
Embora conheçamos, realmente, muito pouco sobre Marte, houve importantes
progressos nos últimos dois anos, e a partir do final deste ano poderemos ter
grandes achados, quando a Surveyor terminar o chamado aerobraking e assim
conseguir ficar numa órbita circular para mapear mais de perto o planeta. Para
informações atuais vejam o site da NASA sobre Marte. Será que o processo se
completará? atualmente está atrasando mais que o esperado. Será que os marcianos
vão se deixar fotografar? Será que a nave não vai perder contato
misteriosamente, como aconteceu em 1996 ?

Fato é que, a lógica e a revelação da Doutrina Espírita nos permite presumir
que vida fora da Terra existe. Nos mundos inferiores seria uma vida mais
material, tanto no sentido físico como moral, e nos mundos de natureza mais
elevada, seria mais espiritual, provavelmente inacessível aos nossos aparelhos
atuais. Quanto a Marte, segundo a literatura espírita, tem vida material, embora
bem mais espiritualizada que a nossa, portanto, aguardemos o futuro das próximas
descobertas científicas.

(Publicado no Boletim GEAE Número 306 de 18 de agosto de 1998)

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