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Virar a página ou seguir junto

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Virar a página ou seguir junto

Uma amiga internauta conta sua história: “Este é o meu segundo relacionamento. No primeiro, a pessoa com quem tive minhas filhas, bebia muito e me espancava. Este não me bate, mas está perdido nesse mundo da bebida e é sugestionado por idéias de suicídio o tempo todo. Sem essas influências comporta-se de maneira diferente. A vida dele parece que anda cada vez mais para trás, está desempregado, eu é que tenho que pensar em tudo”.

Desculpe, minha amiga, mas a vida que está indo para trás é a sua, não a dele, porque você está perdendo tempo e energia com uma criatura que se nega a realizar modificações e deixa-se dominar por influências estranhas. E para completar, ela diz que recebeu, de uma prima, uma mensagem de um mentor espiritual, com a seguinte orientação: “Não desista e principalmente não abandone esse que está com você, porque ele precisa demais de sua ajuda. Compete a você ajudá-lo, coisa que vem tentando fazer e sempre falhando…”, referindo-se, nesse caso, a vidas passadas.

Eu entendo de vidas passadas e não é bem assim, não. Esse costume de se dizer que isso ou aquilo é prova e expiação de atitudes insanas que você cometeu e por isso tem que viver com esse ou aquele, precisa ser repensado.

A Terra está migrando para outro ciclo e as criaturas também devem realizar essa transição. E nesse novo tempo a humanidade está de posse de outros recursos, mais engenhosos e aperfeiçoados para realizar a sua missão no Planeta Azul. A ciência elaborou a física quântica a partir do descobrimento de que o átomo se comporta como uma partícula, mas não é só partícula. Na verdade ele é uma onda de energia. Desfez-se a idéia da matéria, tudo é imponderável. Na medicina está sendo incorporada a implantação das células-tronco. Com esse processo, estará ao alcance da população a possibilidade da eliminação da doença no mundo.

Portanto, dizer que você tem que viver com uma criatura; que você precisa trabalhar em tal serviço; que é necessário se submeter a isso ou àquilo, hoje em dia é balela.

Podemos recompor nosso destino, reprogramar a existência e realizar outros e melhores caminhos através dos quais realizaremos o Bem de tal forma que este Bem eliminará o Mal. Recordem-se do que disse Jesus para Madalena, a cortesã: “Os pecados dela estão perdoados porque muito amou”. A minha leitura disso é que a cortesã dava amor para os homens, estes é que em sua luxúria e desvario se serviam apenas do corpo daquela mulher.

Sobre a orientação que recebeu, quero dizer que acredito nas mensagens que são transmitidas por Espíritos. Ainda hoje realizo atividade de cunho mediúnico, mas também podemos questioná-las.

Na verdade, quando um fato é muito recorrente em nossa vida, quer dizer, repete-se, é preciso que repensemos nossas atitudes; algo está errado nessa história. Então, quem tem que se transformar é a mulher e se o marido é um estorvo e ela se vê sem talento para auxiliá-lo, ou tolerância para engolir sapos, então, procure um outro caminho e assuma essa decisão, sem culpa nem remorso, reconhecendo sua incapacidade momentânea para carregar esse fardo.

Como uma mulher poderá recuperar um homem, sem trabalhar sua auto-estima, sem se dar valor, sem fazer por si mesma o que sonha e gosta? Então, o mais sensato é alterar o rumo, porque este caminho que ela está percorrendo não tem dado certo, desde outros tempos, em outras vidas. É uma estratégia.

Ah!, Wilson, mas então porque Deus coloca essa criatura em minha vida?

Pergunto: não terá sido você que escolheu estar com este homem? Escolheu errado, não era isso que você desejava? Então, vire a página, como se diz hoje em dia. Decida-se e siga novos caminhos sem culpa nem pesar. Se você se reestruturar, realizar seus projetos e sonhos, a felicidade entrará em sua alma. E aí sim, se ele decidir voltar para sua vida de novo, que seja, mas do jeito que fez a nossa amiga, com condições novas, restrições e afeto.

Agir como mártir, mortificar-se para recuperar uma criatura que não quer se reajustar é lançar pérolas aos porcos, como diz a Bíblia. E não digo isso com rudeza, não. De que vale uma pedra preciosa aos porcos, de que adianta você se esfolar, desdobrar-se, se o objeto de sua “missão” não quer ou não está pronto?

No Universo há leis e uma delas é esta: quando o discípulo está pronto, o mestre aparece. Permita que ele se arrume, então, quando ele “merecer” a sua presença, o Universo se incumbirá de fazer o encontro.

Uma outra internauta, me diz que tem lutado muito para que seu marido a acompanhe em suas atividades. Ela é terapeuta, tem muitos projetos. Faz meditações à noite, antes de dormir, convida o marido e “quando olho para meu marido vejo que ele não está acompanhando, adormeceu”.

Diz ela que “ele me vê como se eu estivesse àgrande distância. Ele mesmo me diz que sabe que se atrasou em sua jornada. Sinto que estou com ele como se eu mesma me obrigasse a isso mas não me faz feliz. Na verdade, sei que nosso casamento já acabou há muito tempo e eu ainda fico tentando ver se ele se “conserta”; sinto que ele faz de tudo para me acompanhar e não quer me perder”.

Nesse caso, como há um interesse da parte dela e a presença do marido não interfere tanto em sua vida e como ela me pediu uma orientação, sugeri o processo Hoponoopono.

É um processo criado pelo Dr. Ihaleakala Hew Len. O psicólogo havaiano estuda a ficha da pessoa e, em seguida, olha dentro de si mesmo a enfermidade dessa pessoa. E começa a pronunciar em silêncio: Hoponoopono – o efeito esponja. Ela tem condições, quer assumir esse compromisso, então que tente esse processo.

Pode dar resultados porque quando você ama uma outra pessoa e tem talento e vontade suficiente para resgatá-la de um estado de inconsciência ou morbidez, a possibilidade de êxito é grande. No entanto, cuidado com julgamentos e cobranças. Esse processo só deve ser feito se houver uma decisão do coração, sem exigência quanto a atitudes. Você deve fazer o Bem pelo Bem.

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