XII – Atividades de Unificação do Movimento Espírita
Allan Kardec sintetiza o espírito de atividade de unificação ao asseverar
claramente, no item 334, do Capítulo XXXIX, de “O Livro dos Médiuns”,
discorrendo quanto à convivência da multiplicação dos grupos espíritas, que
“(…) esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando
observações, podem, desde já, formar o núcleo de grande família espírita, que um
dia consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um único sentido: o da
fraternidade cristã”.
Hoje em dia e mais do que nunca, torna-se imprescindível um maior relacionamento
entre as Instituições Espíritas, para que haja entre elas a salutar troca de
experiências no campo doutrinário beneficente e até mesmo no administrativo,
através das quais as próprias Instituições serão beneficiadas com o acervo das
conquistas de suas coirmãs nesses diversos setores da atuação.
Da mesma forma que cada Centro Espírita depende do aperfeiçoamento moral de cada
um de seus membros e da respectiva participação nas suas diversas atividades, a
atividade de unificação depende também de cada Centro Espírita, da sua
participação e conseqüente integração nos órgãos de unificação local, regional
ou central. Isso equivale a dizer que o organismo federativo espírita depende da
inter-relação de todas as suas células vitais, para a sua existência e
auto-sustentação.
O resultado, portanto, dessa aproximação e convivência fraterna, acarretará,
inevitável e forçosamente, o progresso das Instituições Espíritas e, em
conseqüência, o fortalecimento do movimento de unificação. Por isso mesmo, todo
Centro Espírita organizado de acordo com a codificação do Espiritismo deverá
aderir, filiar-se ou unir-se ao órgão de unificação do Movimento Espírita, no
seu Estado.
1- VANTAGENS DA INTEGRAÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA NO MOVIMENTO DE UNIFICAÇÃO
- Aproximar os Espíritas para que melhor se conheçam e
mais se confraternizem; - tornar estável, homogêneo e eficaz o Movimento Espírita. “Dez homens
sinceramente ligados por um pensamento comum são mais fortes do que cem que
não se entendem.” (Allan Kardec); - trocar experiências e conhecimentos em todos os aspectos do Movimento
Espírita; - aperfeiçoar progressivamente todos os setores das atividades espíritas;
- tornar o Movimento Espírita uma força social cada vez mais útil e mais
eficiente para a evolução humana, no sentido espiritualista e fraterno; - concorrer eficientemente para o desaparecimento do personalismo individual
ou de grupos no meio espírita, facilitando o desenvolvimento da humanidade e
da renuncia tão necessárias para a estabilidade dos trabalhos coletivos e para
a vivência da felicidade permanente; - garantir a independência do Movimento Espírita e sua auto-suficiência em
todos os seus setores de atividades, em qualquer época e em qualquer época e
em qualquer circunstância; - preservar, com segurança, a pureza de Doutrina Espírita e dar cabal
desempenho às finalidades da Terceira Revelação; - afinar o Movimento Espírita para uma sintonia cada vez mais perfeita com
as forças espirituais que dirigem o Planeta e, em perticular, o próprio
Movimento Espírita; - fortalecer o Movimento Espírita, de forma consciente e permanente, para
que possa superar os naturais obstáculos à difusão da Doutrina Espírita.
2- CONSEQÜÊNCIAS DA INTERAÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA NAS ATIVIDADES DE
UNIFICAÇÃO
- Beneficiar-se das experiências, atividades e
realizações das demais Instituições Espíritas; - colaborar com o desenvolvimento das demais Instituições, direta ou
indiretamente; - contribuir para uma definição do Movimento Espírita perante as demais
correntes religiosas, a opinião pública e os poderes constituídos.
Notas
- É importante ressaltar que a direção coletiva, como preceitua Allan
Kardec, deverá Ter autoridade estritamente moral e não disciplinar. Cada parte
componente do todo continua livre, vivendo os ideais de seus estatutos e de
suas programações, dirigindo-se por se mesma (“Obras Póstumas”, 17ª edição
FEB, p. 357); - A direção coletiva estuda, conclui, sugere, aconselha, propõe, mas não
impõe e nem absorve. A adesão deve ser sempre voluntária e consciente, devendo
todos concorrer para a direção coletiva, direta ou indiretamente; - A ação federativa far-se-á sempre no sentido da aproximação fraterna das
Instituições Espíritas que mantenham atividades doutrinárias em conformidade
com a Codificação do Espiritismo, objetivando a troca de experiências e, acima
de tudo, o fortalecimento do Movimento Espírita.