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Você Sabia?

Você Sabia?

Em 1976, a Sra. Dolores Jay, norte-americana, tinha 52 anos e era esposa de um
ministro protestante. Ela tornou-se notícia porque, quando hipnotizada, revelou-se
chamar “Gretchen Gotteib” e falou sobre o seu próprio assassínio há um século, na
Prússia comandada por Otto von Bismarck. Tudo começou em 1970, num dia em que seu
esposo a hipnotizou “por causa de uma dor nas costas ou algo parecido”. Ao término
do trabalho, o ministro lhe perguntou se ainda estava doendo. Ela respondeu “nein”
(não, em alemão). O ministro passou, então, a gravar a prosa estranha de sua mulher.
a fita foi submetida, depois, a um professor de línguas que garantiu que a Sra.
Jay, sob o efeito hipnótico, falava o alemão. A sra. Jay não conhecia a língua alemã
e foi submetida a um detentor de mentiras para comprovar isso. Reportava-se, em
alemão, à vida do século XIX em uma pequena aldeia chamada Ebeswakde, comentando
sobre a sua morte quando tinha 16 anos. “Gretchen” foi morta quando esperava num
bosque um tio que tinha cavalos escondidos para que fugissem para Ebeswekd. Um grupo
de homens armados surpreendeu-a ali e tirou-lhe a vida. Bismarck procurava derrotar
os católicos alemães que se converteram em força política. Alguns deles ativos foram
jogados e esquecidos em prisões. Segundo “Gretchen” seu pai foi um destes rebeldes
encarcerados pelas forças situacionistas. O Dr. Steveson, diretor do Dep. de Psiquiatria
e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virginia, Estados Unidos,
considerou as 18 fitas gravadas pelo esposo de Jay “sinceramente honestas”.

A primeira revelação

Emmanuel Swedenborg teve sua primeira revelação espírita em Londres, Inglaterra,
no ano de 1743. Numa modesta hospedaria, ele jantava com grande apetite. Após a
refeição, ele foi para o quarto e observou que uma espécie de névoa espalhava pelo
ambiente desse cômodo e o seu assoalho estava coberto de répteis horríveis: serpentes,
sapos, lagartos e outros. Sentiu-se tomado de grande espanto à medida que as trevas
aumentaram, mas em breve estas se dissiparam. Apareceu-lhe, então, um homem em meio
a uma luz viva e radiante, sentado a um canto do quarto. Os répteis desapareceram.
E o espectro lhe disse, com voz assustadora: “Não coma tanto!” Swedenborg, apavorado,
recolheu-se ao leito e pôs-se a refletir sobre o que tinha se passado. Na noite
seguinte, o mesmo homem, ainda radiante de luz, apresentou-se e disse: “Eu sou Deus,
o Senhor, Criador e Redentor”. Escolhi-te para explicar aos homens o sentido interior
e espiritual da Sagrada Escritura. Ditarei o que deves escrever”. Swedenborg, depois
de dizer que essa segunda aparição não lhe produziu nenhuma impressão dolorosa,
acrescenta: “Naquela mesma noite os olhos do meu homem interior foram abertos e
dispostos para ver o céu, o mundo dos Espíritos e os infernos, e eu encontrei por
toda parte várias pessoas de meu conhecimento, algumas mortas há muito tempo, outras
recentemente. Desde aquele dia renunciei a todas ocupações mundanas para trabalhar
exclusivamente nas coisas espirituais, para me submeter à ordem que eu havia recebido.
Muitas vezes me aconteceu, a seguir, ter abertos os olhos de meu Espírito e ver
em pleno dia aquilo que se passava no outro mundo, falar aos Anjos e aos Espíritos
como falo aos homens”. (2)

É difícil render-se…

Um certo engenheiro sofria com um tumor cancerígeno no pulmão. Todos os exames
importantes confirmaram o diagnóstico. Tinha que ser operado. Às 22h30 “na véspera
da operação, enquanto ele descansava em casa, na cama, a congregação fez preces
convencionais por sua cura. Nessa mesma hora, conta ele, teve consciência de uma
sensação de formigamento. Embora estivesse com os olhos fechados teve a impressão
de ver uma luz intensa e um sentimento de vívida consciência… não soube de quê.
“Na manhã seguinte, deu entrada no hospital e foi submetido a mais alguns exames
de rotina. Esses exames foram negativos. O médico ordenou, então, a repetição de
toda a série de exames – radiografia, broncospia, biópsia, contagem de glóbulos,
etc. – todos os quais haviam anteriormente sido positivos na indicação do câncer.
Dessa vez, porém, esses foram negativos. O doente teve alta do hospital. Disseram
os médicos: ‘Erro de diagnóstico’.” (3)

O tiro saiu pela culatra

Certo dia, um padre encontrou Chico Xavier num cemitério e quis que ele recebesse
uma poesia do outro mundo. O médium estranhou o pedido. O padre, porém, insistiu
e tirou do bolso da batina papel e lápis. O Chico relutou ainda e, embora a contra
gosto, pegou o material, fez de uma lápide sua mesa de trabalho e disse: – Vamos
tentar. Se Deus ajudar… Em poucos instantes, a Mentora Auta de Souza vazou através
de sua mediunidade psicografia mecânica o soneto: ADEUS O sino plange em terna suavidade
No ambiente balsâmico da Igreja Entre naves, no altar, em tudo adeja O perfume dos
goivos da saudade… Geme a viuvez, lamenta-se a saudade; E a alma que regressou
do exílio, beija A luz que resplandece, que viceja Na catedral azul da Imensidade…
– Adeus, terra das minhas desventuras… Adeus, amados meus… – diz nas alturas
A alma liberta, o azul do Céu singrando… – Adeus… – choram as rosas desfolhadas
– Adeus… – clamam as vozes descaladas De quem ficou no exílio soluçando… O padre,
estático e embatucado, leu a linda produção poética, desculpou-se como pode pelo
insensato desafio, enfiou sua viola no saco e partiu para a casa paroquial, onde
deve ter deglutido a lição. Aureliano Alves Netto referindo-se a esse fato saiu
com essa: – Às vezes, “quem vai buscar lã, sai tosquiado…” (4)

Reencarnação

No Congresso Espírita de Liège, em 28 de agosto de 1928, o Dr. Torres fez uma
Conferência sobre Reencarnação e em apoio à tese narrou o seguinte: “Há vinte e
três anos, um irmã e um sobrinho de meu pai moravam em uma aldeia de minha província,
quando foram assassinados em conseqüência de querelas locais. Algum tempo depois
dessa morte violenta, meu tio se comunicava por um médium, em minha família. Ele
estava muito satisfeito com tudo o que lhe tinha sucedido. Explicava-nos, como,
em existência anterior, numa cidade muito afastada, em Daroca, província de Aragon,
numa casa que descreveu minuciosamente, e em data que precisou, ele, e o sobrinho,
que era então a esposa de meu pai atual, entenderam-se para matar meu pai, a fim
de satisfazerem paixões carnais. Meu tio estava contente com seu estado no Espaço,
e por haver passado pela prova escolhida. Agradecia a Deus ter-lhe permitido saldar
essa conta tão dolorosa. Os inquéritos feitos em Daroca, cidade completamente desconhecida
de todos nós, confirmaram, em todos os pontos, os pormenores dados pelo Espírito
de meu tio. Os nomes da rua e da casa, a data do crime que ficou impune, os nomes
das personagens, tudo foi inteiramente verificado.” (5)

Bibliografia:

  • (1) “Anuário Espírita” – 1976;
  • (2) “Revista Espírita” – Nov./1859;
  • (3) “RIE” – Março/1971;
  • (4) “Caboclos, Índios, Pretos Velhos e Outros Assuntos”;
  • (5) “A Reencarnação”