Um Diálogo Fraterno Sobre Ciência & Espiritismo IV
Já a matéria fluídica que compõe o perispírito e o mundo espiritual poderiam,
em princípio, ser estudadas utilizando-se idéias inspiradas pelos paradigmas da
física. Mas isso não se faz de forma simples como expor as idéias que nos vêm a
mente e que parecem fazer sentido. É preciso estudar muito tanto as teorias físicas
quanto os conceitos espíritas de modo a produzir algo consistente, isto é, sem contradições
e que possa ser verificado por algum tipo de fato.
Porém, num outro aspecto, eu sinto muita falta de estudos que caracterizem os
fluídos espirituais como objetos macroscópicos para depois proporem-se modelos e
teorias para a estrutura da matéria fluídica. O que temos visto é, por causa da
“moda” de se falar em teoria quântica, vários autores propõem teorias para a estruturas
dos fluídos de forma muito qualitativa sem possibilidade de analisar, por exemplo,
o que Niels Bohr chamou de “principio de correspondência” que diz que a teoria quântica
deve apresentar os mesmos resultados da teoria clássica nos limites macroscópicos.
Se nem sabemos ao certo como os fluídos se comportam em quantidades macroscópicas
como saberemos se uma proposta para a sua estrutura mais íntima é válida. As pessoas
as vezes se esquecem de que a teoria quântica surgiu para explicar certos fenômenos
em escala macroscópica (a história da radiação do corpo negro).
(Retirado do Boletim GEAE Número 479 de 3 de agosto de 2004)