Verdade Sim, Heresia Não!
“O amor ao próximo e o perdão aos nossos inimigos é uma dádiva de Deus que
saibamos a hora e o momento exato de executá-los. E, para coroar esta dádiva a
caridade se torna um aliado muito forte nesse mister”.
(Antonio Paiva Rodrigues).
Sempre nas minhas leituras em busca de conhecimentos, uma figura me chamou a
atenção, pelo fato dos comentários os mais diversos possíveis. Esta figura cujo
nome é título dessa dissertação, é um ser discutido nos meios religiosos.
Afirmam uns, que ele é irmão de Jesus, outros primo, parente por afinidade.
Afinal; quem foi Tiago?
Quando Jesus alcançou os dez aninhos, Maria já era responsável por uma
família muito grande, além dos filhos de José do seu primeiro casamento com
Débora, já haviam nascido Efrain, José, Elisabete e Andréia.
Posteriormente vieram Ana e Tiago, a sua vida doméstica era igual as das
mulheres hebréias, além das tarefas domesticas, secavam trigo e centeio em
esteiras colocadas ao sol e depois encaminhavam aos moinhos da redondeza. A
cidade de Nazaré era pobre em recursos a pesca, os serviços de carpintaria,
tecelão, oleiro, ferraria e seleiro eram os recursos maiores que a população
tinha a seu dispor.
O trabalho feminino era laborioso faziam pães misturados ao mel, deliciosos
frutos eram preparados em calda, farinha cheirosa de tubérculos da terra, e
depois torrada, ou de peixe. Maria era uma mulher prodigiosa, trabalhadora,
laboriosa, e não se descuidava das tarefas domesticas.
Quando José desencarnou, vítima de um insulto cardíaco, Jesus alcançava os
vinte e três anos de idade, é bom frisar que Maria mantinha com carinho José que
atingia vinte anos, ajudado por Tiago, com onze anos, se devotavam aos serviços
de carpintaria herdada do Pai. O irmão Efrain com vinte e dois anos era
diferente dos demais demonstrando desde cedo um espírito pertinaz e ambicioso,
tornou-se rico pelo trabalho que exercia junto aos fornecedores de viveres e
suprimentos para os grandes comerciantes da época. Andréia prestava pequenos
serviços junto aos vizinhos e aos caravaneiros, Ana e Elisabeth ajudam Maria na
confecção de bordados, que aprendera entre as jovens de Sião de Jerusalém. Os
filhos de José resultantes do primeiro casamento (Viúvo), Eleazar, Matias e
Cleófas (conhecido por Simão), mantinham um afeto puro de mãe por Maria.
João o evangelista levou-a para Éfeso, já bastante idosa, onde desencarnou,
mas antes do desencarne transmitiu os mais puros sentimentos de ternura, amor em
homenagem ao filho Jesus crucificado, exausta pela idade, descansou,
libertando-se desta matéria grosseira e opressiva. Nas doze tribos de Israel,
havia um homem muito rico, de nome Joaquim, que fazia suas oferendas em dobro,
dizendo: “O que sobra ofereço para todo povoado, e o devido na expiação de meus
pecados será para o Senhor a fim de ganhar-lhe as boas graças”. Rubem se colocou
à frente de Joaquim afirmando-lhe: “Não te é lícito oferecer tuas dádivas,
enquanto não tiveres gerado um rebento em Israel”.
Na realidade Joaquim não havia tido posteridade em seu povoado, lembrou-se de
Abraão, que o Senhor, lhe deu Isaac, em seus derradeiros anos de vida.
Atormentado Joaquim se retirou para o deserto, onde jejuou durante quarenta dias
e quarenta noites, dizendo a si mesmo: “Não sairei daqui para minha casa, nem
sequer comer e beber, até que não me visite o Senhor meu Deus; que minhas preces
me sirvam de comida e bebida”. Ana sua mulher, já desesperada dizia: Chorarei
minha viuvez e minha esterilidade”. As lamentações de Ana foram tristes e
dolorosas, como esta: Ai de mim! A quem me pareço eu? Não às bestas da terra,
pois que até estes animais irracionais são prolíficos ante teus olhos, Senhor”.
Ai de mim! A quem me igualo eu? Nem sequer a esta terra, porque ela também é
fecunda, dando seus frutos na ocasião própria, e te bendiz a ti, Senhor”.
Um Espírito de Deus se apresentou a Ana dizendo-lhe: “Ana, Ana, o Senhor é
bom e escutou teus rogos: conceberás e darás luz e de tua prole se falará em
todo o mundo”. Ana agradeceu, e dois mensageiros chegaram até ela e disseram:
“Joaquim teu marido, está de volta com seus rebanhos, pois que um Espírito de
Deus desceu até ele e lhe disse: Joaquim, Joaquim, o Senhor escutou teus rogos;
volta, pois, que Ana tua mulher, vai conceber em seu ventre”. Assim foi feita a
Vontade de Deus, e Joaquim repousou naquele primeiro dia em sua casa. Depois de
nove meses Ana deu luz a uma menina, e pôs o nome de Maria, dizendo: “Minha alma
foi enaltecida”.
Foram dadas muitas graças ao Senhor Deus. Quem dará aos filhos de Rubem a
notícia de que Ana está amamentando? Ouvi, ouvi, ó Doze Tribos de Israel: Ana
está amamentando. Quando Maria completou doze anos, os sacerdotes reuniram-se
para deliberar, dizendo: “Eis que Maria cumpriu doze anos no templo do Senhor.
Houve indagações sobre o futuro de Maria, eis que surge um Espírito do Senhor e
diz:” Zacarias, Zacarias, sai e reúne a todos os viúvos do povoado, que cada um
venha com um bastão, e o daquele em que o Senhor fizer um sinal singular, deste
era será esposa.
Afirmaram aos que compareceram: A ti coube a sorte de receber sob tua guarda
a Virgem do Senhor. José replicou: “Tenho filhos e sou velho, enquanto que ela é
menina, não gostaria de ser objeto de zombaria dos filhos de Israel”. Maria
casou-se com José e desse casamento surgiram os filhos de relação normal, se
assim não os fosse Deus estaria derrogando sua própria lei”. Diante dos fatos
expostos e aqui debatidos chegamos à conclusão, respeitando o sentimento elevado
de alguns espíritas que, apoiados na teoria de Roustaing, consideram fluídico o
corpo de Jesus, na verdade o nascimento do Mestre obedeceu às leis comuns da
genética humana. Seu organismo era realmente físico.
Tratava-se de um organismo isento de qualquer distorção patogênica própria ou
hereditária, pois descendia da mais pura linhagem biológica das gerações
passadas, com magnífica expressão anátomo-fisiológica, o seu sistema nervoso era
uma rede hipersensível entre o comando cerebral e os seus órgãos de relação.
Há quem afirme que lê era possuidor de uma síndrome rara a Hematidrose (Suava
sangue). Estes aspectos aqui relatados são belos ensinamentos e passagens
maravilhosas que pouca gente conhece, tais fatos não merecem descrédito, e sim
crédito, já que foram repassados por Espíritos do Senhor e psicografados por
médiuns de grande capacidade mediúnica. Não estou a inventar nada, sou apenas um
espírita que gosta de escrever, pesquisar para aprender. Estudar é uma função
digna inerente ao ser humano, através dela é que nos elevamos e aumentamos nosso
conhecimento, se nós excutíssemos em nossas mentes como é bela esta virtude,
jamais deixaríamos o amigo de todas as horas de lado (o livro faz parte de nossa
vida através dele passamos a conhecer a essência da vida de uma maneira ou de
outra).