Como diz o ditado popular “Ao lado de um grande homem existe uma grande mulher”. Tal atribuição pode ser associada à figura de Amélie Gabrielle Boudet, ou madame Kardec. Amelie, companheira de Allan Kardec representou um papel muito importante na história do Espiritismo, oferecendo valorosa contribuição na estruturação e desenvolvimento da Doutrina Espírita.
Mas quem foi essa mulher forte e extraordinária que caminhou lado a lado do codificador da Doutrina Espírita? Impossível descrever em poucas linhas a vida em detalhes e profundidade de Amélie Boudet.
A professora de arte e poetiza, nasceu em 23 de novembro de 1795 em Thiais, cidade do menor e mais populoso Departamento francês – o Sena. Casou-se com Allan Kardec em 9 fevereiro de 1832, tendo iniciado sua trajetória de amor e parceria que duraria mais de quarenta anos, primeiramente na tarefa educacional no Instituto Técnico fundado por Rivail, baseado nos métodos de seu professor Pestalozzi, depois colaborou para que a obra pedagógica de Allan Kardec ganhasse prestígio, sendo adotada inclusive na Universidade da França.
Não foi diferente no caminho de divulgação do Espiritismo, tempos depois Amélie tornou-se grande incentivadora na tarefa de propagação do conhecimento espírita e assim se manteve, vencendo inúmeros obstáculos, dando continuidade ao legado iniciado por seu esposo e companheiro, com o falecimento de Allan Kardec, em março de 1869. E seguindo os planos do codificador, criou a Sociedade Anônima do Espiritismo, instituição que levou adiante a divulgação doutrinária, a administração da Revista Espírita e da livraria.
Madame Kardec levou a frente sua missão até seu desencarne em 21 de janeiro de 1833, aos 87 anos de idade.