Esses dias mencionei a palavra aura para um conhecido e este ficou visivelmente perturbado, afinal a crença dele não acredita que possa existir aura. Interessante que essa pessoa se diz muito culta e comenta que assiste programas científicos, mas ignora tal energia, a qual é reconhecida pela ciência, existindo inclusive equipamento que segundo consta é capaz de fotografa-la, como explicado por Kirlian, descoberta acontecida em 1939, e que retrata o campo magnético (aura) dos seres.
Vamos encontrar lá no livro Evolução em Dois Mundos, psicografia de Chico Xavier, a explicação para em que consiste a aura humana. “Todas as agregações celulares emitem radiações que se articulam, através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por “tecidos de força”, em torno dos corpos que as exteriorizam. Todos os seres vivos, por isso, se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à natureza. No homem, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante da criatura. Nas reentrâncias e ligações sutis dessa túnica eletromagnética de que o homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com as vibrações e imagens de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as solicitações e os quadros que improvisa, antes de irradiá-los no rumo dos objetos e das metas que demanda. Temos aí, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana, peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo em que parece emergir dele, à maneira de campo ovoide, não obstante a feição irregular em que se configura, valendo por espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com sinais característicos e em que todas as ideias se evidenciam, plasmando telas vivas”.
É evidente que tudo que tem vida, energia, produz irradiação e o corpo perispiritual não é diferente. É comum nas figurinhas religiosas desde antigamente, aparecerem auréolas na altura da cabeça com coloração dando a entender luz, energia que se irradia fora do corpo. É uma alegoria bem demonstrada, afinal todos nós possuímos uma luminosidade que se expande, a qual não é vista pelo olho nu, mas sabemos que existe e pode ser fotografada com equipamento específico. Kardec diz que essa luminosidade vai do opaco até o rubi, sendo que esta coloração rubi é peculiar nas mentes mais evoluídas espiritualmente.
Mas a aura envolve todo o corpo e é sentida por outra pessoa, que a capta obtendo satisfação em estar junto de outrem ou pode sentir repulsa. É semelhante aquela máxima: “meu santo não bate com o dela”.
Chegamos muitas vezes perto de alguém e nos sentimos tão bem que nem temos vontade de sair daquela convivência, mas por outro lado tem ocasiões que detestamos nos aproximar de outras que nos causam mal estar, dor de cabeça, enjoo, desconforto de toda natureza. É que cada um está envolto numa aura própria e isso se exterioriza e é sentido ao redor, inclusive pelos animais, pois que todos possuem esse halo energético, mencionado nas explicações no livro.
Autor: Nilton Cardoso