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Jovens e Adultos no Movimento Espírita

Jovens e Adultos no Movimento Espírita

 

Renovação é uma palavra imperiosa em quase todos os setores da vida. As
gerações se sucedem e obriga à renovação. Na Doutrina Espírita não podia ser
diferente. Embora exista um certo conservadorismo, chega o momento em que as
lideranças espíritas se renovam.

Vital para o nosso movimento é a formação de novas gerações de espíritas com
profundo conhecimento doutrinário, e também conhecimentos gerais. A formação
doutrinária tem que começar na infância, reforçar-se na mocidade, para na
maturidade ter uma sólida formação espírita, sem ficar sujeito às variações dos
modismos, ou das etapas mais suaves ou mais difíceis da vida.

As vezes os adultos se preocupam ao ver que os freqüentadores do centros
espíritas são, em sua maioria, da meia idade para a frente. Cuidar da infância
espírita, não apenas evangelizando-a, mas também espiritizando-a, é vital para a
continuidade do movimento.

Temos mocidades espíritas vibrantes, mas o relacionamentos entre os jovens e
os adultos ainda é difícil. Não raro, existem queixas dos dois lados, mas é
preciso um entendimento, é preciso afinar no mesmo diapasão, para que o
movimento espírita se fortaleça.

É natural que os jovens sejam alegres, barulhentos, buliçosos, mas precisam
ser, também, responsáveis. Atividades como, música, teatro, excursões faz parte
das ocupações dos moços, contudo, o estudo doutrinário é indispensável. A carga
horária das outras atividades não podem superar ao tempo dedicado ao estudo. Ou
formamos jovens com sólido conhecimento doutrinário, sem atavismo do igrejismo,
do misticismo e do medo da vida, ou essa transição da substituição dos líderes
envelhecidos ou desencarnados, será difícil e inoperante.

A juventude tem a força, mas sem o controle da razão, ela se torna
agressividade. Os jovens tem a chama do ideal, mas é preciso controle emocional
para não atear um incêndio. A juventude é primavera de sonhos, contudo, é
preciso que o sonho se apóie na verdade ou o inverno do sofrimento se fará
presente.

A você jovem espírita, moço ou moça, respeite os mais velhos. As suas rugas
ou o olhar cansado são medalhas conquistadas nas batalhas do bem contra o mal.
Eles podem ser conservadores, saudosistas, ter seus tiques, manias, mas
apresentam uma folha de serviços em favor da Doutrina Espírita, e você está
apenas começando a sua tarefa, que pode parar no primeiro embate. Respeite-os.
Mais ainda, AME-OS, pois sem eles vocês não teriam a Doutrina Espírita.

E você, dirigente espírita, que já tem os cabelos encanecidos pelo tempo,
acolha os jovens como filhos queridos, que precisam de orientação e carinho.
Eles são a sua continuidade. As vezes eles são malcriados ou barulhentos demais.
Isto é natural, porque os seus hormônios estão em ebulição. Você também passou
por isso, com menor ou com a mesma intensidade. Lembre-se que você vai
desencarnar e voltar ao mundo numa nova primavera, e vai passar pela infância,
puberdade, pelo rito da adolescência e vai precisar amar e ser amado para ter
equilíbrio emocional.