Tamanho
do Texto

A Evangelização em Nossas Vidas

A Evangelização em Nossas Vidas

EDITORIAL

Na agitação do dia-a-dia nos vemos envolvidos em nossas atividades cotidianas
e raramente nos damos conta do que vem acontecendo ao nosso derredor, e não raro
não percebemos sequer o que acontece dentro de nossa própria casa.

É nessa circunstância que nos surpreendemos com a presença de problemas
enormes que, quando descobrimos, verificamos que sua existência não é recente,
pois só os verificamos quando já tomam conotações gigantes, com as causas mais
variadas, mas sempre ligadas à nossa falta de atenção ou a atitudes menos
felizes em algum lugar do nosso passado.

É assim que encontramos pais atormentados com a presença da droga minando
seus lares em decorrência de sua ausência, filhos rebeldes e revoltados porque
não encontraram um amigo com quem dialogar quando crianças, entre tantas outras
mazelas que tornam nossos lares verdadeiros infernos.

Remediar nestes casos é tarefa, invariavelmente, muito árdua e que sempre
deixa seqüelas que perdurarão pelo resto de nossas vidas, com conseqüências que
terão reflexos para além do portal do túmulo, a complicar nossas vidas de
relação com nossos entes mais queridos.

Jamais cogitamos na possibilidade de que tudo isso pode acontecer conosco.
Achamos que isso só pode estar presente na casa do vizinho, mas nunca na
nossa…

“É preferível prevenir que remediar”. Esta frase é incontestavelmente
verdadeira sempre.

Acontece, porém, que estamos habituados, por pura comodidade, a reagir e não
a agir, e nem vemos que isso é sempre mais difícil. “Só aprendemos a nadar
quando a água chega no nariz!”

A Evangelização constitui o mais eficiente instrumento profilático contra
estas tormentas de nossa jornada evolutiva na Terra.

Ela, a um só tempo, proporciona a união entre os membros do grupo familiar,
aponta a melhor solução para as provas que devemos suportar, nos torna
resignados às expiações e ainda previne contra novas quedas e dissabores em
nossas atitudes.

Deve começar no aconchego de nosso lar, fazendo deste o verdadeiro templo à
cultura do amor, na prática sistemática do Culto do Evangelho no Lar, a exemplo
do próprio Cristo, há quase dois mil anos na casa de Pedro.

Com essa prática metódica abrimos as portas ao diálogo, reforçamos os laços
que nos unem, e angariamos conhecimentos que se tornam nossos guias seguros.

Pode também, e deve, se estender para além das quatro paredes de nossa casa,
nos grupos de estudo sério da Doutrina Espírita, consagrados à Evangelização de
espíritos.

É na troca de experiências e conhecimentos com outros grupos que ampliamos
nossos limites para além de nossas restrições particulares, pois encontramos
assim a oportunidade de conhecer outros pontos de vista e opiniões que vêm
sempre somar ao nosso sempre pequeno cabedal de conhecimento da Doutrina.

É também aí que encontramos muitas oportunidades para a prática destes
preceitos e conhecimento no exercício da caridade, Instrumento fixador que nos
faz ser aquilo que sabemos, pois sempre sabemos mais do que somos.

Setembro de 2000