Allan Kardec – O Libertador de Consciências
A. Merci Spada Borges
“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos e eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre, o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber porque não o vê e nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos! Voltarei para vós! Mas aquele Consolador, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. (João, 14:15-18 e 26)
A marcha evolutiva da Humanidade prosseguiu lenta, ininterrupta… Séculos dobraram sobre séculos; lutas intermináveis, perseguições constantes contra os seguidores do Cristo; testemunhos e mortes dolorosas, guerras, violências marcaram o carreiro evolutivo do homem sobre a Terra. Todavia, dos Planos Maiores o Divino Nazareno permanece velando pelas ovelhas que o Pai lhe destinara.
Finalmente soam os clarins, desponta a alvorada do século XIX. Século em que a Filosofia, após atingir, no século anterior, o apogeu do Iluminismo, expande-se em todas as direções. A Ciência, rompidos os grilhões que a atavam ao Clero, desprende-se da Filosofia e parte para a comprovação dos fatos através das múltiplas experimentações. Prenuncia-se a liberdade de pensamento em prol da evolução intelectual.
Campo preparado! Semeadores a postos! Em pontos estratégicos, renascem os cultivadores. A sementeira do bem, fecundada lentamente durante a noite prolongada dos tempos, eclode no silêncio dos corações.
Nenhum outro país, senão a França apresenta condições tão favoráveis para a implantação do Consolador que Jesus prenunciara. E, Paris, a capital francesa, mais do que nunca, se encontra em condições de oferecer campo fértil para as conquistas culturais e expandir o desenvolvimento intelectual, não somente para a Europa, como também para uma grande parte do Planeta. Preparado o local, a Terra se engalana para acolher o Mensageiro de Jesus. É o momento de apresentar ao mundo o Consolador, descortinando a Era do Espírito Imortal.
A escolha recaíra sobre um Espírito que, em remota encarnação, fora um sacerdote druida, com o nome de Allan Kardec, ali mesmo nas Gálias de outros tempos. Por amor ao Cristo tornou-se mártir por mais de uma encarnação; cresceu em experiências relevantes e em sabedoria.
Espírito de escol, sabia que a missão exigia enfrentar os mais árduos obstáculos, as mais dolorosas vicissitudes, mas também sabia que Jesus velaria incansável: ” Não vos deixarei órfãos! Eu estarei convosco!”.
Assim, reencarna um plêiade de Espíritos que deveria colaborar com o Mensageiro do Cristo na divulgação dos conhecimentos não só morais e doutrinários, mas também científicos, filosóficos e artísticos em diferentes países, a fim de preparar o alicerce para a grande edificação moral que haveria de alcançar a Humanidade cansada e aflita: O Consolador.
Completa-se nos Planos Luminares a estrutura de toda a programação e, no dia 3 de outubro de 1804, na cidade francesa de Lyon, Jeanne Louise Duhamel e o esposo, Jean Baptiste Antoine Rivail, acolhem nos braços o filhinho que recebe o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail, aquele que seria o Codificador do Espiritismo: a “Religião do Amor que viria empreender a batalha da transformação moral (…) religando em perfeita união o Criador e a criatura”.
Desde a primeira infância Rivail já revela desenvoltura e inteligência ímpares.
Aos dez anos inicia os seus estudos no instituto de Yverdon, na Suíça, dirigido pelo famoso pedagogo Johann Heinrich Pestalozzi, que fora influenciado pelas idéias de Jean-Jacques Rousseau. O objetivo do grande educador suíço é assimilado desde cedo pelo pequeno Rivail: ” Melhorar a educação e a instrução das crianças pobres”.
Esse Instituto abrigou e preparou uma grande parte dos maiores vultos da intelectualidade européia.
Após os longos estudos, instala-se, o jovem Rivail, em Paris, “a capital cultural do mundo”, iniciando suas atividades de professor.
Sua primeira grande preocupação é pôr em prática os ideais sedimentados na moderna educação que recebera: “(…) auxiliar os pequeninos nas difíceis (…) e aborrecidas questões de cálculos aritméticos (…)”. Entregou-se ao estudo e à pesquisa dos melhores e mais avançados métodos para solucionar o problema.
De sua dedicação surge seu primeiro livro: Cours d’Arithmétique. Apenas 20 anos tem o jovem escritor!
Esse livro é o marco inicial de uma série de obras educacionais e pedagógicas que vão surgindo ao longo de sua brilhante e árdua carreira de educador. Aos 28 anos casa-se com a jovem Amélie Boudet, que haveria de tornar os seus dias mais suaves.
Pesquisador por excelência, o jovem Rivail entra em contato com a nova ciência do Magnetismo que se introduz na França pelas mãos do médico e cientista alemão, formado por Viena, Franz Anton Mesmer.
Descobrira Mesmer, através de múltiplas experimentações, que o magnetismo é uma energia produzida pelo próprio homem e que se exterioriza pelo poder da vontade. E que, direcionada para o bem, produz efeitos curativos.
Constataram os adeptos da nova ciência que extraordinárias curas se efetuam através da imposição das mãos dos magnetizadores.
Essa ciência nada mais faz do que revelar a lei, embora desconhecida dos homens, utilizada por Jesus na cura de doentes e obsidiados, durante sua peregrinação terrena. Rivail, com grande interesse, acompanha o desenvolvimento desse fenômeno ao lado de inúmeros magnetizadores que compõem o rol de seus amigos.
Mais tarde, Allan Kardec associa o fluido magnético à Doutrina Espírita, como elemento indispensável ao tratamento do corpo e da alma, bem como dos processos obsessivos, destacando sua importância na comunicabilidade dos Espíritos. Hoje, popularizado com o nome de Passe ou Bioenergia.
Atinge, o emérito professor, a madureza dos 50 anos, forjados no trabalho digno. Ouve falar, pela primeira vez, sobre um estranho fenômeno que começa a intensificar-se nos salões elegantes da época: o fenômeno das mesas girantes. No início, o experiente educador não demonstra interesse; acredita tratar-se de frivolidades passageiras, quando então, seu amigo, o Senhor Fortier, antigo magnetizador, o informa:
– “Já sabe da singular propriedade que se acaba de descobrir no magnetismo? Parece que já não são somente as pessoas que se podem magnetizar, mas também as mesas, conseguindo-se que elas girem e caminhem à vontade”.
Para o grande pensador aquilo não parecia tão estranho, pois, pela lógica, o magnetismo é energia e como tal pode ser capaz de movimentar objetos. Algum tempo depois o mesmo amigo retorna:
– “Temos uma coisa muito mais extraordinária; não só se consegue que uma mesa se mova, magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde”.
“Isto agora – replica o Prof. Rivail – é outra questão. Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto para fazer-nos dormir em pé”.
Os fenômenos se multiplicavam por toda parte, os amigos não se cansavam de falar-lhe sobre o fato; finalmente Rivail aceita o convite de um outro amigo, o Sr. Pâtier, para assistir às experiências que se realizavam em casa da Sra. de Plainemaison. ” Foi aí – diz o Prof. Rivail – que, pela primeira vez, presenciei o fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, em condições tais que não deixavam lugar para qualquer dúvida.”
Em todas as épocas, em todos os lugares sempre ocorreram os mais diferentes gêneros de comunicações dos Espíritos; contudo, o fenômeno das mesas girantes é considerado o ponto de partida do Espiritismo, termo, esse, criado por Allan Kardec.
Assim, o ilustre educador passou a observar atentamente os fatos, chegando à conclusão de que os movimentos e as comunicações eram provocados por seres inteligentes. Percebeu que a inteligência que atuava sobre a mesa era obediente às ordens dadas. Todavia, para que o fenômeno se realizasse era necessária a presença de pessoas portadoras de mediunidade. Notou-se também que o material ou o tipo de mesa não influenciava a comunicação.
A partir de então, através dos movimentos da mesa o Espírito passa a responder por um sim ou um não, segundo o número de pancadas convencionadas.
“Aperfeiçoou-se essa arte de comunicação pelo sistema alfabético de pancadas.” Todavia, a lentidão levou a outros métodos. Após vários estudos concluiu-se que os diferentes meios adotados (cestas, pranchetas, mesas, etc.) poderiam ser substituídos pelas mãos dos médiuns. A esse novo método o eminente Codificador denominou psicografia direta ou manual.
Em casa da família Baudin, através da mediunidade das duas senhoritas Baudin, Hippolyte Léon Denizard Rivail entra em contato com o Espírito Zéfiro que se tornou grande auxiliar de seus trabalhos.
Diria então:
“(…) percebi, naqueles fenômenos, a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução que eu procurara em toda a minha vida. Era, em suma, toda uma revolução nas idéias e nas crenças (…)”.
A partir de então Rivail passou a levar “para cada sessão uma série de questões preparadas e metodicamente dispostas. Eram sempre respondidas com precisão, profundeza e lógica (…) Eu, a princípio, cuidara apenas de instruir-me; mais tarde, quando vi que aquilo constituía um todo e ganhava as proporções de uma doutrina, tive a idéia de publicar os ensinos recebidos, para instrução de toda a gente. Foram aquelas mesmas questões que, sucessivamente desenvolvidas e completadas, constituíram a base de O Livro dos Espíritos”.
Estava pronto o alicerce da Doutrina que Rivail denominou Espiritismo, a Doutrina revelada pelos Espíritos. O Codificador era educador emérito, com vários livros publicados, e a doutrina dos Espíritos não poderia permanecer sob a sua sombra, haveria de crescer por si só e transformar-se numa árvore frondosa. Em sua humildade de Embaixador do Cristo apagou-se o grande professor Rivail e surgiu o desconhecido Allan Kardec, nome que tivera, havia muitos séculos, como sacerdote druida.
Assim “O Livro dos Espíritos”, compêndio de Filosofia Espiritualista, foi publicado em 18 de abril de 1857. A obra alcançou êxito extraordinário, despertou a atenção de muitos. Os pedidos se sucediam e a primeira edição esgotou-se rapidamente. Em 18 de março de 1869 vem a lume a 2ª edição, inteiramente refundida e consideravelmente ampliada, com 1.019 questões elaboradas por Allan Kardec e respondidas pelos Espíritos. O alicerce da grande construção está concluído.
Logo após a publicação da primeira edição de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec se entrega à elaboração da Revista Espírita.
As dificuldades foram enormes, o trabalho incansável, mas o grande batalhador não se deixa esmorecer e a 1º de janeiro de 1858 vem a público o primeiro número da Revista Espírita. A partir de então “(…) os números se sucediam mensalmente, sem interrupção”. A Revista foi o porta-voz, o grande auxiliar na divulgação e expansão da Doutrina Espírita. Tornou-se a mensageira, o elo de ligação entre Paris e as diversas partes do Mundo. No mesmo ano, 1858, em 1º de abril, Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Instituição que, sob a sua presidência, passa a abrigar todas as reuniões do grupo espírita.
Muitas vezes, tentou afastar-se da direção, não o conseguindo por insistência dos seus colaboradores e dos Espíritos Reveladores. Consultas e orientações são solicitadas de todos os continentes para a instalação de novos núcleos. O trabalho é árduo. Entre os colaboradores fiéis se infiltram os detratores, mas o Mensageiro do Cristo não desanima, luta e prossegue na sua tarefa de reerguimento moral. Ele sabe que o tempo urge, não se detém, a obra não pode ser prejudicada.
A 15 de janeiro de 1861 publica mais uma obra da Codificação – “O Livro dos Médiuns”- que contém as bases científicas e experimentais da Doutrina.
As paredes do grande edifício educacional da Humanidade começam a erguer-se. O combate dos inimigos recrudesce. Em setembro desse mesmo ano o Sr. Lachâtre, amigo de Allan Kardec, residente, então, em Barcelona, na Espanha, encomenda-lhe 300 volumes, entre os quais “O Livros dos Espíritos”, “O Livros dos Médiuns”, coleções da Revista Espírita, obras e brochuras diversas sobre o assunto. Aportando no seu destina, as obras são apreendidas sob as ordens do Bispo, que ordena a queima delas em praça pública pelas mãos do carrasco, através do Auto-de-Fé.
Um abuso de poder, a mercadoria tinha dono e entrara legalmente no país. “A execução da sentença foi marcada para 9 de outubro de 1861. (…) no local onde são executados os criminosos condenados ao derradeiro suplício (…)”.
Resquícios de Inquisição! Os jornais de maior circulação da Espanha noticiam o fato. Um pintor, ali mesmo no local da execução, desenhou uma aquarela representando o ato abominável e apressa-se em enviá-la ao Codificador. Outros lhe enviam porções das cinzas com fragmentos legíveis das folhas queimadas, que o Codificador teve o cuidado de conservar em uma urna de cristal.
Este foi um fato histórico de grande relevância para os anais do Espiritismo, conforme previra o Espírito de Verdade, em comunicação de 21 de setembro de 1861, quando Kardec lhe indaga se conviria prosseguir na reclamação para restituição das obras apreendidas:
“Mas, ao meu parecer, desse auto-de-fé resultará maior bem do que o que adviria da leitura de alguns volumes. A perda material nada é, a par da repercussão que semelhante fato produzirá em favor da Doutrina (…) A queima dos livros determinará uma grande expansão das idéias espíritas e uma procura febricitante das obras dessa doutrina”.
Uma nova obra está em vias de se completar. Silenciosamente ele vai estruturando-a. Ele sabe que sua publicação provocará a reação do clero, pois seu conteúdo ataca “as penas eternas e outros pontos nos quais ele baseia sua influência e seu crédito”.
Recorre aos Espíritos; o reconforto vem do mais Alto: “Aproxima-se a hora em que te será necessário apresentar o Espiritismo qual ele é, mostrando a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. (…) Ao te escolherem, os Espíritos conheciam a solidez das tuas convicções e sabiam que a tua fé, qual muro de aço, resistiria a todos os ataques”.
“Com esta obra, o edifício começa a libertar-se dos andaimes e já se lhe pode ver a cúpula a desenhar-se no horizonte. Continua, pois, sem impaciência e sem fadiga; o monumento estará pronto na hora determinada”.
O mês de abril é pródigo em realizações. Assim, mais uma vez, em abril de 1864 surge a primeira edição da obra monumental: “Imitação de O Evangelho segundo o Espiritismo”. Nas edições subseqüentes o seu título é substituído por “O Evangelho segundo o Espiritismo”, atendendo à insistência de seus amigos e em especial de seu editor, o Sr. Didier.
A ira do Clero explode violenta e, a 1º de maio do mesmo ano, Roma inclui as obras espíritas no Index (Catálogo de obras perigosas, portanto, proibidas pela Igreja).
Mais uma vez a atitude do Clero favoreceu a expansão da Doutrina Espírita.
A partir de então “a maioria das livrarias apressaram-se a pôr essas obras em evidência”. E como normalmente acontece com as coisas proibidas, a curiosidade humana facilitou a sua divulgação. As emoções se sucedem, o trabalho é árduo, o discípulo do Cristo prossegue sem descanso, chega a pôr-lhe em risco a própria saúde.
O Espírito amigo Dr. Demeure alerta-o: ” Precisas de repouso; as forcas humanas têm limites que o desejo de que o ensino progrida te leva muitas vezes a ultrapassar. Estás errado, porquanto, procedendo assim não apressarás a marcha da Doutrina, mas arruinarás a tua saúde e te colocarás na impossibilidade material de acabar a tarefa que vieste desempenhar neste mundo (…)”.
Mais ponderado, o Codificador prossegue. Não importam as injustiças, a ingratidão, os ataques constantes, ele não pode parar: palestras, viagens de orientações, auxílio aos necessitados. Por toda parte florescem os seus princípios de Amor e Caridade para com os desvalidos da sorte.
Ressalta como máxima da Doutrina nascente: “Fora da Caridade não há salvação”.
No ano seguinte, em 1º de agosto de 1865, segundo Henri Sausse, vem a público “O Céu e o Inferno”. Em 6 de janeiro de 1868 era editado o quinto livro da Codificação: “A Gênese”.
A Doutrina Espírita está Codificada: Ciência, Filosofia e Religião, os três pilares da monumental edificação – produto da aliança estabelecida entre os dois planos da vida.
O Espiritismo se expande por toda parte, levando a todos os corações O Consolador prometido por Jesus. O Mensageiro do Cristo já não tem a saúde dos primeiros tempos; o coração cansado, pelo excesso de trabalho e por fortes emoções, resolve retirar-se para local onde já tinha casa de sua propriedade. Os colaboradores estão em condições de prosseguir na tarefa de divulgação.
Último dia de março, 1869, nos escritórios da Revista Espírita Allan Kardec ultima os preparativos, ordenando tudo a fim de poder transferir-se para a Avenida e Vila Ségur, 39.
Não há tempo, “o bom-senso encarnado” ali mesmo tomba em conseqüência da ruptura de um aneurisma. E o Codificador, aos 65 anos, retorna à Pátria Espiritual com a consciência tranqüila pelo dever bem cumprido.
“Todos os jornais consagram um artigo especial à memória daquele homem” que, com saber, dignidade e renúncia erigiu, com as revelações dos Espíritos, um monumental corpo de doutrina.
Assim, o Espiritismo, nos seus aspectos filosófico, científico e religioso, vem demonstrar ao homem, de forma lógica e racional, que a dor é produto de seus próprios erros e o progresso depende do esforço encetado nas diferentes reencarnações, instrumento da justiça suprema do Eterno Pai.
__________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Novo Testamento, João, 14:15-18 e 26.
- WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco. Allan Kardec, vol. I, 4ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1990, 210p.
- Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larousse. Ed. Larousse do Brasil.
- KARDEC, Allan. Obras Póstumas, 28ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998, 398p.
- KARDEC, Allan. O Livros dos Médiuns, 63ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998, 488p.
- KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, 114ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997, 437p.
- KARDEC, Allan. Revista Espírita, Anos 1860 e 1869. Ed. Edicel, São Paulo.
REFORMADOR EDIÇÃO INTERNET
REFORMADOR 26