Deus, Assinatura Misteriosa
— Os elementos fundamentais da vida são produzidos e trocados pelas células, assinaturas próprias sob a coordenação de um software que, segundo alguns cientistas, não pode estar localizado dentro do corpo humano, porquanto este está sujeito a constantes mutações.
— O ácido desoxirribonucleico ou DNA é um composto orgânico contendo seis bilhões de informações genéticas que definem as características dos seres vivos, condensadas numa estrutura microscópica extremamente eficiente.
— As asas de uma borboleta, as ramificações de uma árvore, o formato da concha náutilo, os hexágonos da casca de um abacaxi, as sementes do girassol e múltiplos outros detalhes da natureza, assim como as medidas do corpo, o formato da orelha e o redemoinho do cabelo humano, e ainda, as nuvens de um furacão, as estrelas das galáxias e as ondas do mar — tudo segue um padrão lógico, geométrico e perfeito.
O que há de comum nessas afirmativas? O desconhecimento humano.
No entanto, um número cada vez maior de cientistas, ao se debruçarem sobre a origem e a complexidade da vida, começam a cogitar das evidências de que um ser superior deixou sua assinatura sobre a sua obra. O padrão que se repete, por si mesmo, deixa claro que um arquiteto pensou, planejou e executou o universo como observamos.
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Será que necessitaremos dos primores de cultura e inteligência para conceber a solução desse enigma? Precisaremos recorrer aos antigos sábios da Grécia ou da Índia, ou ainda à espiral de Leonardo Fibonacci, para entender a origem da vida?
Melhor ficarmos com o Espírito Meimei, em Ideias e Ilustrações:
Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:
— Por que oras com tamanha fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
—Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
—Como assim? — indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se:
—Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
—Pela letra.
—Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?
—Pela assinatura do ourives.
O empregado sorriu e acrescentou:
—Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
—Pelos rastros — respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:
—Senhor, aqueles sinais lá em cima não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.
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Começamos este texto relacionando algumas afirmativas cujas causas não podem ser atribuídas à inteligência humana. Parafraseando Allan Kardec em Obras Póstumas, poderíamos afirmar que, se as causas não estão na humanidade, por ser esta impotente para produzi-las, ou sequer para entendê-las, temos que chegar à incontestável conclusão de que elas estão acima da humanidade.
Os efeitos que relacionamos não se produziram ao acaso.
—Deus não joga dados — já afirmava Einstein.
Desde a organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até a lei que rege os mundos que circulam no Espaço, tudo atesta uma idéia diretora, uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as combinações humanas. A causa é, pois, soberanamente inteligente.
Allan Kardec
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O Espiritismo nos ensina, com clareza definitiva, em O Livro dos Espíritos, como encontrarmos a prova de Deus:
— Num axioma que aplicais às vossas ciências — esclarecem os espíritos. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.
Por todos os cantos do universo encontramos a divina assinatura do Ser Supremo que nos criou. Além da origem, a sustentabilidade dos mundos é mantida pela ordem celeste, a que somos convidados a participar, cooperando para que sejam cumpridas as leis divinas.
Continuarão afirmando os materialistas que a vida teria surgido espontaneamente a partir das leis da física, concebendo que a própria matéria teria capacidade organizadora. Esquecem-se, no entanto, esses cientistas, que alguém precisou criar as leis da física.
Fiquemos com Emmanuel:
Em todos os reinos da natureza palpita a vibração de Deus, como o Verbo Divino da Criação Infinita, e, no quadro sem-fim do trabalho da experiência, todos os princípios, como todos os indivíduos, catalogam os seus valores e aquisições sagradas para a vida imortal.
Sabemos que a aglutinação molecular, bem como o motor transcendente do mundo, obedeceu ao sopro gerador da vida, oriundo do Todo-Poderoso e lançado sobre o infinito da criação universal; contudo, achamo-nos ainda na situação do aluno que encontrou a escola já edificada, cabendo-nos louvar e buscar, pelo trabalho e pelo aperfeiçoamento, o seu Divino Autor.
Autor: Sidney Fernandes