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Cirurgias e curas mediúnicas

Cirurgias e curas mediúnicas

Esta matéria foi veiculada na cidade de Foz do Iguaçu no jornal leigo “A
Gazeta do Iguaçu”, de julho/97, por ocasião da chegada em nossa região, de
vários médiuns ditos “espíritas”, que ofertavam e prometiam ao público em geral,
através das rádios, jornais etc., “operações e curas espirituais”.

PERGUNTA: O Centro Espírita deve desenvolver atividades de cirurgia
mediúnica?

DIVALDO PEREIRA FRANCO: Transformarmos o Centro Espírita em pequeno
hospital para atendimento de todas as mazelas é uma temeridade, uma loucura.
Isso seria um desvio da finalidade da prática do Espiritismo. Podemos, sim,
fazer uma atividade de atendimento a doentes que são portadores de problemas na
área da saúde espiritual. Poderemos aplicar-lhes passes, doar-lhes a água
fluidificada, se for o caso, embora não sendo essa terapêutica a condição
precípua do Centro Espírita. A função principal do Centro Espírita é iluminar a
consciência daqueles que o buscam e, quando na área da prática do Espiritismo,
atender as pessoas necessitadas de todo jaez.

Chico Xavier, que eu sabia, é a maior antena transreceptora na área da
mediunidade, do século. No entanto, está assistido por médicos terrestres. Ele
tem um médico cardiologista, um clínico geral, seu amigo, um urologista etc. O
Espírito do Dr. Fritz quis cirurgiá-lo, em 1965, através do médium não espírita
Arigó: – Eu te ponho bom desse olho. Faço-te a cirurgia agora! O Chico
respondeu-lhe: – “Não, isso é um carma. Eu sei que o senhor pode consertar o meu
olho. Mas como o carma continuará, vai aparecer-me outra doença. Como eu já
estou acostumado com essa, eu a prefiro. Por que eu iria querer uma doença
nova?” (W.O.A.).

PERGUNTA: Como se encaram as cirurgias astrais?

DIVALDO FRANCO: – Acreditamos que as cirurgias astrais são válidas,
desde que o paciente esteja com o seu carma liberado. Daí, constatar-se que nem
toda interferência ;de ordem espiritual, no campo cirúrgico, dá o resultado que
seria de esperar-se. Aliás, mesmo no Evangelho, encontramos uma referência: nem
todos aqueles que buscaram Jesus foram curados, porque tinham dívidas, e essas
dívidas não estão resgatadas, é óbvio que a cura não se poderia dar.

PERGUNTA: Há um velho conceito de que o Espiritismo tem sido vítima de
muitos mistificadores, especialmente os chamados curandeiros, benzedores etc.
Até onde, como e quando o Espiritismo pode realmente curar doenças, do corpo ou
do Espírito?

DIVALDO FRANCO: As ciências não passaram incólumes aos mistificadores,
as artes, as correntes filosóficas, nem tampouco as diversas religiões. Natural
que o Espiritismo servisse de campo, também, por fenômeno natural, a pessoas
desonestas, inescrupulosas. O objetivo essencial do Espiritismo é “estudar as
origens do Espírito, sua natureza, seu destino e as relações que existem entre o
mundo corporal e o mundo espiritual”, explicando a vida espiritual à luz da
lógica e da razão. Por conseqüência, conclamando a uma renovação interior,
auxilia-o a libertar-se de inúmeras enfermidades, particularmente por meio da
fluidoterapia, auxiliando e libertando os portadores de obsessões para os quais
até o momento a Ciência Oficial não tem conseguido mais expressivos resultados.
Sabemos que “há doentes e não doenças”, conforme o conceito da hodierna
Psicossomática. Logo, ;o problema está no espírito e não no corpo. Desde que o
espírito se conscientize das responsabilidades que lhe dizem respeito durante a
jornada humana, se depura, se renova, se liberta dos fatores predisponentes e
preponderantes que levam às enfermidades de portes os mais variados (In “Viagens
e Entrevistas”, D.P.F.).

Foz do Iguaçu

(Jornal Mundo Espírita de Fevereiro de 1998)

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