Richard Simonetti – richardsimonetti@uol.com.br
1 – Sou solteira, estudante, 17 anos. Estou grávida. Por que Deus fez isso comigo?
Se você sai na chuva e se molha ou põe a mão no fogo e se queima, pode culpar Deus? Qualquer adolescente sabe que a relação sexual envolve a possibilidade de concepção.
2 – Mas não é tudo programado pelos Espíritos prepostos de Deus?
Não confunda os programas de Deus com os programas dos homens. Deus sustenta a vida, mas sua manifestação, condição e qualidade dependem de nossas iniciativas.
3 – Se não é pela vontade de Deus que fiquei grávida, então posso abortar e livrar-me do problema?
Deus nos consente fazer o que desejamos, embora nem sempre façamos o que Ele deseja. Transar indiscriminadamente, por exemplo. O mal está em fazer o que Ele não deseja nem consente. Aqui se situa o aborto. No primeiro caso temos uma experiência que acabará nos ensinando que o sexo não deve ser inconsequente. No segundo temos um lamentável gesto de rebeldia e crueldade para com o filho asilado em seu ventre.
4 – Vai complicar. Meus pais querem que eu aborte.
Os problemas que enfrentará com seus pais são insignificantes, diante dos que resultam do aborto.
5 – E se eu procurar um bom médico?
Nenhum médico a livrará das consequências funestas do aborto, que é crime diante das leis divinas.
6 – Isso não importa agora. Quero resolver o presente. Do futuro cuidarei depois.
Se você quebrar a perna e precisar engessá-la, preferirá a amputação? Um filho, você saberá um dia, é muitas vezes um engessamento existencial, impondo-nos proveitosas disciplinas. O aborto é lamentável amputação moral que lhe reservará muitos dissabores.
7 – O casamento seria uma solução, mas meu namorado não quer. Devo pressioná-lo?
No passado fazia-se isso para salvar a reputação da jovem e a honra da família. Não importava se o casamento forçado inviabilizaria uma convivência feliz. Hoje sabemos que o único nome pelo qual devemos zelar é o de filhos de Deus, procurando cumprir suas leis, a partir do inconfundível não matarás contido no decálogo moisaico.
8 – Não me sinto preparada para a maternidade.
Raras mulheres sentem-se. A maternidade é sempre um desafio, mas um bom desafio que você vencerá tranquilamente, se confiar em Deus e dedicar-se ao filho.
Ps.: Os conceitos aqui emitidos não expressam necessariamente a filosofia FEAL, sendo de exclusiva responsabilidade de seus autores.