Comunicação: Via de Duas Mãos
Comunicar bem é crucial nessa era que vivemos. O mundo transforma-se com uma
rapidez impressionante, e para entender essas mudanças é preciso entender as
mensagens que recebemos.
Mais do que nunca é preciso transmitir com clareza e objetividade. Temos a
impressão que as linguagens iniciáticas ou cifradas já passaram de moda, e a boa
comunicação deve ser uma via de duas mãos.
Jesus de Nazaré, comunicador por excelência, deixou uma mensagem cristalina
baseada no amor. Mais do que chamar o homem para o Reino dos Céus, ele
convidou-o amar, começando por amar a si mesmo.
Embora discursando, o que aparentemente seria uma via de mão única, ele
conseguia tal empatia com o auditório que as respostas vinham, não com palavras,
mas com sentimentos, emoções. Num povo onde imperava a pena de Talião, o olho
por olho, dente por dente, não havia lugar para o perdoai setenta vezes sete.
Mas o magnetismo da voz e do olhar do jovem carpinteiro, fazia o seu público
entender e aceitar.
E a comunicação espírita? Vocês já pararam para pensar no diálogo formidável
que Allan Kardec manteve com os espíritos? Quando vocês lêem O Livro dos
Espíritos, o fazem passivamente ou dialogam, questionam e até mesmo discutem com
o livro? Por algum momento vocês se colocaram no lugar de Kardec para conversar
com os espíritos? Se não o fizeram, façam, pois verão o enriquecimento do
diálogo, a segunda via do caminho funcionado.
E na sua casa, com os seus, com os amigos, como vai a comunicação? Observe a
si mesmo. Não somos apenas um homem que fala. Somos uma alma, um espírito capaz
de ter compaixão, de se sacrificar, de amar, de perdoar.. Experimente dizer a
alguém: EU TE AMO. E observe a reação. Quase sempre é de susto, surpresa, mas
passados os primeiros momentos a pessoa compreenderá que o seu amor não é
interesseiro, nem sensorial, é apenas o amor, e vai gostar.