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Divisão das Riquezas

Uma da maiores dificuldades da humanidade é a distribuição dos bens da terra,
pois, alguns possuem muito, e outros não tem nada. Compreendendo que não foi
Deus que criou as diferenças sociais, passa pela cabeça de muitos, que
deveríamos corrigir essa anomalia, redistribuir os bens, mesmo que à força.

O Livro dos Espíritos explica que se as riquezas do mundo fossem divididas
entre todos, daria pouco para cada um, além do que o equilíbrio se desfaria em
pouco tempo, pois alguns são mais diligentes, trabalhadores, e outros são
ociosos, e não trabalhariam enquanto tivessem algum dinheiro.

A solução, verdadeiramente, não é por esse caminho. A solução está na
fraternidade, a única virtude que pode conduzir à liberdade verdadeira.

O Espiritismo não se coloca contra o rico, mas lembra que o rico é um
administrador dos bens que verdadeiramente pertence a Deus. O Espiritismo
combate o egoísmo, o individualismo. Quando a riqueza é concentrada nas mãos de
poucos, é para que produzam em benefício das coletividades. Quando isto não
acontece, seus pseudo proprietários serão responsabilizados pela fome e pelas
misérias materiais e morais dela decorrentes.

O Espiritismo não concorda com o individualismo acerbado, que conduz ao
orgulho e ao egoísmo. Ele recomenda que os homens devem juntar as riquezas, mas
coletivamente, como as abelhas.

Vivemos momentos em que precisamos aprender a ser fraternos. É hora de
deixarmos o individualismo e nos dedicarmos a proporcionar vida decente e digna
para todos, porque este é um direito natural. Diz o Livro dos Espíritos que
quando alguém não possa prover o seu sustento, a sociedade deverá fazê-lo, hoje,
naturalmente, através das suas instituições.

Essas são reflexões espíritas, que como vocês podem perceber, é muito mais do
que aplicar passes, curar doenças ou resolver problemas familiares, mas é,
transformação do homem, para que este transforme o mundo.