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O fim do mundo

O fim do mundo

 

A ciência contemporânea, embora negue a possibilidade de um apocalipse total,
entendido como fim do mundo, está atenta aos pequenos apocalipses que acontecem
na realidade de cada instante. Por esse motivo, muitos cientistas falam hoje
abertamente da possibilidade de uma completa reorganização sistêmica do mundo e
da sociedade humana. É para debater esse fenômeno que instituições como o Center
for Millennial Studies foram criadas.

O Fim do Mundo Segundo as Religiões

CATÓLICOS: O fim do mundo para a doutrina católica é o momento do Juízo Final
e do retorno do Messias. A esse derradeiro julgamento acorrerão todos, os vivos
e os mortos, para serem julgados pelas suas ações. Mas, de modo um tanto
diferente do que ocorria no passado, quando os que incorreram em pecados mortais
eram condenados ao inferno perene, a teologia católica moderna mais e mais faz
referência ao aspecto todo-misericordioso de Deus.

PROTESTANTES: As igrejas evangélicas não defendem uma visão catastrófica do
fim do mundo. Preferem acreditar no retorno de Jesus no dia do Juízo Final. Os
protestantes lêem o livro do Apocalipse em chave simbólica, para lembrar aos
crentes que devem ter confiança, que são observados e vigiados e que a última
palavra é sempre aquela proferida pela graça de Deus.

JUDEUS: Para a religião hebraica não haverá um fim catastrófico do mundo, mas
sim uma época futura de grandes transformações que tenderão para o bem. Os
judeus esperam a chegada do Messias, que assinalará o advento de uma nova era de
total harmonia entre os homens e o retorno mundial à crença num único Deus.

MUÇULMANOS: No islamismo existe a idéia de uma destruição final precedida
pela “maior de todas as guerras”, e por um segundo dilúvio, desta vez não de
água, mas sim de fogo, no “Dia do Juízo”. Deus punirá os culpados e premiará as
pessoas de fé.

BUDISTAS: O fim de cada ser está relacionado ao perene ciclo cármico dos
nascimentos, mortes e renascimentos, fruto das ações individuais e coletivas
nesta vida e nas encarnações precedentes. Através da meditação, todos os seres
poderão interromper esse ciclo e compreender que tudo aquilo que existe é pura
ilusão.

HlNDUISTAS: Também possuem uma visão cíclica da vida e do mundo. Para os
hinduístas, existiram e existirão muitos inícios e muitos fins de mundos. Cada
época é caracterizada por um gigantesco caos final, com uma tremenda batalha
entre as forças do mal e do bem, antes do surgimento de uma nova era.

ENTREVISTA CONCEDIDA POR DIVALDO EM CRICIUMA EM 03.03.99

O Espírita – Estamos no final do milênio, é o fim do mundo ?

Divaldo Pereira Franco – O mundo não se vai acabar. Mesmo por que nada se
acaba tudo se transforma desde a tese de Lavoisier. Estamos nos aproximando de
um ciclo que se encerra como é natural, periodicamente os ciclos culturais tem
uma fase final como as civilizações. Se nós olharmos as civilizações orientais
vemos o apogeu da Assíria, da Babilônia, da Índia, do Egito e a sua decadência.
O grande êxito da Grécia e a sua decadência, o Império Romano e naturalmente
mais tarde também a sua divisão em duas partes e por fim o transtorno que
invadiu o mundo durante o período medieval. A Terra como é natural é um planeta
de provas e expiações que naturalmente está sendo transferido para mundo de
regeneração, e as dores que nós estamos experimentando, nada mais são do que um
processo de transformação que nos vai abria a porta para um novo ciclo de
evolução. O fim do mundo é uma figura simbólica, por que o mundo não se acabará
e nem tampouco nós outros.