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Os limites da prática espírita

A Doutrina Espírita foi obra realizada por um grupo de
Espíritos superiores, denominados “Espírito de Verdade” e organizada por um dos
seus membros encarnados, Hipollite Leon Rivail Denizard, que utilizava o
pseudônimo “Allan Kardec”. Por tudo que podemos ler e compreender em seus
livros, vê-se que seu trabalho tinha uma origem muito elevada. O Espiritismo
codificado nos traz princípios racionais nunca observados em outras doutrinas
filosófica e morais. É ele o Consolador Prometido por Jesus para ajudar na
edificação do futuro da humanidade. Todos os homens que nele apoiarem suas vidas
e tomarem suas normas como guia para o sua vida moral e desenvolvimento de suas
faculdades psíquicas, muito terão a ganhar. Pode-se afirmar, sem sombra de
dúvidas, que não existe orientação moral, filosófica e prática mais segura do
que aquelas deixadas pelo Codificador.

Pergunta-se: Por que razão o Espiritismo vem sendo considerado como uma
doutrina incapaz de solucionar certas dificuldades espirituais da problemática
humana? Seus conhecimentos estariam ultrapassados? Não! Não há nada de errado
com a Doutrina Espírita. O problema dessas dificuldades resume-se na falta de
estudo e de preparo moral e intelectual adequados. Por razões diversas, algumas
pessoas tornam-se dirigentes de centros espíritas sem possuírem condições
doutrinárias para isso. O mesmo acontece com os dirigentes de sessões práticas,
orientadores etc. Quando não possuem a suficiente humildade para aprender com o
posto que assumiram, acabam por orientar as pessoas de maneira inadequada, dando
origem a um grande número de núcleos improdutivos.

Toda essa situação seria minimizada se as casas espíritas criassem escolas de
estudos doutrinários em suas dependências, selecionando os candidatos ao quadro
de associados, evitando que pessoas problemáticas se transformassem em médiuns
ou servidores na Seara do Bem. O Espiritismo seria praticado com mais seriedade.
O grande mal ainda é o pouco interesse que os adeptos tem pelo estudo da
Doutrina e das coisas em geral.

Por isso, é preciso que se faça um esforço para se modernizar as práticas
espíritas e para fazer com que o Centro Espírita seja mais organizado em termos
doutrinários e administrativos.

Pode parecer que exista um limite de ação na prática espírita para casos
dessa natureza, uma vez que no meio espírita criou-se uma espécie de
preconceito, originado pelo desconhecimento do problema. Ele existe e é como se
não existisse. E se existe precisa ser solucionado. E se não for resolvido com a
visão racional que a Doutrina nos dá, será como?